História da Grécia Antiga

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A história da Grécia Antiga começa há muito tempo atrás, e iremos dividi-la em diferentes partes aqui, indo desde os períodos mais antigos até a fase helenística. Já havia povos habitando a região da Grécia durante o Paleolítico, e o Neolítico (entre 6.000 e 2.900 AEC) se caracteriza por assentamentos permanentes.

Nesse período se desenvolveu a domesticação de animais e houve avanços na agricultura. A arqueologia indica, além disso, que a migração ocorreu da Anatólia para o norte da Grécia. Os que prosseguiam para o interior da península eram fazendeiros em sua maioria, pois o norte era mais se adequava mais à agricultura do que outras áreas.

A Civilização Cicládica (3.200-1.100 AEC), por sua vez, floresceu nas ilhas do Mar Egeu, e fornece as primeiras evidências de habitação humana contínua na região. Nesse período, as pessoas viviam da pesca e do comércio. Houve, aqui, um desenvolvimento constante da arte e arquitetura.

A Civilização Minoica (2.700-1.500 AEC) desenvolveu-se na ilha de Creta, e rapidamente se tornou uma potência marítima. Foi uma civilização próspera, que desenvolveu um sistema de escrita conhecido como Linear A, ainda não decifrado. Os historiadores apontam o Rei Minos (de onde tiraram o nome para esse povo) como o primeiro a estabelecer uma marinha, com a qual ele conquistou os cicládicos.

Os minoicos, além do sistema de escrita, também fizeram avanços na construção de navios, cerâmica, nas artes, ciências e na guerra. Diferentes fatores podem ter contribuído para o fim dessa civilização, como eventos climáticos e a invasão de outros povos.

A erupção de um vulcão entre 1.650 e 1.550 AEC resultou num tsunami que devastou a ilha, inundando suas cidades e vilas.

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A arquitetura grega é uma das suas características mais marcantes ao longo da sua história. Imagem: Pexels

Os Micênicos, ancestrais dos gregos

A história da Grécia Antiga envolve muitos povos. Sua cultura foi muito influenciada pelos minoicos e, posteriormente, pelos micênicos. A Civilização Micênica (aproximadamente 1.900-1.100 AEC) é tida como o início da cultura grega. Ainda assim, não se sabe tanto sobre eles.

A arqueologia e o que Homero conta na Ilíada nos ajuda a ter uma noção de como esse povo se desenvolveu. Portanto, credita-se aos micênicos o desenvolvimento de outro sistema de escrita, o Linear B, assim como o desenvolvimento de ritos religiosos.

Os minoicos influenciaram os micênicos em seus cultos de deusas da terra e deuses do céu, que depois formularam o panteão clássico da Grécia. A mitologia grega, em si, fornece uma ampla origem para a criação do universo, do mundo e dos humanos.

No período de Hesíodo e Homero, os mitos começaram a se adaptar em direção ao que é mais familiar para nós, com Zeus e a guerra contra os Titãs. Também houve uma mudança nos ritos, que passaram de uma tradição matriarcal para uma patriarcal.

Bem como, os deuses eram importantes para os povos dessa época, que os cultuavam como parte da vida diária.

Em 1.100 AEC, em torno do colapso da Era do Bronze, os micênicos abandonaram as grandes cidades ao sul da Grécia. Não se sabe exatamente o que causou o fim dessa civilização, e não há registros escritos desse período.

Depois do que conhecemos como a Idade das Trevas Grega (1.100-800 AEC), a colonização grega ocorria na Ásia Menor e nas ilhas em torno da Grécia. Em 585 AEC, o filósofo grego Tales de Mileto realizou sua descoberta científica na Ásia Menor, e essa região de colônias iônicas mais tarde faria grandes realizações na filosofia e matemática.

História da Grécia Antiga: período arcaico ao clássico

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Vestígios da Atenas antiga na Grécia atual. Imagem: Pexels

Em seguida, o Período Arcaico (800-500 AEC) se caracteriza pela introdução das repúblicas em lugar das monarquias (que em Atenas evoluiu para uma democracia), organizadas em torno de diferentes cidade-estado, a pólis. Também houve o estabelecimento de leis, o desenvolvimento de diferentes festivais e de um estilo distinto de cerâmica e escultura gregos.

Isso então originou o Período Clássico na história da Grécia Antiga, entre 500-400 AEC. Essa foi a Era de Ouro de Atenas, quando Péricles iniciou a construção da Acrópole e a Grécia alcançou grandes feitos em quase todas as áreas do conhecimento humano.

Assim, foi durante esse período que grandes pensadores e artistas como Platão, Aristófanes e Fídias floresceram.

A democracia se estabeleceu em Atenas, permitindo que todos os cidadãos homens acima de vinte anos tivessem voz no governo. Além disso, nesse período os filósofos pré-socráticos iniciaram o que se tornaria um método científico para explorar os fenômenos naturais.

Homens como Anaximandro, Anaxímenes, Pitágoras, Demócrito, Xenófano e Heráclito abandonaram as visões teísticas do universo, buscando por encontrar a causa primária da vida e do cosmos.

Seus sucessores, como Euclides e Arquimedes, continuaram nos avanços da ciência grega, estabelecendo a matemática como uma disciplina séria. O exemplo dado por Sócrates e os escritos de Platão e Aristóteles depois dele influenciaram a cultura e a sociedade ocidental por mais de mil anos.

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Pintura do renascentista Rafael exibindo a Escola de Atenas, com Platão e Aristóteles ao centro. Imagem: Pexels

Alexandre, o Grande e o período helenístico

A história da Grécia Antiga se encaminha para seu “fim” com o advento de Alexandre, o Grande (356-323 AEC) e a era helenística. Alexandre invadiu a Pérsia em retaliação pela sua invasão em 480 AEC, seguindo os planos do seu pai.

Com quase toda a Grécia sob seu comando, o grande líder prosseguiu pelo Egito, Ásia Menor, Pérsia e foi até a Índia. Seu tutor foi Aristóteles, e através das conquistas de Alexandre os ideais da civilização grega se espalharam por toda parte, transmitindo sua arte, filosofia, cultura e língua para todas as regiões com as quais entrava em contato.

Quando Alexandre morreu, seu império foi dividido entre quatro de seus generais. Assim, iniciou-se então o Período Helenístico (323-31 AEC), durante o qual o pensamento e a cultura grega se tornaram dominantes nos territórios comandados pelos generais.

Nos séculos seguintes a República de Roma começou a se envolver nos assuntos gregos, derrotando a Macedônia (de onde tinha se passado a governar) em 168 AEC. A partir de então, a Grécia começou a sofrer influência de Roma, tornando-se um protetorado em 146 AEC. Os romanos passaram a emular o estilo grego em diversos aspectos, absorvendo grande parte de sua cultura.

Fonte: Ancient Greece – World History Encyclopedia
Imagem: Pexels

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