Você sabe o que causa um terremoto? Terremotos surgem a partir de movimentos repentinos causados por falhas existentes dento do globo terrestre. Esses movimentos liberam uma certa quantidade de energia armazenada na forma de ondas sísmicas, que, por sua vez, se espalham através da Terra e causam tremor na superfície do solo.
Esse movimento que ocorre nas falhas acaba sendo uma resposta à deformação de longo prazo, bem como ao aumento de tensão.
Antes de saber o que causa um terremoto, conheça um pouco sobre a estrutura da Terra
É fato que ondas sísmicas de terremotos de alta magnitude passam por toda a Terra. Ademais, estas ondas possuem importantes informações acerca da estrutura interna no globo terrestre. À medida que essas ondas sísmicas vão passando pelo planeta, elas são dobradas ou refratadas tal qual raios de luz que se curvam ao atravessarem um prisma de vidro.
Devido ao fato de a velocidade destas ondas depender da densidade, é possível mapear a mudança na densidade com a profundidade apenas utilizando o tempo de viagem delas. Assim, dá para perceber que a Terra é um planeta composto de diversas camadas.
Sobre as placas tectônicas
A camada mais superficial da Terra encontra-se fragmentada em 15 placas principais – estas, conhecidas por placas tectônicas. As placas tectônicas formam o que conhecemos por litosfera, que é composta pela crosta (oceânica e continental), bem como pela parte superior do manto.
O movimento das placas tectônicas é extremamente lento, ou seja, elas movem-se apenas alguns centímetros por ano. Contudo, mesmo o pouco que se movem já é suficiente para causar uma grande deformação nos limites das placas.
E aqui entra o questionamento sobre o que causa um terremoto: o processo descrito acima é o que propicia este fenômeno. Aliás, especialistas observaram que, o que causa um terremoto – ou pelo menos a maioria deles – tem associação com os limites das placas tectônicas. Além de que a teoria destas placas pode explicar, de maneira simplificada, a distribuição global dos terremotos.
Enquanto isso, outras características desse fenômeno podem ser explicadas através de uma teoria de recuperação elástica simples.
Mas o que causa o movimento das placas tectônicas?
Localizada abaixo das placas tectônicas, está a astenosfera do planeta Terra. Esta se caracteriza por um fluido. Há diversas teorias que se prestam a explicar o que impulsiona o movimento das placas tectônicas.
Dentre elas, as que propõe 3 forças consideradas os principais motores do movimento destas placas. São elas:
- Correntes de convecção do manto: são correntes de alta temperatura presentes no manto, responsáveis por transportar placas de litosfera;
- Empurrão da crista: placas recém-formadas nas dorsais oceânicas. Geralmente apresentam alta temperatura, assim, possuem maior elevação na dorsal oceânica do que o material de placa que possui menor temperatura (mais frio) e é denso. Por fim, a gravidade faz com que a placa mais alta da crista afaste a litosfera;
- Tração da placa: placas que são mais velhas e frias afundam nas zonas de subducção. Isto ocorre porque, ao passo que vão esfriando, tornam-se mais densas que o manto subjacente. Assim, a placa de menor temperatura afunda, puxando o resto da placa mais quente para trás.
Rebote Elástico – mais uma teoria sobre o que causa um terremoto
A teoria do Rebote Elástico foi proposta após a ocorrência de um terremoto de grande magnitude conhecido por terremoto de São Francisco, no ano de 1906. Quem propôs esta teoria foi Henry Fielding Reid, um geólogo que tentou explicar a deformação causada pelo evento.
Para entender o que causa um terremoto, ele percebeu que, antes do fenômeno ocorrer, há um acúmulo de tensão nas rochas localizadas em ambos os lados de uma falha. Nisto resulta uma gradual deformação. De tempos em tempos, essa deformação excede a força de atrito responsável por manter as rochas unidas e, assim, um deslizamento repentino acontece ao longo da falha.
Por fim, há uma liberação de tensão acumulada fazendo com que as rochas localizadas em cada lado da falha voltem à sua forma original. Contudo, são compensadas em ambos os lados da falha.
Tipos de falhas existentes
Basicamente, existem 3 tipos de falhas:
- Normal – o bloco acima da falha move-se para baixo em relação ao bloco abaixo da falha.
- Reversa – o bloco acima da falha move-se para cima em relação ao bloco abaixo da falha.
- Deslizamento – o movimento dos blocos ao longo de uma falha é horizontal.
Alguns tipos de falha são característicos dos diferentes limites da placa, mesmo que, comumente, ocorra ali mais de um tipo delas. Esta informação pode nos ajudar a compreender melhor o movimento relativo das placas, o tipo de deformação, bem como o que causa um terremoto.
Fonte: British Geological Survey
Imagem: Pixabay
