Se você quer saber qual é a influência do relevo no clima, chegou ao lugar certo!
O clima de uma região é influenciado pelos mais diversos fatores e, nesse artigo, além de conhecê-los melhor, você vai conferir de uma forma mais clara como o relevo se encaixa nesse processo. Acompanhe!
Influência do relevo no clima: o que é o relevo
Para que você consiga entender mais a fundo qual é a influência do relevo no clima, é preciso antes compreender o que é o relevo em si.
Nesse caso, ele se refere à própria forma da superfície terrestre, isto é, sua variação de elevações e depressões, o seu formato.
Isso inclui os mais variados elementos, desde montanhas, vales, planícies, colinas, planaltos, depressões, etc. É tudo o que dá forma à superfície da Terra e a topografia de uma região.
Lembrando que o relevo é modelado pelos mais diversos processos geológicos, ao longo de milhões e milhões de anos.
Entram na lista a erosão (como o vento, as águas dos rios e da chuva), atividades tectônicas, dentre outras.
Qual a diferença entre clima e tempo?
Outro ponto importantíssimo para entender antes é a diferença entre o que é clima e o que é tempo.
Afinal, ambas as palavras são muitas vezes utilizadas como sinônimas, apesar de terem significados distintos. E essa confusão pode atrapalhar bastante sua compreensão do tema.
Por tempo, é possível entender as condições meteorológicas momentâneas em uma região, que variam ao decorrer das horas ou dias.
Já o conceito de clima é mais estático, uma vez que ele se refere às condições do tempo atmosférico de uma região ao longo das últimas décadas.
O clima de um lugar não muda de um dia para o outro, muito pelo contrário, as alterações ocorrem de forma gradativa, ao longo de anos e mais anos, e suas características são baseadas na temperatura, umidade, precipitações, etc. ligadas à região, dentro desse contexto geral.
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Qual a influência do relevo no clima?
Pronto! Superados esses dois pontos anteriores, fica bem mais fácil entender como o relevo é capaz de influenciar o clima.
E a relação entre os dois processos é bem mais intensa do que pode parecer, já que ele afeta os mais diversos aspectos meteorológicos, a exemplo das precipitações, temperatura e circulação atmosférica.
Temperatura
Geralmente, conforme a altitude de um lugar aumenta, mais a temperatura cai. Isso se deve, dentre outras causas, pela pressão atmosférica menos intensa.
Áreas montanhosas têm temperaturas bem menos elevadas que outras regiões mais baixas.
Chuvas orográficas
As chuvas orográficas, que também são chamadas de chuvas de relevo, levam esse nome por ocorrer justamente quando uma massa de ar úmido encontra uma barreira montanhosa, como uma serra ou montanha.
Isso faz com que o ar seja forçado a subir, resfriando-se, o que leva a precipitações.
Aliás, considerando os lados barlavento e sotavento dessa barreira, as diferenças climáticas que podem surgir em ambos os lados são significativas.
No barlavento, o ar úmido sobe e gera precipitações, já no sotavento resta apenas o ar seco, que desce e se espalha, e sem umidade os climas se tornam mais secos e quentes nesse setor.
Circulação atmosférica
Outra influência do relevo no clima que vale mencionar é em relação à circulação atmosférica.
As montanhas ou planícies presentes em um local são capazes de bloquear ou então direcionar as massas de ar. Consequentemente, os padrões climáticos regiões são diretamente influenciados.
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Outros elementos e fatores que influenciam o clima
Como mencionado, não é somente o relevo que tem uma forte influência no clima de um lugar. Diversos outros elementos e fatores também entram nessa lista.
Latitude
A latitude é a distância entre um determinado ponto da superfície terrestre e a Linha do Equador (o meio do caminho entre o pólo Norte e Sul).
Assim, a posição que uma região fica localizada em relação a essa linha determina o quanto de radiação solar ela receberá. Quanto mais próxima, mais o clima tende a ser quente no lugar.
Em contrapartida a isso, quanto mais distante a região for, mais frio é, já que ficam perto dos pólos terrestres.
Altitude
Essa é a distância vertical que um determinado ponto da Terra possui em relação ao nível do mar, que tem uma altitude 0.
Quanto maior a altitude de uma região, menores são os índices de pressão atmosférica, o que leva a temperaturas mais baixas.
Continentalidade
A continentalidade diz respeito à distância da região em relação aos mares e oceanos. Não uma distância vertical, como na altitude, mas horizontal mesmo.
Como as águas oceânicas são reguladores climáticos fundamentais, quanto mais para o centro do continente a região ficar, mais ela sofre com efeitos negativos, como menos umidade, maior amplitude térmica, etc.
Correntes oceânicas
As correntes oceânicas, que são o deslocamento de grandes massas de água dentro dos oceanos, aquecem ou resfriam o ar que circula nas áreas onde elas passam.
Assim, afetam diretamente fatores como umidade e a pressão atmosférica, grandes influenciadores do clima.
Ventos
Obviamente, os ventos, com destaque para os ventos alísios (que sopram constante e intensamente de leste para oeste) também entram nessa lista.
Eles acabam influenciando na circulação atmosférica e atuam também como distribuidores de calor ao redor do planeta.
Vegetação
Por fim, mas não menos importante, a vegetação é outro fator crucial dentro desse processo.
A cobertura vegetal tem o poder de moderar a temperatura, filtrar a radiação solar, reter umidade, etc.
Ou seja, além da influência do relevo no clima, diversos outros elementos também contribuem para as condições climáticas de uma região.
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