Círculo de Fogo: O lar dos vulcões da mãe natureza

Vários vulcões parque ilha de Java (Jawa) Indonésia

Se você é apaixonado pelo perigo e adora tomar sustos, o “lar dos vulcões” é o lugar para onde você deve ir.

Também conhecido como “Anel de Fogo do Pacífico”, ele se estende por cerca de 40 mil km pelo lado leste da Ásia e costa oeste do continente americano.

Mas, nem de longe, essas são as principais razões para a fama dessa verdadeira força da natureza. Com efeito, a principal razão é simplesmente o fato de que lá habitam, ativos ou adormecidos, cerca de 450 vulcões. Além disso, cerca de 90% dos terremotos no planeta ocorrem em razão da sua existência, o que o torna o lugar mais instável e perigoso (por razões geológicas) do mundo.

Só para ilustrar, os países do seu entorno precisam viver em constante atenção 24 horas por dia. São países como Japão, Filipinas, Coreia do Norte, Corea do Sul, Indonésia, entre outras nações cujos terremotos quase fazem parte das suas próprias culturas.

Mas o que há de tão especial nesse lar dos vulcões?

O Círculo de Fogo do Pacífico é uma região única no mundo. Em primeiro lugar, porque é sob ele que encontra-se o maior conjunto de placas tectônicas do planeta. Em segundo lugar, porque é onde estão as maiores cadeias de ilhas vulcânicas; sem falar nos profundos vales oceânicos, cadeias montanhosas, anomalias atmosféricas, entre outras características consideradas únicas.

Só para que se tenha ideia do que estamos falando, na região a cada 5 minutos algum tipo de atividade anormal é captada. Além disso, sabe-se que essas placas tectônicas permanecem em constante movimento. Ou seja, temos ali determinadas interferências que anunciam distúrbios que podem comprometer, enormemente, a segurança da terra.

Analogamente a isso, sabemos que três dos vulcões mais ameaçadores da natureza estão nesse lar dos vulcões. Em síntese, estão lá o Monte Pinatubo (Filipinas), o Santa Helena (EUA) e o Monte Fuji (Japão). Do mesmo modo, algumas das maiores catástrofes naturais, como as do Chile, por exemplo, foram o resultado dessa singular localização.

Terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas… essas manifestações naturais ocorrem com uma inigualável frequência nesse círculo. E só para exemplificar, o tremor de terra de 1962 no Alasca, por exemplo, foi uma delas. Uma catástrofe com 9.2 na Escala Richter, e que tornou-se um dos 3 terremotos mais importantes da história.

Algumas das principais curiosidades do Círculo de Fogo do Pacífico

Círculo de Fogo dos vulcões
(Fonte: Wikimedia Commons)

Como pudemos perceber até aqui, esse Anel de Fogo do Pacífico é talvez a região mais problemática e preocupante do planeta. Ele é o lar dos vulcões; é onde habita a maior quantidade deles, entre ativos e adormecidos; no entanto, todos eles com algum grau de risco para as suas comunidades.

De fato, o problema com isso é que uma extensa região do planeta de alguma forma sofre com a sua perigosa influência. Em resumo, as placas em frente à América Central são algumas delas. Do mesmo modo, sofrem a sua influência toda a Placa do Pacífico, trechos da Costa do Canadá e dos estados de Oregon e Whashington, nos EUA.

Além destes, a própria América do Sul também sofre com a sua influência. E aqui estamos falando, mais especificamente, da Placa de Nazca, em frente ao continente. Ou seja, estamos falando de uma região próspera em tremores de terra que podem ser discretos mais também avassaladores.

Para resumir, cerca de 90% de todos os tremores de terra ocorrem nessa região do Círculo de Fogo do Pacífico. Isso significa que inúmeras populações das Filipinas, Malásia, Indonésia, Japão, Coreia do Norte e do Sul precisam viver em constante estado de alerta; sem contar a Austrália, regiões formadas por ilhas na Melanésia, Polinésia, Micronésia, entre outros trechos da mesma maneira comprometidos.

Uma população sob constante ameaça de vulcões

O resultado da constituição desse círculo é que áreas costeiras acabam vivendo sob constante ameaça de tsunamis. Nas proximidades de determinadas placas, o risco agora é em relação aos terremotos. Enquanto isso, regiões próximas de vulcões em atividade precisam conviver diariamente com sinais de alerta.

Com relação aos vulcões, por exemplo, a ameaça vem do constante movimento das placas tectônicas sobre rochas não endurecidas. Logo, sempre que há uma colisão, é aí que surgem os tremores de terra e também as erupções vulcânicas, graças ao rompimento do manto terrestre que é formado por essas placas.

E o resultado desse rompimento é uma fabulosa e perigosa emissão de boas quantidades do magma que é guardado sob a terra. Certamente, um dos fenômenos mais impressionantes da natureza. Mas também um dos mais ameaçadores; como, aliás, não é nenhuma novidade em se tratando dessa cada vez mais surpreendente e formidável biosfera terrestre.

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Fontes: National GeographicToda Matéria
Imagem: Fotografia de Manamana

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