A razão para que a lua seja o satélite natural da terra está no fato de que ela orbita (gira realizando uma trajetória específica) a terra. Ou seja, ela é satélite porque orbita a terra, e é natural porque não foi colocada lá por mãos humanas.
Tecnicamente, um satélite natural é algo como um corpo celeste que realiza uma trajetória ao redor de um outro corpo. Em síntese, ele realiza essa trajetória no ambiente de gravidade de um corpo com maior volume. E é justamente esse o caso da lua em relação ao planeta Terra, por exemplo.
Logo, esse termo pode se encaixar, perfeitamente bem, a qualquer corpo que realize uma trajetória no campo gravitacional de um corpo maior. A exemplo disso, podemos destacar um asteroide que realize esse movimento ao redor de um planeta. Do mesmo modo, podemos considerar um satélite natural uma galáxia anã ao redor de uma galáxia normal, etc.
No entanto, convencionou-se definir um satélite natural como o sinônimo da nossa tão familiar e conhecida lua. Com efeito, o termo dá nome a um corpo celeste não artificial que funciona especificamente como o satélite natural de um planeta. Enfim, um corpo menor a orbitar um planeta normal, anão ou mesmo qualquer outro corpo celeste maior do que ele.
Mas quais são as singularidades de um satélite natural?
Como dissemos, esses satélites são corpos menores que giram em uma trajetória ao redor de um corpo maior. Além disso, na maioria do casos, esses corpos menores são partes que por algum motivo se desprenderam deles.
De acordo com as mais recentes investigações científicas, esses satélites naturais contam às centenas no Sistema Solar. A princípio, calculam-se cerca de 375 luas, a orbitarem planetas normais, planetas anões, asteroides, entre outros corpos. Com destaque para alguns monumentos, como as luas Titã e Ganímedes, que orbitam Saturno e Júpiter, respectivamente.
Aliás, sobre ambos, o que chama a atenção mesmo é o tamanho deles. Definitivamente, isso é um verdadeiro assombro! Só para exemplificar, o satélite Titã possui cerca de 5.149, 5 km de diâmetro, enquanto o Ganímedes possui 5.268,2 km; o que significa que eles conseguem a façanha de serem maiores do que o planeta Mercúrio, que não ultrapassa os 4.879,4 km.
E quando esses satélites foram descobertos?
Um satélite natural é um verdadeiro sinônimo de vida para os planetas ao redor dos quais eles giram. No caso da lua, por exemplo, é ela que regula os movimentos das marés, permite o movimento dos oceanos e protege o nosso planeta do impacto de asteroides.
Porém a verdade é que nem todos sabem quando esses satélites foram identificados pela primeira vez na história. E em síntese, de acordo com a tradição, foi Galileu Galilei o primeiro cientista a identificar os primeiros satélites naturais do espaço.
Em suma, os primeiros entre eles foram a Lua, Io, Calisto e Europa. Mas o curioso é que esses nomes foram dados, inicialmente, por Simon Marius, um ferrenho contestador das teorias de Galileu ao longo da sua história.
Ainda no século XVII, descobriu-se outros importantes satélites, entre os quais, os de Saturno – os primeiros distantes da Terra a povoarem o nosso imaginário e o mais importante foi Titã, a primeira lua identificada, seguida por mais quatro.
Logo após, foi a vez de Urano nos exibir as singularidades das suas luas. Por consequência, dezenas de outras, a maioria delas fragmentos de rochas ou blocos de gelo, foram, aos poucos, sendo descobertas.
Paralelamente a isso, há também outras que realizam trajetórias ao redor de asteroides e outros corpos celestes maiores que elas. No entanto, quase sempre com as mesmas características, ou seja, pedaços desses corpos maiores que por algum motivo se desprenderam deles.
Por consequência, a partir daí, unem-se na forma de corpos e satélites naturais em uma eterna trajetória. E, a partir de então, tornam-se eventos dos mais singulares nesse imenso universo que se desenvolve bem diante dos nossos olhos.
Outras curiosidades de um satélite natural
Hoje, graças aos avanços da ciência, podemos observar uma infinidade de outros satélites por meio de imensos observatórios. Paralelamente a isso, descobriu-se, também, que os planetas Vênus e Mercúrio, por exemplo, não possuem luas. Além disso, tornou-se mais fácil medir os seus tamanhos e funções na órbita dos seus respectivos corpos celestes.
Ademais, a ciência hoje já consegue identificar um sem número de asteroides que também possuem os seus satélites. Do mesmo modo, já se consegue definir, com maior precisão, a forma como eles surgem; ou seja, basicamente, por um processo de catástrofe, formação simultânea ou por captura.
Em todo o caso, o que se sabe mesmo é que estamos ainda longe, bem longe de verdadeiramente desvendar todos os seus enigmas. Por isso, esses satélites naturais seguem quase como entidades mágicas a povoar o imaginário popular desde os primórdios da nossa existência.
Do mesmo modo, eles são fontes de inspiração, objetos de adoração e respeito em todas as culturas e em todos os tempos. E, principalmente, fenômenos dos mais envoltos em lendas e mistérios no seio dessa nossa tão enigmática e misteriosa civilização humana.
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