Durante o período cretáceo, há cerca de 145 milhões de anos atrás, o planeta Terra era muito diferente do que conhecemos hoje, e isso tornou possível que, uma parte do que hoje conhecemos como continentes, existissem em uma conformação muito diferente. E neste cenário, dinossauros polares conseguiam acessar o polo Sul da terra e habitar este espaço, sendo chamados hoje de dinossauros polares.
As descobertas são recentes, mas um tanto curiosas, e pensando nisto, hoje apresentamos aqui, tudo sobre os dinossauros polares, que viveram há milhões de anos e estão sendo encontrados nos dias de hoje. Continue lendo e descubra mais sobre os maiores seres vivos que já habitaram o planeta Terra.
A descoberta
A formação dos continentes, da forma como conhecemos hoje, é um processo geológico de poucos anos, quando comparado ao período em que os dinossauros habitaram o planeta. Assim, naquele tempo, milhões de anos atrás, a Terra era um ambiente muito diferente, e um dos pontos que mais se transformou é o sul da ensolarada Austrália. O que hoje é repleto de praias quentes e paradisíacas, um dia já foi coberto por gelo.
Mas esse processo não se deve ao fato da ocorrência de uma era de gelo, mas sim porque o continente onde a Austrália está localizada já foi uma ponta do polo Sul do planeta Terra. Um local em específico que é muito utilizado para pesquisas paleontólogas, é a costa de Flat Rocks, conhecida como um local de férias e turismo para muitos.
Mas, recentemente o local foi o ponto de descoberta de fósseis de dinossauros, apelidados de dinossauros polares. O apelido vem justamente pelo fato de que, enquanto estes seres habitavam o mundo, aquele local era coberto de gelo e mais próximo do polo Sul. Assim, a descoberta de fósseis de dinossauros no local, simboliza que eles viveram em locais que consideramos inóspito.
Os dinossauros polares
Em Flat Rocks, as escavações revelam a real origem desses animais, podendo inclusive identificá-los em espécies distintas. Nas escavações mais recentes, os pesquisadores encontraram fósseis raros, um deles é um dente, com tamanho de uma unha humana, que provavelmente seria de um dinossauro carnívoro.
Mas, na região, o que mais se encontra durante as escavações são fósseis de uma espécie chamada hypsilophodon. Foram pequenos dinossauros herbívoros e muito velozes, e o reconhecimento da espécie se dá pelo característico fêmur, que apresenta um esporão apontado para baixo, e facilita a identificação dos fósseis.
Até então, acreditava-se que os fósseis de dinossauros encontrados naquele local seriam apenas de espécies pequenas. Mas, em uma avaliação do solo, foram encontrados padrões em uma camada de lama, estimada em 115 milhões de anos, especulando-se serem de pegadas de dinossauros.
O tamanho da pegada ainda não se iguala às deixadas por espécies como o tiranossauro, mas sugerem ser de terópodes. Essas marcas no solo medem cerca de trẽs dedos, e a distância entre elas, sugere que o animal que as fez, teria pelo menos 3,6 metros de altura. Esse fato contraria o que se conhecia até então, sendo um animal muito maior do que as espécies de dinossauros carnívoros que se conhecia terem vivido ali.
A vida desses gigantes
Durante o auge dos dinossauros no período cretáceo, o sol não nascia na região por pelo menos um mês, podendo não ser visto essa fonte de luz e calor por até quatro meses. A falta de luz solar fazia com que as plantas tivessem seu crescimento diminuído e em alguns momentos, parado definitivamente. Esse fato sugere que a vida naquele local não teria sido fácil, gerando uma crise alimentar na população de dinossauros que se arriscasse a viver lá.
Mais ao sul era possível que os dinossauros polares prosperassem, já que descobertas de folhas e plantas fossilizadas sugerem um clima mais agradável. Esse ponto é conhecido hoje como Antártida, e embora ela não tenha se movido nos últimos 100 milhões de anos, sendo fixa ao polo Sul, anteriormente ela se encontrava em uma região do globo de clima temperado.
A vida desses gigantes dinossauros polares, apesar de difícil enfrentando o clima inóspito da região polar, perpetuou mais do que em outras regiões do planeta Terra. Foram encontrados evidências da presença de dinossauros na região muito tempo depois de terem sido extintos de outras regiões do mundo.
Conclusão
A descoberta de dinossauros polares contradiz tudo o que se conhecia sobre estes seres vivos gigantescos. Diferente do que se imaginava, os dinossauros conseguiram se adaptar a um terreno muito inóspito e sobreviveram no sul do que hoje é conhecido como Austrália, quando este ainda integrava o polo Sul do planeta Terra. A questão de como os dinossauros conseguiram se adaptar ao frio intenso ainda segue um mistério a ser estudado mais a fundo, mas uma coisa é certa, no frio eles foram capazes de sobreviver por muito mais tempo do que em outras regiões do globo, em que o clima era mais quente.
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Fontes: Smithsonian Magazine – WA Museum