História da Civilização Romana

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De acordo com os mitos, a história da civilização romana começa com dois semideuses: Rômulo e Remo. Ela afirma que, em 21 de abril de 753 AEC, os dois tiveram uma discussão sobre quem iria governar a cidade (noutra versão, sobre onde ela se localizaria). Rômulo, então, mata Remo, nomeando a cidade em seu próprio nome.

Outro mito aponta que o nome da cidade veio de uma mulher, Roma, que viajou com Eneias e outros sobreviventes de Troia após a cidade cair. Após se assentarem no rio Tiber, Roma e as outras mulheres se opuseram a continuar seguindo.

Ela liderou, então, as outras mulheres, queimando os barcos troianos. Isso fez com que os sobreviventes tivessem que continuar no local, que eventualmente se tornou Roma. Assim como em outros mitos, considera-se Eneias de Troia como fundador de Roma e ancestral de Rômulo e Remo.

Assim, Roma possuiria uma ligação com a grandeza e poder atribuídos à Troia.

História da civilização romana: o início

Após começar como uma pequena cidade às margens do rio Tibre, Roma cresceu em tamanho e força, no início, através do comércio. Isso porque, sua localização favorecia os mercadores em suas navegações. Sete reis governaram a cidade durante esse período.

A cultura e civilização gregas, que chegaram à Roma através das colônias gregas ao sul, lhes forneceu um modelo sobre o qual poderiam construir sua própria cultura. Assim, os romanos tomam emprestado a literatura e religião dos gregos, assim como os fundamentos de sua arquitetura.

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A arquitetura grega muito influenciou Roma. Imagem: Pixabay

Os etruscos, ao norte, forneceram um modelo de comércio e luxo urbano. A Etrúria também se destacava no comércio, e os romanos ou aprenderam com eles as habilidades de comércio ou foram ensinados diretamente pelos etruscos que faziam incursões na área entre 650 e 600 AEC.

Assim, a história da civilização romana, desde o início, apresenta outros povos em seus componentes. O Reino de Roma cresceu rapidamente, tornando-se uma grande cidade entre os séculos XVIII e XVI AEC. Quando o último dos sete reis de Roma, Tarquínio, o Soberbo, foi deposto, seu rival Lucius Junius Brutus reformou o sistema de governo e estabeleceu a República.

Guerra e expansão

Ainda que o comércio tenha favorecido a prosperidade romana, foi a guerra que a tornou uma potência do mundo antigo. As guerras com a cidade de Cartago consolidaram seu poder, e a cidade cresceu em riqueza e prestígio. Mais além, Roma e Cartago eram rivais econômicos, e com a derrota de Cartago, Roma se tornou uma potência quase absoluta na região.

Enquanto a República de Roma crescia, a cidade começou a ter problemas. A corrupção, ganância e dependência de trabalho escravo estrangeiro se tornaram entraves. A elite rica da cidade, os patrícios, se tornaram ainda mais ricos às custas da classe trabalhadora, os plebeus.

No século II AEC, os irmãos Graco, Tibério e Caio, dois tribunos romanos, lideraram um movimento em busca de reforma da terra e do sistema político. Ainda que tenham sido mortos no processo, seus esforços levaram a reformas legislativas e redução da corrupção do Senado.

A República Romana

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A Fontana di Trevi é uma belíssima construção da Itália, localizada em Roma. A fonte original se situava num dos mais antigos aquedutos de Roma. Ao longo dos séculos, diversas reformas foram feitas, por diferentes artistas e arquitetos, até chegar ao estilo atual. Imagem: Pixabay

A história da civilização romana tem seus sistemas de governo como uma de suas principais características.

Durante a república, a classe governante se chamava optimates (os melhores homens), enquanto as classes baixas (e os que simpatizavam com elas) eram conhecidas como populares (o povo).

Em geral, os optimates tinham visões políticas e sociais tradicionais, que favoreciam o poder do Senado de Roma e o prestígio e superioridade da classe governante. Os populares, em geral, favoreciam a reforma e a democratização da República Romana.

Essas ideologias políticas e seus representantes trariam o fim da República.

Marco Licínio Crasso e seu rival político, Cneu Pompeu Magno, se uniram com outro político mais novo, Caio Júlio César, para formar o que os historiadores chamam de Primeiro Triunvirato de Roma. Crasso e Pompeu compartilhavam a ideologia optimate, enquanto César se alinhava com a populare.

Os três homens eram ambiciosos, e conseguiam manter um ao outro sob controle enquanto ajudavam Roma a prosperar. Crasso era o homem mais rico de Roma, enquanto Pompeu e César eram excelentes generais. Através de suas conquistas, eles expandiram a riqueza de Roma.

Crasso, ainda que o mais rico de Roma, buscava ter o mesmo respeito que Pompeu e César tinham diante o povo devido às suas conquistas militares. Em 53 AEC, portanto, liderou forças consideráveis contra a Pártia, sendo derrotado e morto posteriormente.

Com a morte de Crasso, o Primeiro Triunvirato se desintegrou e Pompeu e César declararam guerra um contra o outro. Em 48 AEC, César enfrentou Pompeu com um exército numericamente inferior, derrotando-o. Pompeu fugiu para o Egito, mas foi assassinado logo em sua chegada.

As notícias da vitória de César se espalharam rapidamente, e muitos amigos e aliados antigos de Pompeu logo se alinharam com César, acreditando que ele tinha o favor dos deuses.

Rumo ao Império

Júlio César, então, se tornou o homem mais poderoso de Roma. Ele efetivamente terminou o período da República, com o Senado o nomeando como um dictator. Sua popularidade com o povo era enorme, e ele criou um governo central forte e estável.

Em 44 AEC, um grupo de senadores romanos o assassinou. Os conspiradores, Brutus e Cassius dentre eles, tinham receio de que César abolisse o Senado caso ficasse mais poderoso. Após sua morte, sua mão-direita e primo, Marco Antônio, uniu-se com o sobrinho e herdeiro de César, Otávio, e com o amigo de César, Marco Emílio Lépido. Os três combateram Brutus e Cassius em 42 AEC.

Otávio, Antônio e Lépido formaram o Segundo Triunvirato de Roma, mas os três eram tão ambiciosos quanto seus predecessores. Lépido foi neutralizado quando Antônio e Otávio concordaram que ele deveria ter a África e a Hispânia sob seu controle, mantendo-o longe do poder em Roma.

Então, acordou-se que Otávio governaria as terras ocidentais de Roma, e Antônio as orientais.

O envolvimento de Antônio com a rainha egípcia Cleópatra VII, contudo, interferiu no equilíbrio que Otávio esperava manter. Isso, então, levou a uma guerra.

Antônio e Cleópatra uniram forças, mas foram derrotados em 31 AEC, ambos cometendo suicídio posteriormente. Otávio, por fim, era o único poder restante de Roma. Em 27 AEC, recebeu poderes extraordinários do Senado, tomando o nome de Augusto, o primeiro Imperador de Roma.

Os historiadores concordam que, na história da civilização romana, esse é o ponto final da história de Roma e o início da história do Império Romano.

Fonte: Ancient Rome – World History Encyclopedia
Imagem: Pexels

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