De onde vem o gás hélio para encher balões?

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De onde vem o gás hélio para encher balões? Quais as características dessa substância? O que ela tem de tão incomum e especial?

Bem, em síntese, o gás hélio é uma substância famosa pela sua abundância na constituição do sol. São cerca de 27% da constituição do “Astro Rei”, o motor da vida na Terra e personagem dos mais variados mitos e lendas da história e da pré-história da humanidade.

Resumidamente, o hélio é um gás não inflamável, sem cor, sem cheiro e sem quaisquer toxicidade. Além disso, ele pesa bem pouco, possui apenas um átomo em sua estrutura e também faz parte da constituição do gás natural.

Pois bem, é justamente daí que retiramos o gás para o enchimento dos balões. O gás natural é a principal fonte para extração da substância. Porém, como o Brasil não está entre os produtores mundiais de hélio, precisamos recorrer às reservas existentes nos Estados Unidos, África do Sul, Canadá, entre outros países.

De onde vem o gás hélio para encher balões e como extraí-lo?

Apesar da sua importância quase cultural no Brasil e no mundo, o gás hélio é uma substância rara na Terra. Em resumo, a sua quantidade não ultrapassa os 0,000001% da massa do nosso planeta.

Logo, mesmo estando presente na atmosfera terrestre, especialmente em fontes de água mineral, a sua extração caracteriza-se por ser bastante difícil e problemática. Isso porque a sua concentração é extremamente baixa, ou seja, as suas partículas não se encontram em um acúmulo ideal.

Então, qual seria afinal a solução para isso? Bem, a solução até que é bem simples: gás natural. Isso mesmo, o bom e velho gás natural!

Mas não é só isso. Será necessário, antes demais nada, realizar um curioso processo de extração com vistas a separar o hélio desse gás.

Obviamente, tão importante quanto conhecer as suas características e saber de onde vem o gás hélio para encher balões é dominar a técnica para a sua extração. E, em síntese, todo o processo começa a partir da liquefação do gás. Ou seja, devemos transformá-lo em líquido com a ajuda de uma imensa pressão, além de temperaturas baixas.

Desse modo, o que restará desse processo será nada mais nada menos do que 90% de hélio na composição obtida.

Mas a coisa não fica só nisso!

Logo após esse procedimento, deveremos submeter o produto a um material chamado “carvão ativo supercongelado”. Esse é o material responsável por absorver os demais gases ainda existente no hélio obtido, para que, dessa forma, tenhamos apenas hélio puro e disponível para os mais variados fins.

Diferentes usos do gás hélio

Mas nem só de preenchimento de balões vive o gás hélio. Não mesmo! Curiosamente, essa substância possui diversas outras improváveis e inusitadas utilidades.

Resumidamente, o gás hélio é a substância utilizada nos equipamentos de mergulho, balões dirigíveis e meteorológicos, por exemplo.

Com efeito, a sua característica de ser menos denso que o ar faz dele a substância ideal para levar esses equipamentos a grandes alturas.

Só para exemplificar, no que diz respeito ao uso do hélio em equipamentos de mergulho, o que se faz é misturá-lo ao ar contido nos cilindros. Com isso, evita-se a ocorrência da chamada “narcose”, uma espécie de “embriaguez” pela qual passam os mergulhadores. Eles passam por isso quando são submetidos a altas concentrações de nitrogênio no sangue durante o uso do ar nos cilindros.

Por outro lado, a medicina também se beneficia, e muito, dessa original substância química. De fato, saber de onde vem o gás hélio para encher balões pode até ser uma curiosidade que passeia pelo imaginário popular, principalmente das crianças. No entanto, para a ciência, as suas qualidades vão bem mais além.

A exemplo, podemos citar aqui a utilização do hélio para o tratamento de doenças das vias respiratórias – especialmente aquelas que causam obstruções, como a bronquiolite, asma, efisema, bronquite crônica, entre diversas outras ocorrências.

Em síntese, para o tratamento dessas doenças, uma combinação de oxigênio e hélio apresenta resultados simplesmente magníficos. Isso porque ele melhora a entrada de ar nos alvéolos pulmonares e, com isso, contribui para a melhor distribuição do gás carbônico. Além de diminuir a pressão respiratória.

Fontes: ScienceAnalox
Imagem: Pexels

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