Quer saber o que é o delta de um rio? Então chegou ao lugar certo!
Esse fenômeno geográfico forma áreas extremamente férteis, tanto que abriga milhões de habitantes ao redor do planeta.
Neste artigo, além de conferir mais a fundo o conceito por trás de o que é o delta de um rio, você acompanhará também como ocorre seu processo de formação, os diferentes tipos existentes e exemplos. Boa leitura!
O que é o delta de um rio?
De uma forma simples, o delta de um rio se refere à área triangular formada em sua foz, devido a deposição de sedimentos.
A foz, vale lembrar, é o local onde ele se encontra (deságua) em outro corpo d’água, seja o mar, oceano, lago ou outro rio.
A característica formação triangular é justamente o que dá nome ao fenômeno geográfico, através da associação com a quarta palavra do sistema alfabético grego, a letra Delta (Δ).
Outro ponto importante é que, assim como quase tudo na formação da Terra, eles não surgem de uma hora para outra. Tudo é gradativo.
Isso leva a exemplares variados, que se diferenciam também por seu tamanho. Alguns deltas são gigantescos, tanto que abrigam milhões de pessoas. Esse é o caso do delta do Rio Nilo.
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Como os deltas dos rios são formados?
Para entender mais a fundo o que é o delta de um rio e como ele se forma, o primeiro ponto que se deve considerar é que nem todos os rios apresentam a formação desse fenômeno.
Para exemplificar, pense no mar. A foz dos rios, em muitos desses casos, é “para dentro”, isto é, a água do mar, com toda a sua força e a ação das marés, consegue entrar no continente e varrer os sedimentos do setor, formando uma área limpa e desembocando em um braço único.
Quando encontra as condições ideais, no entanto, é o rio quem se impõe – essa “imposição” não é pela sua força, já que eles, inclusive, tem uma menor capacidade de descarga de água -, formando uma foz “para fora”.
Aqui, pouco a pouco, ele acumula sedimentos na área da foz, criando uma nova faixa do continente e avançado em relação ao mar.
Os sedimentos trazidos pelo rio formam uma pequena ilha que divide sua foz, essas duas novas saídas se dividem novamente depois, e assim sucessivamente.
O resultado é uma rede de canais, ilhas e pântanos, que chamam atenção não somente pela beleza da paisagem, mas também pela biodiversidade.
Aliás, as condições favoráveis referidas acima são a pouca declividade do solo, transporte significativo de sedimentos, mares com menos variações de marés, etc, levando a uma ambiente mais calmo. É por isso que os deltas são mais comuns em rios localizados em planícies.
Quais são os principais tipos de deltas?
A saber, existem quatro tipos principais de deltas, que são classificados de acordo com a forma como os sedimentos são distribuídos na área de deposição. São eles:
Deltas dominados por ondas
Os dominados por ondas, como o próprio nome leva a entender, possuem uma relação direta com as ondas oceânicas.
A erosão provocada por elas é quem controla onde e quando o sedimento do rio em seu delta irá permanecer depois de chegar a foz, fazendo uma distribuição desses materiais ao longo da costa.
Um dos exemplos mais famosos nessa categoria é o delta do Rio Mississippi, nos Estados Unidos.
Deltas dominados por marés
Nos deltas dominados pelas marés, o sistema de influência é similar, mas ao invés das ondas, são as marés que influenciam, levando a uma formação bem diferente.
O subir e descer da água tem maior impacto, gerando estruturas dendríticas (regime hidrográfico fluvial que se caracteriza pela grande quantidade de afluentes e subafluentes).
Os muitos canais resultantes são mais alongados, estreitos e profundos, bem diferentes das demais formações. Esse é o caso do delta do Rio Ganges, na Índia.
Deltas interiores
Como mencionado na explicação sobre o que é o delta de um rio, ele não se forma somente na foz com os mares e oceanos.
Nesse caso, uma das aparições é dentro do próprio curso do rio, ainda distante das costas marítimas.
O rio acaba se dividindo em diversos ramos, e se reunindo posteriormente, seguindo seu caminho até desembocar no corpo d’água final.
Como exemplo, temos o delta do rio Okavango, em Botswana, na África Austral.
Deltas estuarinos
Por fim, outro tipo que vale a pena referenciar são os estuarinos, ligados, é claro, aos estuários.
Diferentemente de um delta, um estuário – que também se localiza nas áreas de foz, sendo uma zona de transição entre rio e mar – não conta com esse acúmulo sedimentar, mas sim de matéria orgânica, nutrientes, água salobra, etc.
Assim, em um delta estuarino, o rio não flui diretamente para o mar, mas sim para um estuário, ganhando algumas de suas características transicionais. Esse é o caso do delta do Rio Amarelo, na China.
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Exemplos de deltas ao redor do mundo
Ao redor do planeta Terra, o que não faltam são exemplos importantes de deltas. Dentre eles:
Delta do Rio Nilo
Um dos deltas mais famosos do mundo é o do Rio Nilo, na África, mais especificamente na região do Baixo Egito.
Ele deságua no Mar Mediterrâneo e chama atenção por seu tamanho: 160 km de comprimento e 250 km de largura.
Ao longo da história, já foi base para diversos impérios e ainda hoje abriga milhões de pessoas (são aproximadamente 40 milhões que vivem no setor).
Delta do Rio Mississippi
Fica no estado da Louisiana, nos Estados Unidos, e compreende uma área de 12 mil km².
Delta do Rio Ganges
Localizado na região Sul da Ásia, o delta do Rio Ganges é simplesmente o maior do planeta, com seus mais de 105 mil km² na área do Golfo de Bengala.
Delta do Rio Parnaíba
Por fim, um exemplo aqui no Brasil é o do Rio Parnaíba, na região Nordeste do país, mas especificamente nos estados do Piauí e Maranhão.
Essa é uma zona turística importantíssima para a região, e atrai milhares de visitantes todos os anos, com a formação de ilhas em seu interior.
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