Buraco negro: o que é, e como acontece?

buraco negro supermassivo

Se você já olhou para o céu, se perguntou o que é um buraco negro e não obteve resposta, bem, este é o lugar certo para esclarecer essa dúvida. Então, os buracos negros são pontos escuros no espaço, mas é claro que eles são muito mais do que isso. Assim, acompanhe a seguir tudo o que reunimos para você sobre este incrível evento da natureza!

A origem do buraco negro

Muitos atribuem a descoberta do buraco negro a Albert Einstein e seu artigo “Teoria da Relatividade Geral” de 1915, contudo temos que voltar um pouco no espaço-tempo. Vamos para 1728, 187 anos antes de Einstein publicar a sua teoria. Nesse ano, John Michell, “um dos maiores cientistas desconhecidos” em seu artigo “Transações Filosóficas da Sociedade Real de Londres”, revelou algo incrível.

Ele pela primeira vez falou em “estrelas escuras”, o que seria a ideia primaria a respeito de buraco negro. E embora ele não tivesse o auxílio de Einstein e outras descobertas acerca da luz, Michell não estava longe do que Einstein apontou quase dois séculos depois. Incrível, não é?

Como nascem os buracos negros?

Antes de dizer de fato como esse incrível espaço surge, temos uma observação que nem todos fazem ideia. Existem três maneiras de se formar um buraco negro, são elas:

  • Supernova Tipo 2: Quando estrelas gigantes (com no mínimo 10x o tamanho do sol) chegam perto do seu estágio final, elas esgotam o seu combustível e então passam a colapsar. Após um período de colapso, elas então explodem e têm dois destinos, ser uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.
  • Estrela de nêutrons: A segunda maneira é menos popular, contudo consiste em uma estrela de nêutrons que evolui para um buraco negro. Isso é possível de algumas formas, mas se resume a ganhar mais matéria. Assim, ela pode roubar matéria de outra estrela, ou adquirir em uma colisão com outra estrela de nêutrons.
  • Colapso direto: Esse é um caso intrigante, pois ele não precisa de uma estrela para formar um buraco negro. Desse modo, quando nuvens de gás e poeira supermassivas colapsam sobre a gravidade, o fenômeno ocorre. Inclusive, estima-se que os buracos negros (principalmente os supermassivos) no interior das galáxias surgiram dessa maneira.

O resultado desses incríveis processos da natureza pode ter basicamente até três tamanhos diferentes: supermassivo, que podem ter bilhões de vezes a massa do sol; massa estelar, é o caso em que a estrela passa pelo processo de supernova 2; e os quânticos ou mini buracos negros, estes teriam surgido durante o Big Bang, contudo nunca foram observados.

buraco negro com luz
(Fonte: Pixabay)

O que ele realmente é?

Bem, ele é uma zona — onde houve uma supernova ou evento que dá origem ao buraco que distorce o tecido do espaço-tempo — em que o campo gravitacional é tão denso, que ele puxa qualquer coisa que passa em seu raio. Assim, nem mesmo a luz, que tem a maior velocidade no universo, consegue escapar de um buraco negro.

Desse modo, o processo ocorre bem lentamente, pois quanto mais próximo do centro do buraco negro, ou horizonte de eventos, mais lento é o tempo. Contudo, depois que a estrela, ou qualquer objeto entra em contato com o campo gravitacional do buraco, começa outro processo. Este é conhecido como espaguetificação, ou seja, a estrela passa a se esticar, e assume o formato de espaguete.

 A evolução dos buracos negros

Independentemente do tamanho ou da origem desse espaço denso, todo tipo de buraco negro pode crescer durante a vida. Assim, ele suga tudo que passa do horizonte de eventos, um campo que uma vez cruzado, não deixa nada voltar. Então ele se alimenta de planetas, gás e poeira, e qualquer outra coisa que se aventurem a cruzar seu caminho.

E um mito criado acerca dos buracos negros e podemos revelar para você, é que eles não são estes verdadeiros aspiradores de pó como a maioria acha. Para fins comparativos, cientistas afirmam que se substituíssemos o sol por um buraco negro, nem notaríamos a diferença. Claro, com exceção do frio, e da falta de luz, mas em termos gravitacionais, seria a mesma coisa.

Desse modo, esse incrível fenômeno natural não é tão perigoso quanto muitos gostariam que fosse, mas ele não é menos admirável por isso. E outra notícia boa, é que hoje em dia, a ciência tem vasto conhecimento acerca de buracos negros e eventos correlacionados.

Fonte: National Geographic
Imagem: Pixabay

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