O que é um atol: conceito, como se formam e exemplos

O que é um atol - Wikipédia
O que é um atol - Wikipédia

Quer saber o que é um atol? Então chegou ao lugar certo!

Sendo verdadeiras jóias da natureza, os atóis são formações geológicas belíssimas e bastante curiosas, que chamam atenção não apenas por sua beleza.

Neste artigo, você vai descobrir o conceito por trás dos atóis, como eles se formam e também alguns dos exemplos mais conhecidos ao redor do planeta. Acompanhe!

O que é um atol?

Em termos práticos, um atol trata-se de uma ilha oceânica formada a partir do acúmulo de recifes de coral, apresentando geralmente um formato anelar, com uma lagoa em seu interior.

Seu surgimento está diretamente ligado às formações das ilhas vulcânicas, e as águas de suas lagoas chamam atenção por serem mais rasas e calmas.

O termo tem origem na língua dhivehi, falado nas Maldivas, onde essas formações são muito abundantes, mas foi Charles Darwin quem o popularizou.

Um ponto interessante é que a grande maioria dos atóis ficam localizados nas regiões dos oceanos Pacífico e Índico, com poucos exemplares aqui no Atlântico.

Embora existam milhares de atóis (suas ilhas, melhor falando) habitadas ao redor do mundo, essas formações ficaram conhecidas no passado também por serem bases para testes nucleares.

Suas características próprias e localização mais afastada dos continentes, contribuíram para que elas servissem como lugares perfeitos para testes de bombas atômicas, por exemplo, impossibilitando a ocupação nos dias atuais.

Veja também: Conheça os mais incríveis vulcões ativos do mundo

Como se forma um atol?

atol nas ilhas maldivas
Atol nas Maldivas – Wikipédia

Conhecer seu processo de formação é indispensável para entender mais a fundo o que é um atol.

Nesse caso, tudo ocorre de forma gradual, ao longo de milhares ou milhões de anos.

Inicialmente, os atóis são estabelecidos com uma base sobre uma ilha vulcânica, que acaba emergindo em meio ao oceano.

Assim, com o tempo, os recifes de corais passam a crescer ao seu entorno, nas águas circundantes, devido aos nutrientes que se fazem presentes.

O resultado desse processo é a formação de uma barreira que cerca praticamente toda a ilha (é por isso que há o característico anel nos atóis).

Por serem formadas por processos vulcânicos, essas ilhas sofrem bastante com os processos erosivos naturais, fazendo-as ficar submersas posteriormente.

No entanto, enquanto a ilha “afunda”, os recifes tendem a continuar seu crescimento, seguindo em direção a superfície oceânica.

Como resultado final, cria-se um atol, com uma barreira que cerca um lago de águas mais calmas em seu interior, mas que mantém a ligação com o oceano.

Vale lembrar que durante todas essas etapas, há também o acúmulo de sedimentos em suas estruturas, o que leva ao desenvolvimento de ilhas baixas na parte superior dos recifes.

E essas ilhas, muitas vezes cobertas com vegetação, areia, etc, também fazem parte do atol, permitindo que eles sejam habitados.

Saiba mais: Como são formados os vulcões?

Atóis famosos ao redor do mundo

Atol de Kiritimati

Descoberto pelos navegadores britânicos no ano de 1774, o Atol de Kiritimati se destaca por ser o maior atol do mundo, com incríveis 642 km² de superfície emersa.

Também chamado de ilha Christmas, esse atol elevado integra a República de Kiribati, no Oceano Pacífico, representando cerca de 70% do território do país.

Atol de Bikini

Atol de Bikini
Atol de Bikini – Wikipédia

O Atol de Bikini é um atol do Oceano Pacífico que fica localizado nas Ilhas Marshall, na região da Micronésia.

Ele é especialmente famoso por ter sido o local onde os Estados Unidos da América realizaram testes nucleares no ano de 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Os testes duraram até o ano de 1958, com cerca de 20 bombas atômicas e bombas de hidrogênio sendo lançadas durante esse período.

Exatamente por isso, o atual é desabitado, devido a radioatividade resultante dessas explosões.

Atol de Aldabra

Localizado no sul do arquipélago das Seicheles, Oceano Índico, o Atol de Aldabra é o segundo maior do planeta.

Por ser mais elevado em relação ao nível do mar, ele conta com uma ilha bem desenvolvida, com vegetação e bastante riqueza de fauna e flora.

Dentre as espécies encontradas por lá, vale o destaque para a tartaruga-gigante de Aldabra (Geochelone gigantea), que é endêmica da ilha.

Além disso, o atol é muito bem preservado, sendo essa uma característica relevante quanto a atração.

Atol das Rocas

Quem é brasileiro já deve estar familiarizado com esse nome. E isso se deve justamente ao fato do Atol das Rocas pertencer ao Brasil, sendo um território do estado nordestino do Rio Grande do Norte.

Esse é um dos raros exemplos de atóis presentes no Oceano Atlântico (outros casos são os localizados na Colômbia).

Sendo atualmente uma unidade de conservação (reserva biológica), o descobrimento do Atol das Rocas data ainda do mesmo período da chegada dos portugueses por aqui, com o território constando no primeiro mapa da colônia já em 1502.

Atol Moruroa

O Atol Moruroa fica localizado no Arquipélago de Tuamotu, na região da Polinésia Francesa, Oceano Pacífico.

O local tornou-se conhecido internacionalmente depois dos testes nucleares realizados pela França, entre os anos de 1966 e 1974, em sua área.

Ao todo, foram cerca de 46 testes atmosféricos e mais 150 subterrâneos, todos durante esse período.

Maldivas

As Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, entram nessa lista não por um atol em específico, mas por seu conjunto.

Formada por mais de 1000 ilhas, a paradisíaca Maldivas conta com cerca de 20 atóis – um mais belo que o outro.

Dentre eles, vale citar o atol de Addu, Gnaviyani, Gaafu Dhaalu, Laamu, Raa, Haa Alif Atoll e Thiladhummathi.

Já sabe o que é um atol?

Como foi possível observar, não é difícil entender o que é um atol, já que se tratam de formações bem particulares e distintas, com características únicas.

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Fontes: Ecologia VerdeBritannica

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