A Descoberta da América

A Descoberta da América 1

Terra à vista! Gritou o marinheiro, na madrugada de 12 de outubro de 1492. Assim, foi que a Europa conheceu a América. Cristóvão Colombo comandava a pequena expedição, na qual o destino era as Índias. Mas, o que ele encontrou foi o “Novo Mundo”.

O objetivo da expedição de Colombo era traçar um novo trajeto às Índias. Mas, no meio do caminho tinha a América. Assim, a história tomou novos rumos geográficos e políticos. O navegador genovês não fazia ideia do quanto sua viagem mudaria o curso da civilização.

A América tornou-se fundamental aos olhos da Europa da Idade Moderna. Porque oferecia grande potencial para produzir matéria-prima e para extração de metais preciosos. Dessa forma o sistema mercantilista obteve força e os reis aumentaram seu poder, especialmente na Península Ibérica.

O Projeto de Colombo não era chegar na América

A proposta de Colombo feita ao rei da Espanha era a de chegar ao oriente navegando pelo Oeste. Pois, o caminho pelo mar mediterrâneo estava fechado pelos turcos otomanos. E Portugal controlava o trajeto pela costa da África.

Mar Tenebroso, assim se denominava o Oceano Atlântico na Europa. Mas, Cristóvão Colombo estava disposto a desbravá-lo, e assim, convenceu o rei da Espanha a patrociná-lo.

Teoria de Toscanelli

Para elaborar seu projeto de viagem, Colombo estudou as obras do matemático florentino Paolo Toscanelli. Assim obteve a base teórica para compor sua missão.

Os cálculos de Toscanelli sugeriam que a Terra era uma esfera de 30 mil quilômetros. Ele quase acertou, porque, na verdade, a circunferência é de 40 mil. Mas para Cristóvão Colombo, os dados do cientista foram muito importantes para garantir a possibilidade da viagem.

Motivação

Cristóvão Colombo foi um atento leitor das aventuras de Marco Polo. Portanto ele conhecia a possibilidade de enriquecer nas Índias. Pois o aventureiro redigiu suas aventuras pelo oriente, narrando as belezas e riquezas locais.

Tudo isso encantou ao navegador genovês que primeiro levou o seu projeto a Portugal. Mas, não recebeu nenhum crédito dos lusitanos. Na Espanha conseguiu o tão esperado patrocínio, modesto para o tamanho da empreitada, porém valeu a pena.

A viagem que encontrou a América

Colombo tinha em mente uma grande ideia. Porém lhe faltavam os recursos para empreender a viagem. Os portugueses não tinham interesse na proposta do navegador porque investiram no caminho pela costa da África.

Os espanhóis em princípio não concordaram, já que era algo novo e um caminho nunca navegado. Mas a insistência de Colombo lhe rendeu patrocínio, mas mesmo que modesto.

Teorias não comprovadas afirmam que a rainha Isabel penhorou as suas joias para ajudar Colombo. Ou seja, sem o conhecimento do rei ela ajudou o capitão genovês.

Lendas a parte, Colombo forma sua tripulação e prepara sua viagem. O dinheiro dado pela Espanha foi suficiente para 3 caravelas. Elas que levaram o nove de Santa Maria, Pinta e Niña.

Preparação da viagem que descobriu a América

Em 12 de maio de 1492, Colombo se dirigiu ao porto de Palos de la Frontera, porque a cidade de Cádiz estava conturbada devido à expulsão de judeus. Outro motivo era o fato de que a cidade tinha que, por condenação, fabricar caravelas gratuitas para a coroa.

Palos quebrou os princípios do tratado de Alcáçovas, no qual os espanhóis não podiam navegar pelo cabo do Bojador, que era área portuguesa. A condenação se deu em 30 de abril. Portanto, em 10 dias eles colocaram 3 caravelas à disposição de Colombo.

Tripulação

Na tripulação havia cerca de cem pessoas, a maioria eram marinheiros de Palos, Moguer e Huelva, alguns bascos e galegos e um pequeno grupo de estrangeiros. No caso eram: um português, um genovês, um calabrês, um veneziano e um guineense chamado Juan.

Mas a verdade é que houve apenas quatro condenados: um condenado à morte por homicídio numa briga de bar e três culpados de terem organizado a fuga de um amigo comum da prisão. Assim, estes foram os únicos membros da tripulação forçados a se alistar, os outros eram voluntários.

Embarque

Finalmente, no início de agosto, as caravelas estavam prontas para partir. De modo que a Santa Maria, fornecida pelo marinheiro Juan de la Cosa, seria a Nau Capitânia comandada pelo próprio Colombo.

Niña era de propriedade de Juan Niño e capitaneada por Martín Alonso Pinzón, e a Pinta, de propriedade de Cristóbal Quintero de Palermo e comandada por Vicente Yáñez Pinzón, irmão de Martín Alonso.

Novo Mundo à vista!

No início de outubro, na noite de 11 para 12 de outubro, ouviu-se o grito de “Terra!”. Pois avistaram a ilha de Guanahaní, batizada por Colombo como San Salvador é hoje chamada de atual Watling, uma das Bahamas.

O navegador continuou sua viagem pelas ilhas deste arquipélago -Santa Maria de la Concepción (Rum Cay), Fernandina (Long Island), Isabela (Crooked Island), até chegar a Juana (Cuba) em 28 de outubro.

Em 6 de dezembro, chegou a Hispaniola. No dia 24 do mesmo mês, a Santa Maria encalhou no alto do que hoje é o Cabo Haitiano e seus restos serviram ​​para construir um pequeno forte, batizado de Natal.

O retorno

Finalmente, em 16 de janeiro de 1493, Colombo ordenou o retorno. Depois de passar pelos Açores e após uma breve escala em Lisboa, eles chegaram em Palos de la Frontera em 15 de março.

Essa aventura que mostrou a América aos europeus. Uma viagem perigosa que mudou o mundo, que mudou a história para sempre. Mas o Colombo partiu antes de descobrir sua descoberta. Pois pensava estar no oriente.

A viagem que contornou o mundo foi a de Fernão de Magalhães que saiu da Espanha em 1520. O navegador atravessou o estreito do Panamá, mas morreu nas ilhas Molucas. Somente 18 homens da tripulação aportaram em Sevilha no mês de setembro de 1522.

O fato de os portugueses dominarem a navegação pela costa da África, proporcionou esses grandes feitos aos espanhóis. À coragem de Colombo se deve a presença europeia na América. E como ele mesmo dizia: Um navegador que teme perder a margem de vista jamais conquistará sequer uma ilha.

Fonte: Historia del Nuevo Mundo
Imagem: Pixabay

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