Poucas coisas exprimem tão bem a mistura entre temor e admiração como os vulcões. Com seu poder tremendo e impacto no meio ambiente, não faltou quem percebesse nesses fenômenos atributos dignos de deuses. Com sua força tanto enigmática quanto fascinante muitos querem saber como são formados os vulcões.
Para respondermos direito à essa dúvida devemos deixar as mistificações de lado. Afinal, os vulcões são um fenômeno bem conhecido e estudado pela ciência. Não só isso como a todo um ramo da geografia dedicado aos estudos dos vulcões: a vulcanologia.
E é através dela que iremos nos basear para explicar o fenômeno dos vulcões para o leitor. Portanto, este texto tem o compromisso de oferecer um guia completo e simples para os interessados. Com isso você terá em mãos uma resposta prática sobre como são formados os vulcões.
Uma viagem para debaixo da terra
O mais básico que convém saber sobre como são formados os vulcões é o fato de que são fenômenos geológicos. Em outras palavras, são formações que surgem no interior da crosta terrestre em direção à superfície. Portanto, é crucial saber como os vulcões vão se erguendo no tempo e espaço de dentro do globo.
Uma combinação fatal
Antes de entrarmos na fase geofísica propriamente dita, importa compreendermos como os vulcões também são reações químicas. Afinal, uma erupção vulcânica é, antes demais nada, uma ebulição em escala gigante.
Por isso, a lava é a substância chave para o surgimento das erupções e dos vulcões, em consequência. Se trata do resultado das rochas de magma que vai se derretendo até formar uma massa viscosa. Essa condição surge da alta temperatura de mais de 600º graus célsius do interior terrestre.
Preparando a saída
O mais intrigante quanto a existência da lava não a sua textura peculiar. Mas sim como ela leva a erupção. Podemos antecipar que a mesma combinação que compõe a lava leva a sua agitação. Pois a combinação entre o magma solvido e cristalizado com o movimento das placas tectônicas.
A lava vai assim sendo pressionada. Começa na astenosfera que é o fundo mais próximo ao centro terrestre. Com a ascensão do magma, a lava segue para a litosfera onde atinge a crosta do planeta. Aí o magma vai se cristalizando e criando zonas de estagnação. Algo que gera uma pressão sobre a superfície que culmina na erupção.
Deixando a sua marca
Enfim, a força com que as erupções se erguem é tão potente que é capaz de deixar marcas físicas na superfície terrestre. Os vulcões assim são ao mesmo tempo os canais de saída da lava como o atestado de sua presença. Como gigantescas chaminés naturais, são eles que revelam o calor escondido no interior da terra.
Ainda assim, a importância do vulcão permanece como resultado dessa força do encontro da lava com o deslocamento das placas tectônicas. Isso conforme suas formações montanhosas podem ser ativas e inativas quanto a erupção. Um exemplo de vulcão inativo é o Monte Fuji, símbolo nacional do Japão.
O poder dos vulcões
Vimos o conhecimento básico sobre como são formados os vulcões. Mas a explicação ainda assim fica incompleta em algum comentário sobre o poder dessas entidades da natureza. Por isso iremos observar abaixo o que está por traz desse poder avassalador.
Uma bomba atômica natural
Um dos pontos mais conhecidos sobre vulcões é seu potencial como desastre natural. Isso conforme se lembra que as piores explosões vulcânicas de aniquilação incomparável. Que o digam Pompeia, o povoado romano que foi aniquilado em um piscar de olhos pelo vulcão Vesúvio.
O que assim faz um vulcão algo perigoso para as populações? O segredo de vulcões como o Krakatoa e o Vesúvio aparece da pressão do magma subterrâneo em relação ao meio exterior. Uma tensão entre uma quantidade imensa de substância mais pouco escape para fora pode levar a essas explosões terríveis.
Uma força inescapável
A potência dos vulcões não afeta apenas as populações humanas. São capazes até de afetar as condições climáticas da Terra. Já mencionamos o caso do Krakatoa. Este vulcão não apenas varreu uma ilha vizinha da face da Terra. Mas também foi capaz de alterar o clima do planeta durante sua explosão no século XIX.
A razão é a capacidade de fumaça expelida por um vulcão de semelhante potência. O alcance da explosão mais as reações da subida da lava ainda geram essa grande quantidade de gás jogado na atmosfera. Algo que faz mais do que gerar um pequeno aquecimento global. Mesmo a recepção de luz solar foi afetada com tanta fumaça.
Do catastrófico para o espetacular
Um vulcão também pode ser um delírio para os olhos. Isso quando o alerta vermelho de perigo não está ligado, mas a explosão é eminente. Algo que pode ser atestado por vídeos e fotos de erupções vulcânicas que fazem sucesso pelo aspecto visual. Ver a lava subir aos céus pode ser um espetáculo tão forte quanto fogos de artifício.
Vale uma menção ao curioso fenômeno dos relâmpagos vulcânicos. Também conhecidos como “tempestades sujas”, essas reações ocorrem dentro das emissões massivas de enxofre dos vulcões. Sua densidade é assim capaz de provocar peculiares raios. Recentemente se gravou o som de um trovão vulcânico nos EUA.
Conclusão
As formações vulcânicas resultam da erupção de ondas de lava levadas à superfície pelo movimento das placas tectônicas. Esses movimentos são fortes o suficiente para pressionar no surgimento de saídas para essa substância subterrânea. Essas reações formadas pelo calor terrestre explicam sobre como são formados os vulcões.
Como surgem das tensões entre o subterrâneo e a superfície da terra, os vulcões exibem um poder destrutivo único. Casos como os do Krakatoa revelam um poder de destruição comparável ao de uma bomba atômica. Mas quando não se revelam tão terríveis, podem oferecer um espetáculo natural aos olhos.
Fontes: USGS – Smithsonian
Imagem: Wikimedia Commons