A estivação é um processo adaptativo que algumas espécies desenvolveram para superar os climas secos ou as altas temperaturas dos ambientes onde vivem.
Assim como a hibernação, o fenômeno é bastante intrigante, mas serve muito bem ao seu propósito, proporcionando a esses organismos a sobrevivência que tanto buscam.
Neste artigo, vamos descobrir juntos o que é a estivação em si, suas principais características, exemplos claros desse processo e muito mais. Fique com a gente!
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O que é estivação?
A estivação é um fenômeno biológico que ocorre em algumas espécies de animais e plantas, sendo uma adaptação para sobreviver a condições ambientais desfavoráveis.
Geralmente, essas condições são associadas a períodos de temperaturas extremas, escassez de alimentos ou disponibilidade limitada de água.
É um processo semelhante à hibernação, porém, ocorre em resposta a diferentes condições climáticas.
Durante a estivação, os organismos reduzem significativamente suas atividades metabólicas, podendo entrar em um estado de dormência ou letargia.
Esse estado de inatividade metabólica permite que eles conservem energia e resistam a condições adversas, preservando suas chances de sobrevivência.
Principais características da estivação
Esse fenômeno conta com algumas características peculiares. São elas:
Redução metabólica
Durante a estivação, o metabolismo do organismo é significativamente reduzido, levando a uma diminuição drástica na necessidade de consumo de energia.
Baixa atividade física
Os animais em estivação diminuem suas atividades físicas ao mínimo absoluto, quase que entrando em um estado de dormência, para evitar gastos energéticos desnecessários.
Preservação de água e nutrientes
A estivação também está associada à capacidade de reter água e nutrientes, permitindo que os organismos se sustentem por longos períodos sem a necessidade de alimentação ou hidratação.
Resposta a estímulos ambientais
A estivação é geralmente desencadeada por mudanças específicas no ambiente, como o aumento das temperaturas, a falta de chuvas ou a diminuição dos recursos alimentares.
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Qual a diferença entre estivação e hibernação?
Como mencionado, um processo bem similar à estivação é a própria hibernação. Mas qual a diferença entre eles?
Bem, para entender essa diferenciação, basta observar alguns pontos chave. Acompanhe!
Definição e objetivo
A estivação é um estado de dormência ou letargia prolongada adotado por alguns animais para sobreviver a períodos de altas temperaturas, falta de água ou outros fatores ambientais desafiadores, como seca ou calor extremo.
E seu objetivo principal é reduzir o metabolismo do animal para economizar energia e minimizar a necessidade de recursos escassos durante o período adverso.
Já a hibernação, por outro lado, é um estado de dormência profunda adotado por muitos animais, para enfrentar condições climáticas frias, com escassez de alimentos e baixas temperaturas.
Assim, seu objetivo primordial é conservar energia durante o inverno, quando as condições para a sobrevivência são mais desafiadoras.
Períodos e condições
Como demonstrado, a estivação geralmente ocorre durante os períodos mais quentes do ano, quando a disponibilidade de água e alimento pode ser limitada.
Os animais que entram nesse estado podem permanecer em repouso por semanas, meses ou até mesmo anos, dependendo da espécie e das condições ambientais.
Já a hibernação ocorre principalmente em climas frios, durante os meses de inverno, quando a temperatura é muito baixa e as fontes de alimento são escassas.
Os animais em hibernação entram em um estado de hipotermia e dormência profunda, com suas funções corporais diminuindo significativamente.
Exemplos de estivação
Já é sabido por muitos que animais como esquilos, marmotas, morcegos, etc. que vivem nessas zonas temperaturas muito baixas entram em hibernação.
Mas, e quanto a estivação? Quais são os exemplos mais notáveis desse fenômeno na vida animal?
Bem, a evolução cuidou para que muitas espécies se adaptassem aos climas secos também, tornando esse processo presente no ramo dos invertebrados, répteis, anfíbios e inclusive peixes. Confira os destaques!
Caracóis e caramujos
Alguns caracóis e caramujos terrestres entram em estivação durante períodos de seca, enrolando-se em suas conchas e selando a abertura para evitar a perda excessiva de água.
Um exemplo claro é a espécie Lymnaea viatrix, comumente encontrada em lagos de água doce, nas zonas de inundações temporárias.
Répteis
Assim como os invertebrados, também há espécies de répteis que entram nesse estado de estivação na seca.
Esse é o caso de algumas tartarugas de água doce, que vivem em lagoas temporárias, e também de cobras do deserto, como a Cascavel (Crotalus scutulatus).
Anfíbios
Também há espécies de anfíbios que entram nessa lista, como certos sapos e rãs, que podem estivar enterrando-se no solo durante períodos de seca prolongada.
Esse é o caso das rãs presentes no deserto da Austrália, pertencentes aos gêneros Neobatrachus, Heleioporus e Cyclorana.
Além delas, outros exemplares são o sapo das planícies (Anaxyrus cognatus), que habitam o México e a rã-comum (Pelophylax perezi), que vive na Península Ibérica.
Peixes
Por fim, outros exemplos típicos de animais que entram em estivação são algumas espécies de peixes.
Dentre os destaques, vale a referência ao peixe-pulmão africano (Protopterus aethiopicus), que enterra-se na lama enquanto as condições para sua sobrevivência não retornam.
E no Brasil, a Piramboia (Lepidosiren paradoxa), que é outro peixe pulmonado ósseo e que vive na Bacia Amazônica, também realiza esse processo de estiva.
Já sabe o que é estivação?
Como foi possível observar, a estivação, assim como a hibernação, é um fenômeno relativamente comum na natureza.
Esse processo é uma resposta de sobrevivência de algumas espécies, e a única forma de superar as intempéries que o ambiente no qual vivem acabam lhes proporcionando.
A verdade é que a Terra é composta dos mais variados climas, tipos de solo, altitudes, etc. Mas a vida sempre encontra um jeito de se fixar e de superar cada obstáculo imposto.
Isso faz com que a inspiração necessária em nossas vidas a cada dia esteja presente em todos os cantos que observamos. Basta olhar com o coração!
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Fontes: Ecologia Verde – Science Direct