Por que a água do mar é salgada?

água do mar submersa

Eis aqui um dos grandes mistérios da humanidade! Um enigma que há milênios desafia a lógica e até mesmo a criatividade humana! Saber por que a água do mar é salgada é uma conquista que só mesmo alguns poucos mortais podem gabar-se de já terem obtido um dia.

Não, na verdade não há enigma nenhum nisso. Certamente, esse não é nenhum mistério da humanidade. Não mesmo!

No entanto, estamos, sem dúvida, diante de um dos fatos mais curiosos e inusitados acerca da formação do planeta Terra durante esses bilhões e bilhões de anos.

Com base no que nos revela a astronomia e a geofísica, podemos concluir que os oceanos, inicialmente, eram doces. Isso mesmo, eram doces! O que ocorreu foi que centenas e mais centenas de milhões de anos de atritos entre as águas dos rios (que deságuam nos oceanos) e as rochas trataram de conferir-lhes essa curiosa salinidade.

De fato, de acordo com a ciência, esse atrito foi o responsável por um lento e constante desgaste das rochas, o que acabou por transportar para os oceanos imensas quantidades de cloreto de sódio contido nelas.

Em síntese, esse lento e constante processo de desgaste fez com que todos os rios do planeta transportassem esse material em abundância. E foi justamente isso que tratou de garantir essa original característica de salinidade aos mares e oceanos.

Por que a água do mar é salgada com tamanha intensidade?

Como dissemos, um lento processo de desgaste das rochas tratou de proporcionar esse acúmulo de sal nos mares e oceanos. Porém não foi só isso.

Na verdade, uma rotina diária de acúmulo de partículas de sódio e de cloro, presentes na atmosfera, também contribuiu para esse resultado. Isso sem contar a enorme taxa de evaporação dos mares e oceanos – o que acabou favorecendo, imensamente, essa concentração de sal em suas águas.

A princípio, podemos, de certa forma, comprovar essa teoria a partir da observação da inusitada salinidade de alguns açudes e lagos do planeta. Com efeito, muitos deles, por localizarem-se em regiões extremamente quentes, apresentam, de forma acentuada, essa improvável característica de salinidade.

Resumidamente, são os casos, por exemplo, do Grande Lago Salgado, no estado de Utah, nos Estados Unidos. Além dele, o Don Juan Pond (na Antártida), o Lago Assal (em Tadjourah, na África), o Chott el Djerid (na Tunísia), entre diversos outros, que são típicos exemplos do que há de mais original e incomum nesse maravilhoso e formidável universo da biosfera terrestre.

Ademais, até mesmo o nordeste brasileiro gaba-se de nos oferecer alguns desses singulares exemplos; são exemplos de lagos que se tornaram salgados por conta desses e de outros movimentos geológicos.

Com efeito, muitos deles conseguem a façanha de até mesmo competir em salinidade com alguns verdadeiros monumentos de salinidade.

São os casos, por exemplo, do Mar Morto e do Mediterrâneo. Duas exuberâncias em salinidade, mas que, no entanto, precisam render-se a alguns dos mais exóticos e extravagantes lagos salinos do planeta.

Os fenômenos geradores da salinidade dos oceanos

água do mar salgada
(Fonte: Pexels)

As razões por que a água do mar é salgada não limitam-se apenas a essa interação água x rochas.

Ao longo da formação do planeta Terra houve outras. Por exemplo, sabemos que a formação dos oceanos foi um dos eventos mais singulares como o resultado do resfriamento do globo terrestre.

Em suma, o que ocorreu foi que nos seus primórdios o planeta resumia-se a uma imensa bola em fusão, e que foi esfriando de forma lenta e constante ao longo das eras.

Paralelamente a isso, as substâncias mais densas passaram a compor a sua região central, enquanto as menos densas permaneceram na região superficial do planeta.

Bem como, alguns gases, como o oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, vapor de água, etc., dirigiram-se para a atmosfera. A partir daí, graças a um resfriamento ainda maior, formou-se uma crosta terrestre solidificada e pronta para receber todo esse vapor de água em suspensão para a formação dos mares e oceanos.

A magia da natureza!

Graças a essa singular trajetória, portanto, uma série de fenômenos tornaram-se responsáveis por eventos como o da salinização das águas oceânicas, por exemplo.

É o caso das erupções vulcânicas, que liberam substâncias como o cloro e o sulfato, e que, graças à ação das chuvas, acomodam-se nos oceanos.

Paralelamente a isso, outra razão por que a água do mar é salgada encontramos nas erupções de vulcões submersos; assim como também nos seres aquáticos que absorvem sais para a construção das suas estruturas, como são os casos das conchas e plantas que consomem fósforo, sílica, cálcio, etc.

E enfim, juntamente com outras não menos curiosas fontes de salinidade, temos a produção desse singular fenômeno geológico. O fenômeno da salinidade dos mares e oceanos, que configura-se como um dos eventos mais originais da biosfera terrestre.

Ao final, eles ajudam a contar, e muito, a não menos curiosa e incomum trajetória da formação do nosso singular planeta. De fato, uma formação que contou com uma série de ocorrências consideradas quase fantásticas e improváveis em termos de lógica e até mesmo de probabilidade.⠀⠀⠀⠀⠀⠀

E caso queira, deixe a sua opinião sobre esse artigo por meio de um comentário e aguarde as nossas próximas publicações.

Fontes: Ocean ServiceNHM
Imagem: Pixabay

Compartilhar