Tem séculos que a humanidade superou a ideia de que a Terra é o centro do universo. Afinal, conforme nossa ciência progrediu, os cosmos se revelaram tão grandes que fogem à nossa imaginação. A cada descoberta mais questões acabam surgindo. Uma delas é o que são exoplanetas?
Essa questão é relevante para termos uma compreensão melhor da natureza dos corpos celestes, pois eles ultrapassam o infinito de estrelas que vemos em uma noite ao natural. Na verdade, compreender esse mistério vai nos ajudar a resolver muitas outras dúvidas. Inclusive se há vida em outros planetas.
Não é para menos, afinal esse espaço é algo que povoa o imaginário humano desde sempre. É o que confirmam as inúmeras obras de ficção científica que imaginam como é a “fronteira final”. Para não falar as franquias populares como Guerra nas Estrelas e Jornada nas Estrelas que têm fãs fieis.
Com os exoplanetas o imaginário sai da ficção e entra no conhecimento científico de fato. É aqui que as descobertas vão delineando como é o mistério do universo para além das nossas expectativas. E é o que aprenderemos neste texto de forma breve, mas detalhada.
Em uma galáxia distante
Primeiramente, devemos ter em conta o conceito sobre exatamente o que são exoplanetas. Logo, se tratam simplesmente dos planetas que orbitam outros sistemas solares. Uma definição clara, mas que enuncia as grandes discussões da astronomia moderna. Neste tópico iremos abordar o que se conhece sobre o assunto nos termos da ciência hoje em dia.
Bilhões e bilhões
Há uma frase do astrônomo Carl Sagan que “há 100 bilhões de galáxias, cada uma com 100 bilhões de estrelas”. O que o cientista lendário quis dizer foi algo para termos alguma ideia do infinito cósmico. Afinal, o universo se revela tão vasto que é impossível imaginar toda a sua amplidão.
Isso é tão verdadeiro que surge como um desafio para a ciência contemporânea. Mesmo com o avanço tecnológico, poucas galáxias foram descobertas e confirmadas. Algo que reflete no número de exoplanetas, com apenas 5.054 confirmados, conforme a NASA. Apesar de tudo, um número grande para o nosso potencial de descoberta.
Tão perto, tão longe
Não obstante, é notável que os exoplanetas confirmados se localizam a uma distância relativamente perto do nosso alcance. De acordo com a NASA, a maioria desses planetas descobertos aparecem em um espaço próximo ao da Via Láctea. Algo que o tornam melhor visíveis para os telescópios mais avançados.
É interessante que esse limite de alcance sirva para confirmar algumas teorias. Graças a essas descobertas sabemos que existem mais planetas do que estrelas no universo. Também se percebe que esses corpos se dividem entre matéria rochosa ou gasosa, assim como os planetas da nossa galáxia. Enquanto isso, a ciência se interessa pelo que esses planetas tem de único.
Encontrando os exoplanetas
Apesar das limitações, a tecnologia para pesquisa de exoplanetas avançou de forma considerável e diversificada. Métodos como que combinam física e tecnologia de ponta se destacam na localização desses corpos celestes. Para não falar do famoso telescópio da NASA.
Graças a essas tecnologias conseguimos entender as características essenciais desses planetas. Assim, se traçam cenários realistas sobre suas características físicas. Também por conta de sua proximidade se revelam então comparáveis aos planetas da nossa galáxia. Portanto, esses planetas descobertos têm sido cada vez menos um mistério.
Os exoplanetas e as questões astronômicas
Para entendermos o que são exoplanetas de forma completa é importante ter em mente os debates contemporâneos da astronomia. Afinal, a existência desses planetas afeta as questões que o universo levanta. Avançar no conhecimento deles é se aproximar de respostas que surgem para cada ser humano. Neste tópico iremos observar como isso surge nas expectativas da ciência.
Vida em outro planeta
Sem dúvidas as considerações mais intrigantes sobre os exoplanetas são quanto a possibilidade de vida fora da terra. Algo que traria grandes mudanças para a humanidade, caso encontrado e confirmado. Entretanto, são esperanças que passam longe do imaginário de ovnis e abduções.
O que preocupa as instituições de pesquisa espacial é quanto à viabilidade de um planeta para surgir vida. O que quer dizer mesmo a descoberta de microrganismos nesses planetas, como bactérias, representaria um grande passo. Algo que faz com que a possibilidade de vida em outro planeta esteja ligado a sua capacidade de habitação.
Um outro planeta para se viver
Outro problema há se resolver é saber se esses planetas podem abrigar vidas humanas. É o que motiva as instituições de pesquisas a irem atrás das chamadas “zonas habitáveis”. O que corresponde a características mais próximas da Terra que um planeta pode apresentar.
Essas zonas se revelam na familiaridade de certas paisagens apropriadas para a convivência. O que define esses espaços é a ocorrência de água abundante para ser aproveitada. Ambientes como praias, oceanos e enseadas surgem assim como opções buscadas. Mas também desertos e vegetações semelhantes às da Terra.
Os tipos de exoplanetas
Assim tateamos para encontrar aqueles planetas para vivermos fora da Terra. Mas ainda temos considerações objetivas sobre os exoplanetas. Algo que convém assim na classificação desses corpos celestes. Já mencionamos que parte disso se aplica a semelhança com os planetas do nosso sistema solar.
Mas há mais quando se contemplam o assunto são os planetas fora do nosso sistema solar. A NASA então considera quatro categorias: Gas Giants, Neptune Like, Terrestrial, Super Earth. São classificações baseadas em indícios do que um planeta pode ser, inclusive em sua semelhança com a Terra. Também vale mencionar os Rogue Planets que não orbitam nenhum sistema solar.
Conclusão
Os exoplanetas são aqueles que se localizam fora do nosso sistema solar. Ou seja, são exteriores em relação à Via Láctea. Mas também todos esses descobertos até então estão na vizinhança da nossa galáxia. Algo que expõe os limites da nossa ciência para explicar o que são exoplanetas.
Sua existência é um ponto-chave para resolver muitas das questões que envolvem o imaginário astronômico. Assim, conhecê-los melhor será crucial para sabermos se há vida fora da terra, além de outras questões. Algo que vai fazer nossas esperança sobre o espaço ir além das concepções da ficção.
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Fontes: NASA – Carl Sagan – Planetary
Foto: Wikimedia Commons