Os animais que brilham no escuro mostram que o reino animal está cheio de curiosidades e capacidades biológicas interessantes. Muitas pessoas conhecem o vagalume e seu brilho, mas a maior parte dos animais que brilham no escuro encontram-se nas profundezas do oceano.
Numa viagem de submarino, seria possível notar vários brilhos no fundo do oceano, indo e vindo. Esses organismos marinhos parecem mais criaturas alienígenas devido a sua aparência única. Mas seu propósito é algo mais comum do que se poderia pensar: atrair parceiros, presas, comunicar-se com outros da mesma espécie ou confundir predadores.
Conheça abaixo alguns dos animais que brilham no escuro.
Animais que brilham no escuro
10. Vagalumes
Um dos animais que brilham no escuro é o famoso vagalume. Os vagalumes são uma família de besouros que inclui 2000 espécies conhecidas. Em certos períodos do ano, eles iluminam o céu com sua habilidade de bioluminescência.
O principal propósito do brilho é atrair parceiros. Já se demonstrou, com algumas espécies, que as fêmeas escolhem seus parceiros baseando-se com a intensidade e o ritmo no padrão do seu brilho.
O brilho também serve como forma de alerta aos predadores. Devido ao seu sabor desagradável, os predadores podem evitar se alimentar de um vagalume mais de uma vez.
O vagalume controla a reação química ao adicionar oxigênio ao órgão emissor de luz em seu corpo. O oxigênio reage com outros compostos, então, para produzir a luz.
9. Fungus gnats com bioluminescência
Esses mosquitos, que pertencem à ordem das moscas. Eles possuem uma habilidade única de bioluminescência, e são nativos da Austrália e Nova Zelândia. As larvas prendem-se no teto de cavernas, ou sob rochas. Elas criam fios finos cheios de muco que pendem do teto e emitem uma beleza etérea, mas o verdadeiro propósito é atrair presas, como aranhas e mosquitos.
Quando a presa cai na armadilha do muco, as larvas a consomem por completo. Ao atingir a idade adulta, os mosquitos perdem a capacidade de brilho, contudo, tornando-se parecidos com um inseto tropical típico.
8. Lophiiformes
Lophiiformes é uma ordem de animais que brilham no escuro, incluindo mais de 200 espécies. Esse peixe possui um impressionante órgão de biolumunescência. A isca longa e vigorosa que se estende como uma vara nas costas da fêmea é, na verdade, uma barbatana dorsal modificada.
O final da isca acende graças a uma bactéria bioluminescente vivendo no interior do peixe. Essa relação simbiótica entre o peixe a bactéria facilita a capacidade de bioluminescência, uma vez que o peixe não precisa desenvolvê-la do zero.
O principal propósito é atrair presas. Animais em geral se atraem pela luz, então isso é algo esperado. Mas, além disso, a luz também ajuda as fêmeas a encontrarem parceiros adequados nas profundezas escuras do oceano.
7. Água-viva
A água-viva, dentre os animais que brilham no escuro, é talvez o que possui a maior bioluminescência. Estima-se que cerca de metade das 2.000 espécies conhecidas exibem alguma habilidade de brilho. O uso mais comum é para fugir de predadores.
Algumas usam o brilho para assustar os predadores, enquanto outras liberam partículas brilhantes como forma de distração.
O brilho emitido pela água-viva também pode ajudá-las a encontrar suas refeições. No escuro, o brilho pode ajudá-las a se disfarçarem de zooplâncton enquanto caçam suas próprias presas.
6. Krill
O krill é um pequeno crustáceo marinho, a maioria medindo menos que 5 cm. Eles são presas muito comuns para organismos marinhos maiores, como baleias, que os caçam aos milhares.
Esses organismos possuem a incrível habilidade de produzir luz. Algumas espécies até mesmo possuem lentes rotativas, que direcionam a luz a uma área específica, ainda que não se saiba a razão exata por trás disso. É possível que tenha alguma relação com a reprodução.
5. Tubarões bioluminescentes
Estima-se que 57 espécies, ou menos de 10% de todos os tubarões, sejam capazes de produzir algum tipo de luz. O mais conhecido é o tubarão-lanterna, outro dentre os animais que brilham no escuro a viver no oceano. Esse pequeno animal vive nas profundezas escuras do mar, usando o brilho para se camuflar com a luz clara do ambiente.
Ao contrário da maioria dos tubarões bioluminescentes, que têm partes inferiores brilhantes para se misturar por baixo, todo o corpo do kitefin pode produzir luz. O objetivo disso ainda não é totalmente compreendido.
4. Lulas-vagalume
Poucas espécies de lula possuem tal habilidade, com a lula-vagalume sendo um exemplo espetacular. Esses animais minúsculos, medindo 7 cm, passam o inverno nas profundezas do oceano. No verão, viajam em largos grupos até a costa do Japão, onde dão um verdadeiro show de luzes, possivelmente com o propósito de se comunicarem com parceiros e rivais.
Essas lulas emitem uma luz azul através de um órgão complexo por todo o seu corpo. Esse órgão está equipado com lentes, filtros de cor, refletores e persianas. Controlando esses órgãos, a lula consegue emitir luz em qualquer padrão que deseje.
Isso as torna atrativas ao homem também, e as lula-vagalumes são consideradas uma iguaria culinária no Japão.
3. Vagalume-do-mar
O vagalume-do-mar é um pequeníssimo crustáceo, medindo menos que 2 cm. ele habita nas águas rasas do Japão. Durante o período reprodutivo, o macho libera pequenos pontos de luz, revelando sua localidade para as fêmeas. Ele também era usado por soldados na Segunda Guerra Mundial, para iluminar mensagens durante a noite.
Essas criaturas também ejetam nuvens de um belíssimo muco azul. Esse muco é usado para assustar e confundir predadores em potencial.
2. Tomopteris
O Tomopteris é um gênero de plâncton, e um dos animais que brilha no escuro. Ainda que muitos tipos de plâncton produzam luz, esse é o único que produz um brilho amarelo raro. De acordo com observações, o Tomopteris liberam partículas brilhantes do seu corpo, possivelmente como forma de distrair predadores enquanto buscam por uma rota de fuga.
1. Diabo-da-tasmânia
Um dos poucos mamíferos terrestres presentes na lista dos animais que brilham no escuro, cuja descoberta da habilidade foi completamente acidental. Em dezembro de 2020, um técnico de zoológico descobriu que o diabo-da-tasmânia consegue produzir um brilho sob luz ultravioleta.
Proteínas especiais na pele e no pelo parecem absorver energia da luz solar, emitindo-a num comprimento de onda além do que o olho humano pode enxergar.
A hipótese é de que esse brilho tenha algum papel na comunicação. Além disso, também abre a possibilidade de que outros mamíferos terrestres poderiam produzir e absorver luz.
Fonte: a-z-animals.com
