O termo ‘disco voador’ surgiu pela primeira vez em 25 de junho de 1947, quando dois jornalistas publicaram um artigo pequeno relatando ‘aparições estranhas’. Nele, ambos entrevistaram o piloto civil Kenneth Arnold, que havia observado no céu nove objetos voadores em forma de discos muito brilhantes. Desde então, muitas teorias surgiram e o assunto ganhou proporções exorbitantes, mas até hoje há uma dúvida que todos nós carregamos ao longo das décadas: existe vida em outro planeta?
Atualmente, há um programa da NASA com o foco na exploração de exoplanetas, para encontrar algum sinal irreparável de que não estamos sozinhos. O sucesso e eficácia dessa grande aventura se baseia em dois pilares: a prevalência da vida na galáxia e a sorte em dar os primeiros passos exploratórios e experimentais. Os exoplanetas, basicamente, são planetas que orbitam em uma estrela que não seja o Sol, em outras palavras, pertencem a um sistema planetário diferente do nosso.
Nas primeiras missões de descoberta de exoplanetas, como o Kepler da NASA e sua encarnação estendida, K2, podem investigar se há a possibilidade de existir vida em outro planeta. O Telescópio Espacial Romano Nancy Grace, ou o Wide-Field Infrared Survey Telescope, se concentrariam na luz que um planeta reflete, para captar sinais de vapor da água, oxigênio, ou qualquer indício poderoso de uma suposta vida.
Há possibilidade real de existir vida em outro planeta?
Mesmo com tanta tecnologia e esforços, a busca por esses indícios provavelmente levará algum tempo, sendo que grandes projetos estão em andamento. Sobretudo, novos equipamentos espaciais serão enviados nas décadas de 2030 ou 2040. Para a professora de física do MIT, Sara Seager, é possível detectar algumas combinações químicas que evidenciem a presença de vida alienígena. Ela e outros bioquímicos se concentraram, a princípio, nos seis principais elementos associados à vida na Terra: nitrogênio, fósforo, oxigênio, carbono, hidrogênio e enxofre. “Teremos tão poucos planetas, temos que ter sorte”, disse Seager. “Não quero perder nada. Não quero perder porque não fomos inteligentes o suficiente para pensar em alguma molécula”, concluiu a profissional.
Primeiramente, a Terra é muito hospitaleira e abundante em água, elemento crucial para que consigamos sobreviver aqui. Sobretudo, também tem uma atmosfera favorável, onde não é muito quente e nem muito fria. Sua distância em relação ao Sol permite que os seres vivos recebam a quantidade adequada de luz, calor e energia. Há cenários semelhantes, com algumas das características que encontramos por aqui, então, por que não existe vida em outro planeta?
Em contrapartida, os cientistas afirmam que nenhum deles obtêm tudo aquilo que é necessário para sustentar a vida, ou seja, a Terra continua sendo única! Há cerca de 100 bilhões de estrelas em nossa galáxia, sendo que, provavelmente, de 20% a 50% abrigam sistemas planetários. De antemão, já foi dito anteriormente que nem todos os exoplanetas seriam capazes de sustentar a vida de modo similar ao que temos aqui. Então, a equação assume de 1 a 5 em qualquer sistema, isso quer dizer que de 0% a 100% iriam, de fato, desenvolver vida, e a mesma proporção se encaixa para a estatística de vida inteligente.
Os cálculos ‘malucos’ da Equação de Drake
A ‘mera existência’ de formas de vidas inteligentes não quer dizer absolutamente nada, a não ser que tenham a capacidade de nos deixar conhece-las. Neste ponto, elas teriam a audácia de manipular ondas de rádio e outros meios de sinalização eletromagnética. Agora, há uma equação capaz de apontar que alguma civilização distante estaria bem perto de emitir seus sinais em nossa direção.
O sol sobrevive uma média de 10 bilhões de anos; a vida na Terra, por sua vez, existe há apenas 3,5 bilhões de anos, e nós, seremos humanos, temos a aptidão de controlar o rádio há apenas um século. Sendo assim, se fôssemos destruídos em um terrível holocausto ambiental amanhã, ficaríamos ‘invisíveis’ na imensidão do universo. Se sobrevivermos por milhares de anos, estaríamos anunciando nossa presença aos cosmos por mais tempo, o que vale para qualquer outra civilização que possa existir na Via Láctea.
Sobretudo, até mesmo os mais entusiastas admitem que essa teoria, que recebeu o nome de ‘Equação de Drake’, é apenas uma maneira de organizar nossa ignorância. Todavia, o fato é que a ignorância organizada é melhor que a desorganizada, pois, na maioria das vezes, parte de um princípio lógico. Todos os dias milhares de cientistas buscam por vida em outro planeta, e a Via Láctea acomoda cerca de 100 bilhões de sistemas estelares que poderiam hospedar algum vestígio de vida similar à nossa. Na taxa de exponencial crescimento no processamento de sinais, por volta de 2034 os pesquisadores já terão ‘explorado’ cerca de um milhão de candidatos. Neste período, é provável que alguma descoberta aconteça!
Sim, estamos no caminho para descobrir se estamos sozinhos (ou não) no universo
Recentemente, alguns pesquisadores afirmam ter encontrado um planeta que sim, poderia sustentar vida, pois está dentro de uma ‘zona habitável’ de sua estrela. Conforme relatou a BBC News: “se confirmado, esta seria a primeira vez que um planeta potencialmente portador de vida foi encontrado orbitando uma estrela como essa”.
“Esta é a primeira vez que algo foi visto na zona habitável de uma anã branca. E, portanto, existe a possibilidade de vida em outro mundo orbitando-o”, disse Jay Farihi, professor da University College London. No entanto, ele finalizou dizendo que “a possibilidade de um planeta na zona habitável é emocionante e também inesperada”, pois ninguém estava esperando por ela.
De antemão, vale ressaltar que é preciso mais evidências para confirmar a presença de um planeta habitável. Ele não pode ser observado de modo direto, então, a confirmação pode vir por meio da comparação de modelos de computador com observações adicionais da estrela e detritos em órbita.
E aí, será que estamos perto de descobrir que não somos sozinhos no universo? Sem dúvidas as próximas décadas serão determinantes. Então, continue acompanhando as curiosidades incríveis do Mundo Curioso e compartilhe esse conteúdo em suas redes sociais. O que seus amigos pensam a respeito disso? Descubra agora mesmo!
Fonte: NASA – Jornal Time
Imagem: Pixabay
