Ao que tudo indica, uma Lua de Júpiter pode abrigar vida. Isso mesmo, a famosa Lua Europa, de acordo com pesquisadores do JPL (Jet Propulsion Laboratory, da Nasa), pode abrigar formas de vida em seu oceano.
Essa inusitada possibilidade surge após a descoberta de que um aumento da temperatura desse satélite resultou na formação de oceanos sob a sua superfície.
De fato, a descoberta é verdadeiramente magnífica! Ela foi suficiente para agitar uma imensa comunidade de apaixonados por esse universo das investigações ufológicas. E que já se vê eufórica, ansiosa e curiosamente agitada diante das infinitas possibilidades que agora se abrem nesse campo.
Com efeito, a possibilidade da existência de alguma forma de vida na lua de Júpiter constitui-se como uma das maiores revoluções nesse campo da astronomia.
De acordo com o geoquímico e cientista planetário, Mohit Melwani Daswani, há uma forte possibilidade de que essas suspeitas realmente se confirmem. Segundo ele, foi bastante exitosa a análise dos resultados da missão Galileo, levada a cabo no ano de 1989. A missão teve como objetivo enviar uma sonda para o estudo de Júpiter com as suas luas, por um período de 8 anos.
Ao final, juntamente com a sua equipe de cientistas, ele descobriu uma espécie de diferença entre a rotação dos minerais encontrados em um dos seus satélites.
Logo, concluiu-se que há um forte indício de que possa haver, sim, vida no oceano formado sob a superfície da Europa. Algo que é, sem dúvida, um dos feitos mais comemorados pela NASA nos últimos anos das suas investigações científicas.
A Lua de Júpiter pode abrigar vida com características bastante complexas
Como dissemos, a descoberta de que a Lua de Júpiter pode abrigar vida caiu como uma bomba no meio científico.
Em síntese, o que Daswani descobriu foi que a Lua Europa apresenta os aspectos típicos de um astro habitável. E os resultados da análise do material recolhido pela sonda Galileo foram apresentados durante a Conferência Goldschimidt.
Decerto, as expectativas realmente são as melhores possíveis! Em síntese, a sua equipe descobriu que esse oceano da Lua Europa surgiu como o resultado da desagregação de minerais repletos de água. E o resultado disso foi a constituição de espécies de camadas sob a superfície de gelo. Camadas que, segundo ele, revelam um inquestionável aquecimento do gelo que compõe a superfície do satélite.
Paralelamente a isso, a equipe, sob o seu comando, também descobriu que o responsável por esse aquecimento é uma espécie de radiação lunar. Ou seja, algo como uma “dissipação de energia das marés desse oceano”, como resultado de uma curiosa influência do próprio planeta Júpiter sobre a Europa.
Com isso, essa descoberta ainda é capaz de revelar algumas curiosidades relativas à formação dos oceanos da Terra e de Marte. Com efeito, tudo indica que esse processo de aquecimento de geleiras, por meio de intensas doses de radiação, também pode estar por trás da nossa formação oceânica. E isso é algo que, certamente, irá levar os estudos de geoquímica e ciência planetária a um patamar até então impensável.
Uma descoberta das mais inusitadas
Sem dúvida, como dissemos, a descoberta de que a Lua de Júpiter pode abrigar vida complexa é algo verdadeiramente magnífico!
De fato, ela terá influência direta nos atuais estudos sobre as possibilidades de que haja vida em Marte. Mas também nos demais planetas atualmente monitorados pelas agências espaciais.
Em primeiro lugar, devido ao fato de que, graças a essa descoberta, a existência de oceanos escondidos tornou-se uma realidade para a maioria dos planetas atualmente analisados. E em segundo lugar, pelo fato de que, mesmo não sendo um fator determinante, essa diferenciação (ou quebra de minerais) acabou tornando-se um importante ponto de partida para novas descobertas nesse campo.
Mas apesar dessa tão relevante descoberta, Daswani mantém-se bastante cauteloso ao determinar que haja uma ligação entre esse tipo de aquecimento e a formação de oceanos. Além disso, ele é cauteloso, também, sobre a ideia de que a presença de um oceano represente, necessariamente, a garantia de existência de vida.
Prudência e cautela
E para corroborar com essa sua visão, de acordo com Steve Mojzsis, geologista da Universidade do Colorado, Estados Unidos, a simples presença de água nem de longe pode representar uma prova da existência de vida em um planeta. Segundo ele, para que ela ocorra, é necessário bem mais que isso. É necessário que se produza delicadas interações químicas, para as quais a água é apenas um dos seus importantes elementos.
Logo, ainda de acordo com o especialista, só o que cabe nesse momento é seguir com as pesquisas e estudos sobre esse curioso e singular aquecimento capaz de produzir oceanos em satélites naturais de planetas. Uma descoberta que representa, sem sombra de dúvida, um imenso avanço sobre as possibilidades de que haja vida fora da Terra.
Possibilidades que, aliás, segundo alguns cientistas, já são mais do que reais e evidentes. Elas certamente só exigem mesmo um pouco mais de tempo para que revelem a certeza de que há, sim, bem mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa imaginação sequer é capaz de conceber.⠀⠀
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Fonte: Europa NASA – European Commission
Imagem: Pixabay