Se você se pergunta “qual é o planeta que fica mais próximo do sol?”, a resposta é simples: Mercúrio. A uma distância média de apenas 57.9 milhões de km, número muito baixo na escala cósmica, Mercúrio tem uma órbita mais próxima ao Sol do que todos os outros planetas.
Em comparação, por exemplo, Vênus orbita a nossa estrela a uma distância média de 108.2 milhões de km. A Terra, por sua vez, está a 149.6 milhões de km. Assim, podemos ver que Mercúrio está muito mais próximo, levando apenas 88 dias para completar sua órbita em torno do Sol.
Então, Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, com Vênus e a Terra vindo logo em seguida. A distância entre Mercúrio e o Sol na verdade é uma média, pois sua órbita é elíptica: às vezes está bem mais perto, outras vezes nem tanto.
No ponto mais próximo, o periélio, Mercúrio fica a apenas 46 milhões de km do Sol. E no ponto mais distante, o afélio, Mercúrio fica a 69.8 milhões de km. Ainda assim, continua sendo o planeta mais próximo da estrela. Noutra comparação, o planeta mais distante, Netuno, está a uma distância média de 4.5 bilhões de km do Sol.
Mercúrio, além disso, é também o segundo planeta mais denso após a Terra. Ele tem um imenso núcleo metálico, com 3.600-3.800 km de diâmetro, cerca de 75% do diâmetro do planeta. A parte externa, por exemplo, tem entre 500 e 600 km de espessura.
A combinação do núcleo e sua composição, o que inclui diversos elementos voláteis, é algo que impressiona os cientistas.
Qual o planeta mais próximo do Sol?
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol. Abaixo você ainda pode conferir a distância média entre os planetas e o Sol:
- Mercúrio: 57,9 milhões de km
- Vênus: 108,2 milhões de km
- Terra: 149,6 milhões de km
- Marte: 227,9 milhões de km
- Júpiter: 778,6 milhões de km
- Saturno: 1.4 bilhão de km
- Urano: 2.8 bilhões de km
- Netuno: 4.5 bilhões de km
Mercúrio: temperatura e tamanho
Devido ao fato de ser o planeta mais próximo do Sol, a temperatura na superfície de Mercúrio é de 450 graus Celsius. Contudo, como esse planeta não tem exatamente uma atmosfera capaz de reter calor, à noite as temperaturas podem se reduzir até 170 graus Celsius negativos. Uma variação de 600 graus Celsius, a maior em todo o sistema solar.
Mercúrio é o menor planeta do nosso sistema, sendo um pouco maior que a nossa lua. Como sua atmosfera é incapaz de impedir impactos, o planeta está cheio de crateras. Cerca de 4 bilhões de anos atrás, um asteroide de 100 km de diâmetro atingiu Mercúrio, tendo o impacto equivalente a 1 trilhão de bombas de 1 megaton, criando uma vasta cratera de impacto, com cerca de 1.550 km de largura.
Em 2017, a espaçonave da NASA, MESSENGER, descobriu água congelada nas crateras em torno do polo norte de Mercúrio, área que poderia estar permanentemente na “sombra”, livre do calor do Sol. O polo sul também pode conter gelo, mas a órbita da MESSENGER não permitiu que os cientistas analisassem a área.
Cometas e meteoritos podem ter levado gelo até lá, ou o vapor d’água pode ter saído do interior do planeta, congelando-se nos polos.
Atividade na superfície
Além de ser pequeno, Mercúrio encolheu de tamanho no passado, e está encolhendo até hoje. O planeta é feito de apenas uma placa continental cobrindo um núcleo de ferro que está resfriando. À medida que resfria, ele se solidifica, diminuindo o volume do planeta e o fazendo encolher.
O processo enrugou a superfície, criando escarpas ou penhascos em forma de lóbulo, com algumas centenas de quilômetros de comprimento e elevando-se até uma 1.5 km de altura, como o “Grande Vale” de Mercúrio.
Um estudo de 2016 acerca dos penhascos na superfície de Mercúrio sugere que o planeta ainda pode sofrer com terremotos hoje, ou “mercúriomotos”. Além disso, no passado, a superfície de Mercúrio se alterou com frequência devido às atividades vulcânicas. Todavia, outro estudo de 2016 sugere que as erupções vulcânicas no planeta provavelmente pararam de ocorrer há 3.5 bilhões de anos atrás.
Um estudo sugere ainda que os componentes da superfície de Mercúrio podem se dividir em dois grupos. Um deles seria o dos materiais mais antigos, que derreteram sob alta pressão na fronteira do manto do núcleo. O outro seria de material mais novo, que se formou próximo à superfície.
Outro estudo de 2016 descobriu que a tonalidade escura na superfície de Mercúrio deve-se ao carbono. Esse carbono, porém, não se originaria de cometas que impactaram no planeta, mas sim remanescente da crosta primordial do planeta.
Mercúrio tem atmosfera?
Ao invés de uma atmosfera substancial, Mercúrio possui uma finíssima “exosfera”, feita de átomos explodidos na superfície pela radiação solar, vento solar e impactos de micro meteoroides. Eles escapam rapidamente para o espaço, formando uma cauda de partículas, segundo a NASA.
A atmosfera de Mercúrio é essencialmente ligada à superfície: em essência, um vácuo. Contém 42% de oxigênio, 29% de sódio, 22% de hidrogênio, 6% de hélio e 0.5% de potássio. Além disso, tem possíveis traços de argônio, dióxido de carbono, água, nitrogênio, xenônio, criptônio e neônio, de acordo com a NASA.
A órbita de Mercúrio
Mercúrio completa sua volta em torno do Sol a cada 88 dias terrestres, viajando pelo espaço a 180.000 km/h, mais veloz do que qualquer outro planeta. Sua órbita oval é altamente elíptica, aproximando e distanciando o planeta do Sol.
Se pudéssemos pisar em Mercúrio no ponto em que ele fica mais próximo do Sol, a 47 milhões de km, a estrela teria três vezes o tamanho que possui quando a observamos da perspectiva terrestre.
Como Mercúrio leva um número bem menor de dias do que a Terra para completar a órbita em torno do Sol, aproximadamente três ou quatro vezes ao ano o planeta nos ultrapassa, criando ilusões ópticas. A ilusão exibe Mercúrio como se ele estivesse se movendo “para trás” no céu durante três semanas. É durante esse período que se diz que “Mercúrio está retrógrado”.
Fontes: Which of the Planets is Closest to the Sun? – Universe Today — Mercury: The smallest and closest planet to the sun | Space
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