10 fascinantes imperadores japoneses

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Imagem: Pixabay

Há diversos imperadores japoneses fascinantes na história do país. Segundo a lenda, o primeiro imperador do Japão ascendeu ao Trono de Crisântemo em 660 a.C. Desde a ascensão do Imperador Jimmu, contabilizam-se cerca de 126 imperadores que governaram o Japão, embora alguns dos primeiros imperadores possam ter sido apenas figuras lendárias.

Historicamente, o papel do imperador alternou entre ser um símbolo público e um monarca poderoso. Alguns imperadores tiveram pouca influência sobre o país, enquanto outros desempenharam um papel tremendamente importante na história japonesa. Ainda hoje, esses imperadores são lembrados pelas personalidades extraordinárias, intrigas e atos de violência que marcaram seus reinados.

Conheça alguns deles abaixo.

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Os fascinantes imperadores japoneses

10. Imperador Sudo

O Imperador Sudo, também conhecido como Príncipe Sawara, planejou o assassinato de um oficial do seu irmão, o que resultou em seu exílio. Após a sua morte, acreditava-se que o seu espírito assombrava a família imperial, levando o Imperador Kanmu a construir um templo em sua honra.

Em 800, Príncipe Sawara foi nomeado postumamente Imperador Sudo. Em vida, Sawara nunca assumiu de fato o posto de Imperador.

9. Imperador Sushun

O destino do Imperador Sushun tomou um rumo sombrio quando ele foi assassinado pelo próprio homem que o colocou no poder após a morte do seu meio-irmão, o Imperador Yomei. Os clãs Motonobe e Soga entraram em conflito sobre quem deveria sucedê-lo.

Umako, do clã Soga, matou o irmão de Sushun, colocando-o no poder. Contudo, Sushun ficou ressentido com a morte do irmão e o ameaçou abertamente. O líder do clã então o assassinou e não sofreu nenhuma consequência, tamanho seu poder. O enterro de Sushun foi apressado, sem seguir os rituais imperiais adequados.

8. Imperador Go-Daigo

Go-Daigo foi um imperador do Japão durante o período Kamakura, quando o país era controlado pelos xoguns. Após uma série de eventos, Go-Daigo liderou uma revolução em 1333 e recuperou o poder como imperador por três anos. No entanto, suas políticas alienaram seus apoiadores, especialmente os samurais.

Em 1336, foi deposto novamente e seu aliado Ashikaga Takauji se tornou xogum. Go-Daigo se recusou a aceitar a legitimidade do novo imperador e estabeleceu uma corte rival em Yoshino. Por cerca de 60 anos, houve dois imperadores competindo pelo poder no Japão, até que a linha de Go-Daigo se rendeu ao xogunato em 1392.

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7. Imperador Go-Komatsu

A Corte do Sul, liderada pelo Imperador Go-Daigo, foi reconhecida como legítima após o apoio da Corte do Norte pelo xogunato Ashikaga. Contudo, o último imperador da Corte do Norte, Go-Komatsu, foi considerado genuíno. Um acordo estabelecia a alternância de sucessão entre as duas cortes, mas nunca foi cumprido.

Go-Komatsu abdicou em 1412, seu filho Shoko assumiu o trono e a Corte do Sul nunca alcançou o poder. Os futuros imperadores japoneses descenderam da Corte do Norte. Contudo, desde 1911, a Corte do Sul é reconhecida como a linhagem legítima.

6. Imperador Anko

No sistema imperial japonês, o filho mais velho do imperador normalmente era seu herdeiro. No caso do Imperador Ingyo, acredita-se que ele tenha se envolvido romanticamente com sua meia-irmã. Essa não seria a primeira e tampouco a última polêmica na vida dos imperadores japoneses.

O escândalo afetou as relações do príncipe com a corte real, e após a morte de seu pai, seu irmão mais novo Anaho desafiou seu controle. Infelizmente, Kinashi no Karu perdeu a disputa, foi banido e posteriormente cometeu suicídio.

Ao assumir o trono, o príncipe Anaho se tornou conhecido como Imperador Anko. Sua sucessão marcada pela violência não surpreendeu quando sua vida também terminou em derramamento de sangue. Anko foi assassinado por seu enteado Mayuwa, que buscou vingança pela morte de seu pai.

