Como acontece o eclipse lunar?

eclipse lunar

A verdade mesmo é que nem todos sabem exatamente como acontece o eclipse lunar. De fato, esse é um dos fenômenos mais admiráveis da natureza, no entanto, é também um daqueles que permanecem cercados por um aura de mistério.

Em síntese, de acordo com a astronomia, o eclipse lunar consiste no posicionamento da Terra entre a Lua e o Sol. É um fenômeno que ocorre sempre que a Lua está na sua fase cheia. Por isso, o resultado é o seu posicionamento na “zona de penumbra” da Terra, o que acaba deixando-a total ou parcialmente invisível por até algumas horas.

Só para exemplificar, trata-se do mesmo fenômeno que ocorre quando lançamos uma fonte de luz sobre uma bola de bilhar, por exemplo, tendo outra esfera à sua frente. Com efeito, essa fonte de luz (que seria o sol) incide sobre a bola (a terra). E produz a impressão de que essa outra esfera foi simplesmente “apagada” por um determinado período de tempo.

Na verdade, obviamente, a Lua ainda está lá. Ela só permanece numa espécie de penumbra, umbra e antumbra, como um típico fenômeno astronômico dos mais impressionantes da natureza.

Além disso, a sua inclinação também é responsável por fazer com que esse eclipse seja apenas parcial (quando a Lua passa apenas perto da região da “penumbra”). Ou total (quando ela está por inteira nessa região “umbra”). E por isso mesmo é que às vezes ocorre de nem sequer podermos observar o fenômeno a olho nu.

Diagrama de umbra penumbra e antumbra
(Fonte: Wikimedia Commons)

Como acontece o eclipse lunar e quais as suas características?

Também conhecido como “lua de sangue”, o eclipse lunar, nos primórdios da existência do homem na terra, era visto como um típico fenômeno demoníaco.

Para os Incas, por exemplo, o que havia ali era um terrível jaguar a devorar a “Deusa Mãe” ou a “Rainha do Céu”, e ainda com o risco de que ele se voltasse, assustadoramente, contra a Terra.

Já para os habitantes da antiga Uruk, na Mesopotâmia, um eclipse era, sem dúvida, o início de um ataque ao rei. Por isso, nesse caso, o que se tinha a fazer era apenas escondê-lo durante o fenômeno, enquanto um substituto era colocado na linha de frente da terrível e assustadora ameaça.

Porém, à parte essas singulares e originais descrições dos eclipses lunares, de acordo com a ciência, esse é um fenômeno dos mais simples e menos enigmáticos da natureza.

Ele pode ser apreciado em ambos os hemisférios e é capaz de durar até 2 ou 3 horas. Além disso, surge ao menos 2 vezes ao longo de 1 ano. Período no qual desperta uma multidão de sentimentos nos seus expectadores; sentimentos, estes, geralmente ligados a uma estranha sensação de pequenez e inferioridade diante da natureza.

Os tipos de eclipses lunares

Como vimos, saber como acontece o eclipse lunar de forma alguma elimina o brilho e a beleza singular de tal fenômeno. Isso porque, além de tudo o que vimos até aqui, nele chama a atenção também o fato de ser o resultado de uma curiosa coincidência astronômica.

De fato, para a sua ocorrência, é necessário que haja um formidável alinhamento entre Sol, Terra e Lua, a fim de que essa última seja total ou parcialmente ofuscada pela sombra que é produzida pela Terra. Além disso, esse alinhamento também determina os três principais tipos de eclipses lunares. A saber: o eclipse total, parcial ou penumbral.

No primeiro caso, ele ocorre quando a Lua está inteiramente na área de “umbra”, ou seja, plenamente encoberta pela sombra do nosso planeta. Já no segundo, somente uma parte da Lua permanece nessa região, o que faz com que possamos observar apenas uma parte da sua estrutura.

Por outro lado, o eclipse penumbral ocorre quando a Lua permanece numa região de “penumbra”. Ela permanece numa região não totalmente escurecida, o que não deixa de tornar o fenômeno da mesma forma singular e original.

Ao final, temos um dos eventos mais enigmáticos dentre os que podemos observar no seio da natureza. Um fenômeno que, no passado, possuía as características de um evento tipicamente maligno e demoníaco. Mas que, nos dias atuais, apenas e tão somente reflete a sua beleza e grandeza. E que, mesmo sem as suas características mágicas, não deixa de encantar e extasiar pela maneira autêntica e original com que ocorre bem diante dos nossos olhos.

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Fontes: Time and DateSpace
Imagem: Pixabay

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