Quer saber o que é um riacho? Então chegou ao lugar certo!
Neste artigo, além de conhecer melhor o conceito por trás de o que é um riacho, você também irá conferir quais são suas principais características, como se forma e diferenças para outros cursos d’água similares. Acompanhe!
O que é um riacho?
Em termos práticos, um riacho é um rio pequeno, ou seja, um curso d’água de pequeno porte. Geralmente, ele conta com águas mais rasas, apresentando um fluxo suave.
Esses corpos d’água naturais, menores que um rio, desempenham um papel vital dentro dos ecossistemas.
Isso porque, além de servir como habitat para variadas formas de vida aquática, ainda possibilitam uma drenagem correta das águas pluviais, transportando-as para corpos maiores, sejam os rios ou oceanos.
Assim como os próprios rios, aliás, eles podem ser perenes ou intermitentes, embora o mais comum é que tenham seu fluxo interrompido durante estações específicas.
Suas características o tornam um dos corpos d’água mais comuns encontrados na natureza, sendo encontrado nas mais diversas paisagens, sejam montanhas, florestas, planícies, etc. alimentados pela água da chuva, nascentes, através do derretimento de neve, dentre outros.
Vale lembrar que, na região Sul do Brasil, é comum a utilização do termo arroio, sendo esse um sinônimo de riacho.
Veja também: Quais as maiores reservas de água doce do mundo?
Qual a diferença entre riacho, rio, córrego e ribeirão?
Para entender mais profundamente o que é um riacho, vale a pena compreender as diferenças que ele possui para os rios, córregos e ribeirões. Acompanhe!
- Rio – os rios são cursos d’água principais, sendo de maior porte e fluidez. Não à toa, conseguem percorrer longas extensões geográficas até desembocar em outro rio ou no mar. Exemplos: Rio Amazonas (no Norte do Brasil), Rio São Francisco (no Nordeste brasileiro e Rio Paraná (na região Sul do Brasil);
- Ribeirão – um ribeirão, ribeira ou ribeiro é um corpo d’água menor que um rio e maior que um riacho. Exemplos: Ribeirão do Anhumas (SP), Ribeirão da Ilha (SC) e Ribeirão do Inferno (MG).
- Riacho – como mencionado, é um rio pequeno, sendo menor que um ribeirão, mas maior que um córrego. Exemplos: Riacho do Ipiranga (cidade de São Paulo) e o Arroio Chuí (fronteira entre o Brasil e o Uruguai).
- Córrego – trata-se de um corpo de água corrente de pequeno porte, menor que um riacho. Exemplos: Córrego Carandiru (Zona Norte de São Paulo).
Principais características dos riachos
A compreensão de o que é um riacho parte também do entendimento das suas principais características, que são:
Fluxo de água
Os riachos apresentam um curso d’água que flui de um lugar para outro, sendo alimentado pelas chuvas, pelo processo de derretimento de neve, uma ou mais nascentes, ou outra fonte.
Leito do riacho
O leito, que é por onde a água do riacho flui, pode consistir em areia, cascalho, rochas, pedras, etc. Tudo vai depender de sua localização geográfica.
As margens, aliás, podem ser observadas de ambos os lados, definindo seu limite, apresentando vegetação, rochas ou solo.
Vazão
A vazão, que é a quantidade de água que flui pelo córrego dentro de um determinado período de tempo, costuma variar sazonalmente, afetando a força e o tamanho do fluxo.
Mata ciliar
Os riachos costumam ser cercados por vegetação em suas margens, sendo ela conhecida como mata ciliar.
Assim como nos rios, ela ajuda a estabilizar as margens, além de fornecer habitats para a vida selvagem, filtrar poluentes, etc.
Vida aquática
Esses corpos d’água podem ser o lar de uma variedade de vida aquática, passando por peixes, plantas, crustáceos, dentre outros.
Dessa forma, é possível observar a saúde dos riachos a partir da diversidade e abundância de vida aquática que eles suportam.
Ecossistema circundante
Obviamente, os riachos integram os ecossistemas locais, sendo capazes de influenciar a biodiversidade e a saúde geral do ambiente ao seu redor.
Saiba mais: Como ocorre o ciclo da água?
Como um riacho se forma?
A formação de um riacho pode variar a depender da área geográfica onde está inserida, origem do fluxo, etc. De todo modo, costuma seguir alguns passos padrões.
1. Acúmulo de água
O início, é claro, se dá pelo acúmulo de água em uma determinada área, que pode se originar de diversas formas.
2. Vazão inicial
Após a água acumular-se em determinada quantidade, caso a inclinação do terreno permita, ela começa a fluir naturalmente. Tudo ocorre gradualmente, o que leva a esse fluxo ser bem menor no começo.
3. Erosão
Enquanto flui, essa movimentação de água tende a transportar partículas de solo e rocha. Ou seja, há aí um processo de erosão, que pouco a pouco vai desgastando a superfície.
4. Formação do leito
A erosão contínua leva a formação do leito do riacho, que se aprofunda e se alarga conforme a água flui.
5. Confluência
Assim como ele próprio segue em direção a outro corpo d’água maior, o riacho também pode ser alimentado por outros córregos menores.
A confluência, que é a junção de dois ou mais cursos, é um ponto chave para a sua vazão final.
6. Desenvolvimento da rede de drenagem
Com o passar do tempo, o riacho conecta-se a uma rede maior de corpos d’água, desaguando em um rio, mar, etc.
7. Adaptações ecossistêmicas
Outro ponto importante dentro desse processo é que conforme o riacho se instala, ocorrem diversas adaptações ecossistêmicas, com animais e plantas utilizando o espaço.
Já sabe o que é um riacho?
Como foi possível observar, entender o que é um riacho parte da compreensão de que trata-se de um rio pequeno, com características similares, mas com dimensões reduzidas.
A confusão maior que se pode fazer é com os próprios ribeirões e córregos, mas, como mencionado, um é um pouco maior e o outro menor que um riacho, respectivamente.
Confira também: Fragmentação de habitat: o que é, causas e consequências
