Há diversos animais que usam mimetismo para sobreviver, imitando a aparência e características de outros seres vivos e não vivos. Essas imitações podem variar, indo desde a aparência visual até uma imitação olfativa, emanando odores semelhantes aos de outras criaturas.
Em essência, o mimetismo animal é uma questão de sobrevivência, podendo possa ser usado como forma de atrair presas ou evitar predadores. Os predadores podem usar um mimetismo agressivo, enquanto as presas usam um mimetismo defensivo para se protegerem.
Os insetos são as principais criaturas a usarem mimetismo no mundo animal, mas não são os únicos. Conheça abaixo alguns dos insetos e outros animais que usam mimetismo para sobreviver.
Animais que usam mimetismo para sobreviver
Tetigoniídeos
O inseto que conhecemos popularmente como “esperança” pertence à família dos tetigoniídeos, e é um dos animais que usam mimetismo para sobreviver. Alguns tetigoniídeos usam tanto a forma agressiva como defensiva do mimetismo para garantir sua sobrevivência.
Nesse mimetismo, esses insetos imitam a resposta da cigarra fêmea à cigarra macho, atraindo cigarras para si e transformando-as em seu alimento. Na forma defensiva, a esperança se camufla dentre as folhas das árvores, protegendo-se de predadores.
Mariposas
As mariposas talvez sejam as mestras do mimetismo defensivo. Diferentes espécies de mariposas se parecem com outros animais e plantas. Elas mimetizam corujas, sapos, vespas, folhas mortas, aranhas, cigarras, o louva-a-deus, dentre outras espécies.
Enquanto muitas usam o formato do corpo e coloração, outras desenvolveram formas de olhos em suas asas, fazendo-as parecerem um animal bem maior do que são. Isso as protegem de predadores, que não irão atacar uma criatura que parece estar encarando-os de volta.
Acherontia
Há um tipo de mariposa do gênero Acherontia que possui marcas similares às da abelha, ainda que essa não seja sua principal forma de mimetismo. Essa mariposa emite um odor que mimetiza o da abelha melífera, permitindo-a entrar numa colmeia e se alimentar do mel antes de ser atacada e morta.
Alguns também acreditam que essa mariposa consegue reproduzir o som da abelha rainha, o que contribui para sua proteção.
Lagarta
Como as lagartas são o estágio larval de borboletas e mariposas, cabe a elas encontrar formas de sobreviver antes de alcançarem sua forma final. As lagartas estão dentre os animais que usam mimetismo para sobreviver, e desenvolveram diversas formas de executá-lo.
As lagartas podem se parecer com galhos, ou outras partes de vegetais. Suas marcas também as fazem parecer com filhotes de cobra, e algumas ainda possuem a aparência de fezes de pássaro numa folha.
Víbora de chifres falsos
Um dos animais que usa mimetismo para sobreviver, a víbora de chifres falsos mimetiza a aparência das rochas do terreno onde habita, ainda que esse não seja o seu único truque. Essa cobra atrai aves de rapina para perto através de uma forma agressiva de mimetismo: sua cauda tem a aparência de uma aranha.
Quando há uma ave por perto, a víbora esconde seu corpo nas rochas, movendo sua cauda de forma a imitar o movimento de uma aranha. Quando a ave fica perto o suficiente, a víbora a ataca.
Louva-a-deus
Um excelente exemplo dentre os animais que usam o mimetismo para sobreviver é o louva-a-deus. Diferentes espécies de louva-a-deus se parecem com partes de plantas. Alguns ainda têm a aparência de galhos ou folhas mortas. Todos eles usam sua aparência como forma de proteção contra predadores, ainda que a habilidade também seja útil para apanhar presas.
O louva-a-deus orquídea, contudo, usa um belo e inteligente estilo de mimetismo agressivo. Seus corpos, além de se parecerem com orquídeas, atraindo pequenos polinizadores, também possuem uma coloração mais brilhante que a das flores verdadeiras. Isso as torna ainda mais atrativas para as presas.
Moscas assassinas
Outro exemplo de mimetismo agressivo é o utilizado pela mosca assassina do gênero Laphria. Essas moscas são quase idênticas à abelhas, e usam sua aparência para se alimentar de abelhas verdadeiras, vespas e outros insetos, que não as temem por acreditar que elas são abelhas do tipo inofensivo.
Diferentes espécies de moscas assassinas podem se parecer com diferentes insetos, e todas usam essa capacidade para atrair presas.
Bicho-pau
Um dos insetos mais conhecidos a usar mimetismo é o bicho-pau, cujo nome já diz tudo. O inseto evoluiu há milhões de anos atrás para ter a aparência de um pedaço de pau. Há 3000 espécies do bicho-pau ao redor do mundo. Devido a isso, nem todas possuem a mesma aparência, da mesma forma que as árvores também variam.
Por isso, o bicho-pau de determinada área vai se parecer com os galhos das árvores do seu habitat natural. Isso significa que eles também podem variar de tamanho, com o maior deles alcançando 53 cm.
Lofiiformes
Outro dos animais que usam mimetismo para sobreviver é o peixe tamboril, cuja aparência não é nada atraente aos olhos humanos, mas cujo sistema mimético atrai diferentes presas. A fêmea vive no fundo do oceano, e encontra comida ao usar um pedaço da sua espinha dorsal, que tem uma ponta brilhante e balança na frente de sua boca como uma vara de pescar, atraindo outros peixes, que podem ter até o dobro de seu tamanho.
Borboleta vice-rei
A borboleta vice-rei se parece com a borboleta monarca, um inseto que não é muito saboroso no mundo animal. Ainda que as marcas não sejam iguais, a semelhança é o suficiente para que a vice-rei consiga sobreviver em diferentes ocasiões.
As borboletas monarcas depositam seus ovos nas plantas serralha, que são tóxicas para a maioria dos insetos. No entanto, a monarca se adaptou para que suas larvas comam essa planta. Como resultado, eles se tornam tóxicas para os pássaros que as atacam.
Elas mantêm essa característica quando se transformam em uma borboleta. Os pássaros aprendem a evitar comer monarcas, pois isso os deixa doentes. A vice-rei tira proveito dessa qualidade das monarcas por se parecer com elas, sendo evitada por predadores.
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