Erosão hídrica: o que é, tipos, causas e consequências

Erosão hídrica - Wikipédia
Erosão hídrica - Wikipédia

Se você quer saber o que é a erosão hídrica, chegou ao lugar certo!

Sendo um dos principais tipos de erosão existentes, neste artigo você vai conhecer, além da definição, seus subtipos, as causas e consequências que a erosão hídrica pode provocar. Acompanhe!

O que é a erosão hídrica?

A erosão, vale lembrar, é um processo natural que se dá através do desgaste e remoção do solo, rochas e outros materiais de um ponto a outro na crosta terrestre.

Tudo isso devido a ação de algum agente externo, quer seja ele o ar, o gelo, etc. (cada um englobado em um tipo diferente de erosão).

Um desses agentes é justamente a água, e o processo erosivo provocado por ela é que dá-se o nome de erosão hídrica.

Essa água em movimento acaba retirando material do solo superficial, isto é, erodindo pouco a pouco, desgastando a área e depositando esse material em outro ponto.

É isso que ocorre, por exemplo, em um rio, e contribui significativamente para a própria modelação do terreno e formação das paisagens na Terra.

Quais são os principais tipos de erosão hídrica?

Um ponto interessante é que embora a hídrica já seja um tipo de erosão, ela própria apresenta subdivisões, já que a água em si conta com formas diferentes de erodir o solo, a depender do seu fluxo, tipos, etc.

Erosão Pluvial

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Erosão pluvial – Wikipédia

Uma das mais conhecidas delas é a pluvial, que é a causada pela ação das chuvas. 

Uma gota pode não fazer diferença, mas milhões de gotas caídas em uma mesma área tem um poder/força incrível.

Assim, a chuva consegue desgastar bastante o solo, principalmente quando ele não está com sua proteção natural (a vegetação).

A erosão se dá tanto pelo contato das gotas quanto pela movimentação da água acumulada, que corre em direção a algum corpo d’água.

Veja agora: Habitat aquático: o que é, características, tipos e exemplos

Erosão Fluvial

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Erosão fluvial – Wikipédia

A erosão fluvial, diferentemente da anterior, já diz respeito ao processo erosivo ligado aos rios em si, que também desgastam o solo em seus leitos.

A própria formação dos rios, aliás, e a criação do seu trajeto está diretamente ligada a esse fator, já que ao longo dos milhões de anos ele vai cavando seu percurso, moldando seu formado.

Em muitos casos, na foz de um rio (local onde ele deságua em um corpo maior, como o mar) é possível encontrar deltas, criados através dos materiais transportados nesse processo.

Saiba mais: Erosão fluvial: o que é, tipos, consequências e exemplos

Erosão Marinha

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Erosão marinha – Wikipédia

Por fim, há ainda a chamada erosão marinha, que está ligada à água dos mares e oceanos e seu contato com a costa litorânea.

A força das marés tem o poder de erodir bastante esses espaços de encontro entre terra e água, e moldam essas regiões.

Principais causas da erosão hídrica

Em termos gerais e práticos, a erosão hídrica é causada pelo próprio ciclo da água, que é um dos processos mais importantes dos ecossistemas.

Esse ciclo diz respeito à movimentação contínua da água, dentro, sobre e também acima da terra, na hidrosfera, entre a atmosfera, águas subterrâneas, superficiais, do solo e das plantas.

Chuvas, formação e movimentação dos rios, evaporação e fluxo marítimo, tudo faz parte desse ciclo.

É justamente por isso que esse tipo de erosão ocorre de forma natural – as ações do homem podem intensificar seus efeitos negativos, mas ela não deixa de ser algo inicialmente produzida pela própria natureza.

As consequências da erosão hídrica

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Degradação – Pixabay

Quanto às suas consequências, é necessário entender que elas podem ser tanto negativas quanto positivas.

Agente modelador de paisagens

A água é um agente modelador de paisagens, principalmente quando se considera um período de tempo extenso, na casa dos milhões de anos.

Os rios e sua movimentação de água, por exemplo, são os grandes responsáveis por criar as características geológicas em muitos vales, desfiladeiros, cânions, planícies aluviais, meandros, deltas, etc.

Criação de áreas férteis

Quando observamos um delta, por exemplo, sua formação através da descarga contínua de materiais erodidos na foz do rio – eles criam novas áreas de terra – leva a terrenos férteis.

Localizado no Baixo Egito, África, o delta do Rio Nilo é um dos mais famosos do planeta e chama atenção por sua magnitude: 160 km de comprimento, com cerca de 250 km de largura.

Trata-se de uma área extremamente fértil, bastante propícia para a agricultura, e que, ao longo da história humana, foi base para muitos impérios.

Atualmente, a região abriga cerca de 40 milhões de pessoas, e a erosão hídrica é uma das responsáveis por esse favorecimento.

Perda de solos férteis

Se os materiais transportados podem criar novas áreas férteis, a erosão também tem o poder de levar a perda da fertilidade do solo, isso nos pontos de origem.

O que ocorre é que a ação erosiva, de desgaste, acaba retirando a camada superficial do solo, degradando a terra.

Desertificação

Principalmente quando ligados às ações humanas, como o preparo incorreto da terra – através de queimadas, por exemplo – a erosão hídrica também pode facilitar a desertificação.

O desgaste contínuo de áreas áridas, desprotegidas e desnutridas é uma das receitas para a criação de um deserto.

Assoreamento

Por fim, vale a pena mencionar também os assoreamentos dos rios, lagos e outros corpos d’água.

Aqui, a intervenção humana é outro fator crucial para a saída de um processo natural para um completamente fora dos padrões.

A retirada da mata ciliar, que é quem segura os materiais presentes nas margens, leva a uma erosão muitos maior e a um transporte desmedido de material, que vão se acumulando em determinados pontos desses corpos.

Confira também: O que é o delta de um rio: conceito, como é formado, tipos e exemplos

Fontes: Ecologia VerdeEOS

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