As 10 línguas mais difíceis de aprender

línguas mais difíceis de aprender
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As línguas mais difíceis de aprender incluem idiomas que se diferenciam do nosso na pronúncia, gramática, alfabeto, contextos sociais, dentre outras características. O grego e russo, por exemplo, utilizam-se de alfabetos diferentes – mas eles pelo menos representam sons, diferentemente dos caracteres japoneses e chineses, que simbolizam significados, ideias e conceitos.

Além do alfabeto, características como estrutura frasal, gramática, número de casos e extensão do vocabulário também influenciam a dificuldade de se aprender uma língua, assim como sua origem. Para o falante de português, por exemplo, é mais fácil aprender idiomas aparentados, como o espanhol e italiano, e depois línguas que se originam do tronco indo-europeu, como o inglês, o norueguês ou persa. Idiomas de outras famílias e origens, como hebreu, indonésio e tailandês, portanto, representam o maior desafio.

Confira abaixo algumas das línguas mais difíceis de aprender.

Línguas mais difíceis de aprender

10. Islandês

O islandês é a língua que se manteve mais próxima ao idioma antigo falado pelos povos vikings, no norte da Europa. Enquanto o norueguês, sueco e dinamarquês se modernizaram e se modificaram ao longo do tempo, o islandês manteve muito da estrutura antiga, sendo uma cápsula do tempo viva.

A gramática é o desafio principal, tendo quatro casos diferentes. Além disso, há os verbos irregulares, que fogem das regras gramaticais. Além das declinações para substantivos, adjetivos e pronomes, há também as declinações de gênero e caso. O vocabulário, por sua vez, deriva-se do Nórdico Antigo.

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9. Polonês

A gramática polonesa é intensa – há sete casos para substantivos, adjetivos e pronomes, com o final das palavras se alterando de acordo com seu papel na sentença. Para os verbos, há seis casos. A pronunciação e entonação são muito importantes na língua, pois modifica o significado dos substantivos, verbos, preposições e conjunções.

A língua tem parentesco com idiomas eslavos, que incluem o russo, ucraniano, búlgaro, croata e tcheco – todos com uma pronúncia mais “brusca” comparada a línguas como inglês, espanhol e francês.

Diferentemente do russo, contudo, o polonês também usa o alfabeto latino.

8. Coreano

O coreano é um desafio para falantes não-nativos. A ordem das palavras, a estrutura das sentenças e a finalização dos verbos torna o coreano uma das línguas mais difíceis de aprender. O alfabeto e sistema de escrita compartilha uma semelhança com as línguas ocidentais, pois representam sons, diferenciando-se dos caracteres chineses ou japoneses, que representam significados e conceitos.

7. Chinês

O chinês mandarim sem dúvidas é uma das línguas mais difíceis de aprender. É um idioma vasto e complexo, não devido à sua gramática, razoavelmente simples comparada a de outras línguas como o japonês, mas por conter características específicas, como os ideogramas e entonações.

O sistema de escrita possui milhares de caracteres a serem aprendidos. A fala, por sua vez, vem com diferentes entonações, que alteram o significado de uma mesma palavra – ou seja, a depender do tom, uma mesma sílaba pode ter significados completamente diferentes. Além disso, a construção das frases muito se diferencia das línguas ocidentais, como o português.

6. Árabe

O árabe é um idioma semítico originário da península árabe, falado por mais de 400 milhões de pessoas. É a língua oficial de 26 países, tendo um significado histórico e cultural muito forte.

Um dos motivos que torna o árabe uma das línguas mais difíceis de aprender é o número de dialetos – e eles podem variar na pronúncia, vocabulário e até gramática. O árabe falado no Egito, por exemplo, tem diferenças do árabe falado no Marrocos ou na Tunísia.

Além disso, o sistema de escrita é da direita para a esquerda, além de ter um alfabeto completamente distinto do ocidental.

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5. Japonês

O japonês tem mais de 128 milhões de falantes, sendo a língua oficial do Japão. Seus caracteres se originam da língua chinesa, mas o idioma é completamente diferente na pronúncia, vocabulário, gramática e até mesmo a origem, uma vez que não faz parte da mesma família que o chinês.

A escrita mescla dois sistemas silábicos (hiragana e katakana) e os caracteres de origem chinesa (kanji). A formação das frases se diferencia muito da formação nas frases ocidentais, com o verbo vindo no final das frases, por exemplo. O contexto social também determina os termos utilizados, com honoríficos específicos para cada situação.

4. Finlandês

Apesar de ser uma língua falada num país Europeu, a Finlândia, o finlandês não compartilha a mesma origem de línguas como alemão, francês, português e grego – o tronco indo-europeu. A língua tem um grande número de casos, além de uma gramática complexa, com um sistema harmônico para as vogais e um extenso vocabulário.

Há 15 casos, que também dependem da estrutura das sentenças e o contexto.

3. Húngaro

O húngaro compartilha da origem do finlandês, e portanto muito se diferencia de outras línguas europeias. A língua aglutina as palavras, o que significa que é possível combinar prefixos e sufixos que compõem os significados. E supera o finlandês no número de casos, tendo 18 ao todo.

A língua inglesa, por exemplo, só tem três.

2. Basco

O basco é uma das línguas mais difíceis de aprender por um simples motivo: ele não tem relação com nenhum outro idioma da Terra. Diferentemente do português, que tem parentesco com o espanhol, francês e italiano, o basco não possui uma família linguística própria – então, não existem atalhos na hora de estudar.

Por isso, para o não-nativo, é necessário mergulhar de cara e aprender cada palavra, a complexa gramática, a estrutura de aglutinação e a pronúncia peculiar do idioma. Um ponto forte é que a área onde o basco é falada encontra-se entre a França e a Espanha, sendo um ótimo destino turístico e de estudos.

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1. Pirahã

Segundo Rolf Theil, professor de linguística da Universidade de Oslo, a língua mais difícil do mundo é o pirahã, falado por cerca de 350 pessoas na Amazônia. A língua tem uma entonação muito específica e importante para as palavras, modificando seus significados de acordo com o tom, mesmo que a palavra em si seja “igual” – ou seja, que se utilize das mesmas sílabas.

Além disso, o idioma pode ser cantado ou assobiado na comunicação, algo muito útil na floresta, por exemplo, quando sons mais baixos ou sutis são ideais na hora de caçar ou passar informações. A língua contém apenas oito consoantes e três vogais, e os verbos só se conjugam no futuro e no passado, de mais de 60 mil maneiras diferentes.

Fontes: Listverse e Instituto Humanitas Unisinos – IHU

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