5. Imperador Kobun

A história dos imperadores japoneses sempre foi intensa e imprevisível. Quando o Imperador Tenji morreu em 672, seu irmão, o Príncipe Oama, recusou-se a sucedê-lo, então seu filho, o Príncipe Otomo, foi nomeado seu sucessor e tornou-se o Imperador Kobun.

O que parecia ser uma transferência tranquila de poder acabou se transformando em uma crise de sucessão conhecida como a Perturbação Jinshin.

O Príncipe Oama, que fingiu rejeitar o trono para viver como um monge, na verdade estava planejando uma rebelião contra seu sobrinho. Aliando-se a líderes provinciais insatisfeitos com a centralização do país, Oama lançou um ataque contra o Imperador Kobun, que terminou com a derrota deste último e sua decisão de se suicidar. Seu tio, Tenmu, tornou-se o próximo imperador, e, contrariando seus aliados provinciais, ele centralizou ainda mais o controle do governo.

4. Imperador Yozei

O imperador Yozei foi um pesadelo para a refinada e sensível corte do período Heian (794-1185). Tornou-se imperador aos nove anos e, na adolescência, desenvolveu um gosto mórbido para se divertir: ele se deliciava com a crueldade com animais, colocando cães contra macacos e fazendo cobras devorarem sapos.

Além dos animais, Yozei também mostrou comportamento violento com um cortesão, matando-o sem motivo aparente, seja com uma espada ou com os próprios punhos. Yozei foi considerado insano, mas não foi preso ou assassinado. Posteriormente, dedicou-se à poesia. Seu único poema sobrevivente está incluído na famosa antologia de poesia japonesa chamada Ogura Hyakunin Isshu.

3. Imperador Sutoku

O Imperador Sutoku foi deposto por seu próprio pai, o Imperador Toba, e exilado na Província de Sanuki. Após sua morte em 1164, sua figura ganhou uma lenda como um espírito vingativo responsável por diversos desastres, tornando-se um dos imperadores japoneses com lendas soturnas em torno de si.

Sutoku foi substituído por seu meio-irmão, o Imperador Go-Shirakawa. A controvérsia em torno dessa escolha resultou na Rebelião de Hogen, que terminou a favor de Go-Shirakawa. Mesmo depois de sua morte, Sutoku permanece como uma figura conhecida no folclore japonês. Em 1867, o Imperador Meiji até escreveu uma carta a Sutoku, pedindo que seu espírito viesse à capital em busca de perdão.

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2. Kogyoku/Saimei

Um dos mais fascinantes imperadores japoneses, na verdade, foi uma mulher. A Imperatriz Kogyoku/Saimei teve a rara distinção de governar o Japão em dois períodos distintos. Após a morte de seu marido em 642, ela assumiu o trono como Imperatriz Kogyoku.

Durante seu reinado, o clã Soga ganhou influência na corte real, algo que seu filho, o Príncipe Naka no Oe, não apoiava.

Em 645, Naka no Oe e seus conspiradores assassinaram um membro do clã Soga na presença de Kogyoku, resultando em sua renúncia ao trono. Seu irmão a substituiu como Imperador Kotoku até sua morte em 654. Kogyoku voltou ao poder em seu segundo reinado, conhecida como Imperatriz Saimei. Após sua morte, Naka no Oe se tornou o Imperador Tenji.

Outra mulher famosa na história do Japão foi Himiko, a lendária rainha-xamã.

1. Imperador Antoku

A história do Imperador Antoku é uma das maiores tragédias do Japão, imortalizada no épico clássico “O Conto de Heike”. Antoku se tornou imperador aos dois anos de idade, com seu avô Taira no Kiyomori atuando como regente.

O clã rival dos Minamotos apoiava outro menino para o trono, resultando na Guerra Genpei, uma guerra civil entre os Minamotos e os Tairas, que levou Antoku e os Tairas a fugirem da capital Kyoto. Em uma batalha final no mar, em 24 de abril de 1185, os Minamotos derrotaram os Tairas, e Antoku e sua avó se jogaram ao mar.

Desde então, acredita-se que os Tairas assombrem o mar na forma de caranguejos Heike, uma espécie única de caranguejo japonês com um padrão semelhante a um rosto humano em sua carapaça.

Fonte: Listverse

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