Assistir a uma chuva de meteoros em uma noite clara e escura é uma experiência inesquecível. As chuvas de meteoros são fascinantes e encantadoras, elas ocorrem quando partes de rochas desprendidas de cometas ou outras partículas entram na atmosfera da Terra em alta velocidade.
É justamente a velocidade em que estão que faz com que essas partículas queimem ao entrar em nossa atmosfera. Visto que quando os meteoros atingem a atmosfera, eles se esfregam contra as partículas de ar e criam atrito, logo se aquecendo e pegam fogo. O calor vaporiza a maioria dos meteoros, fazendo com que sequer cheguem a atingir o solo e criando o que chamamos de estrelas cadentes.
As Chuva de Meteoros
Embora existam pedaços perdidos de material atingindo a Terra de todas as direções, também existem chuvas de meteoros regularmente cronometradas. Quando os astrônomos podem fazer melhores previsões sobre quantos meteoros atingirão a Terra, e de que direção. A principal diferença é que as chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra se lança na trilha de partículas deixadas por um cometa ou asteróide.
Dependendo do local em que a trilha de partículas caia em um determinado ano, as chuvas de meteoros podem ser mais ou menos intensas. Os astrônomos às vezes até encontram novas chuvas de meteoros, como foi o caso dos camelopardalids em 2014. As previsões iniciais indicavam que a chuva chegava a 200 meteoros por hora e estaria visível na América do Norte. Mas, na realidade, acabou sendo uma chuva silenciosa para astrônomos amadores.
A maioria dos meteoros se torna visível a cerca de 60 milhas (96,5 quilômetros) de altitude. Assim, alguns grandes meteoros causam um clarão mais brilhante chamado bola de fogo, que pode ser visto durante o dia e ouvido a até 30 milhas (48 km) de distância.
Os meteoros podem, em média, acelerar na atmosfera a cerca de 30.000 mph (48.280 kph) e atingir temperaturas de cerca de 3.000 graus Fahrenheit (1.648 graus Celsius). Boa parte dos meteoros é muito pequena, alguns tão minúsculos quanto um grão de areia, então eles se desintegram no ar. Os maiores, que sobrevivem a entrada na atmosfera terrestre, atingem a superfície da Terra e são chamados de meteoritos.
A quebra dos meteoros
A quebra de um objeto depende de sua composição, velocidade e ângulo de entrada. Um meteoro mais rápido em um ângulo oblíquo (inclinado em vez de reto) sofre maior estresse. Os meteoros feitos de ferro resistem melhor ao estresse do que os de pedra. Até mesmo um meteoro de ferro geralmente se quebra à medida que a atmosfera se torna mais densa, cerca de 5 a 7 milhas (8 a 11 km) acima.
Os impactos na terra se dão quando os meteoritos atingem o solo, nesse momento sua velocidade é quase a metade do que era na entrada, e eles explodem crateras de 12 a 20 vezes seu tamanho. As crateras na Terra se formam da mesma forma que na lua ou em qualquer planeta rochoso.
Objetos menores criam crateras em formato côncavo. Impactos maiores causam uma recuperação que cria um pico central. Deslizando ao longo da borda forma terraços. Enquanto que os maiores impactos formam bacias nas quais vários rebotes formam vários picos internos.
Eventos envolvendo uma chuva de meteoros
Meteoros maiores podem explodir acima da superfície, o que acaba por causar danos da explosão e do incêndio que vem em seguida. Isso aconteceu em 1908 na Sibéria, no chamado de evento Tunguska. Em 30 de junho de 1908, ao longo de centenas de quilômetros, testemunhas viram uma bola de fogo cruzar o céu, sugerindo que o meteoro entrou na atmosfera em um ângulo oblíquo.
A explosão desse meteoro teve como consequência ventos quentes e barulhos altos, além de sacudir agressivamente o solo a ponto de quebrar janelas em vilas circunvizinhas. Assim, pequenas partículas lançadas na atmosfera iluminaram o céu noturno por vários dias.
Entretanto, nenhum meteorito foi encontrado, e por anos muitos cientistas pensaram que a devastação foi causada por um cometa. Agora, a teoria prevalecente sustenta que um meteoro explodiu logo acima da superfície.
Um evento semelhante ocorreu em Chelyabinsk, na Rússia. Quando uma rocha de 17 metros explodiu de 12 a 15 milhas acima da superfície da Terra em 15 de fevereiro de 2013. Assim, danificando edifícios e ferindo mais de 1.000 pessoas.
A energia da explosão foi de 30 a 40 vezes mais poderosa do que a bomba atômica lançada na cidade japonesa de Hiroshima durante a Guerra Mundial II. Embora o evento russo tenha trazido à tona o possível perigo que a Terra poderia sofrer com as rochas espaciais, a maioria dos meteoros não causa tantos danos.
Ainda assim, a NASA e outras entidades mantêm um registro cuidadoso de todos os asteróides visíveis da Terra. Estando ativamente engajados na descoberta de tantos asteróides quanto possível. Especialmente aqueles que são maiores e representariam uma ameaça (teórica) para a Terra.
Portanto, embora nenhum objeto ameaçador tenha sido encontrado, a NASA continua monitorando os asteróides e publica seus resultados no Small Body Database Browser.