As rãs venenosas estão entre os anfíbios mais incríveis do planeta, unindo beleza e periculosidade em um corpo minúsculo.
Essas espécies, aliás, são uma prova viva de que tamanho realmente não é documento, sendo capazes de colocar medo em muitos predadores do seu habitat.
Nesse artigo, você irá conhecer um pouco mais sobre as rãs venenosas e descobrir 5 espécies únicas no mundo, com exemplares importantes aqui do Brasil. Então não deixe de conferir!
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Conheça 5 espécies de rãs venenosas incríveis do mundo
A grande maioria das espécies de rãs venenosas costuma deixar bem claro aos seus predadores que é bem perigosa, através das cores vibrantes de sua pele.
Essa técnica é chamada de aposematismo, sendo bastante comum no reino animal e extremamente eficiente.
Vale lembrar que no caso das rãs em especial, elas costumam sintetizar esse veneno por meio de sua alimentação, e não através de uma produção própria – apesar de também existirem espécies produtoras.
E por suas características, essas rãs são muito utilizadas mundo afora como forma de envenenar ferramentas, como as flechas e dardos, e assim utilizá-los para a caça ou batalhas.
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Rã-dourada-venenosa – Phyllobates terribilis
É impossível falar sobre as rãs venenosas e não começar com a mais temida entre elas: a Rã-dourada-venenosa.
Para se ter uma ideia, levando em consideração o seu tamanho e peso, trata-se simplesmente do animal vertebrado mais venenoso do mundo.
Afinal, é um ser minúsculo, que mede apenas entre 60 e 70 milímetros, mas com capacidade para matar dezenas de pessoas com somente uma grama de veneno.
Por isso, a espécie já foi muito utilizada pelos indígenas durante as batalhas contra os inimigos, através das flechas envenenadas.
Felizmente para os brasileiros, ela é endêmica da Colômbia, sendo encontrada somente próxima ao Rio Saija.
Com tanta toxicidade, conseguem ser ativas durante o dia e, apesar do nome, se apresentam em três variações de cores: verde, amarelo e laranja.
Sapo Mineiro – Dendrobates leucomelas
Outro que vale a referência nessa lista é o chamado Sapo Mineiro, de nome científico Dendrobates leucomelas.
Ele vive em uma região da Floresta Amazônica que abrange uma parte dos territórios da Venezuela, Colômbia e do Brasil.
Um de seus grandes diferenciais, além de suas cores amarelo e preto, é que essa é uma das maiores espécies do grupo Dendrobates.
Sendo inteiramente terrestre, ele habita rochas e árvores, com áreas de bastante umidade e, apesar do nome, é uma rã.
Outro ponto interessante é que apesar de integrar o grupo de rãs venenosas, o Sapo Mineiro não produz seu próprio veneno.
Na verdade, o que ele faz é sintetizá-lo através de sua alimentação, em específico de uma formiga da região, levando esse veneno para sua pele.
Assim, caso não sejam alimentadas com essas formigas, perdem essa capacidade de envenenamento.
Também por conta disso e de sua beleza única, essas rãs estão entre as mais populares do grupo como animais de estimação, chegando aos seus 20 anos em cativeiro.
Suas peculiaridades a fazem ser bastante utilizadas ainda pelos indígenas locais, para o envenenamento das pontas das flechas.
Isso porque, embora seja neurotóxico para os animais pequenos, essa toxicidade não costuma afetar os seres humanos.
Rã-flecha-azul – Dendrobates tinctorius “azureus”
A Rã-flecha-azul vive no norte do Brasil e também no território do Suriname, sendo uma das rãs venenosas mais pequenas do grupo, uma vez que mede entre 40 e 50 milímetros.
Também chamada de sapo-boi-azul, atualmente ela não é mais considerada uma espécie em si, mas sim uma subespécie da tinctorius, com sua característica coloração azul intensa.
O nome, é claro, vem do seu uso frequente para a prática do envenenamento das pontas das flechas nas caçadas, com o potente veneno da rã.
Assim como o Sapo Mineiro, a Rã-flecha-azul não vive na água em si, mas em áreas úmidas, próximas aos leitos e cursos, alimentando-se de insetos, de onde sintetizam seu veneno.
Outro destaque interessante é que, apesar do tamanho, elas são extremamente territorialistas e briguentas entre si.
Sapo corroboree – Pseudophryne corroboree
Nativa da Austrália e da Tasmânia, o Sapo corroboree é uma das rãs venenosas mais interessantes da lista.
Isso porque, diferentemente dos exemplares acima, ela é capaz de sintetizar o seu próprio veneno. Ou seja, a rã não precisa criar toxicidade através de sua alimentação.
O nome, aliás, vem da língua aborígene australiano, e diz respeito aos eventos onde os nativos se pintam com cores semelhantes a dos sapos.
Por ser de um território bem diferente do Latino-Americano, o corroboree apresenta bastante peculiaridades também, como a prática do canibalismo – quando a comida é escassa – e a hibernação durante o inverno.
Mantella dourada – Mantella aurantiaca
A Mantella dourada é uma das rãs venenosas nativas da Ilha de Madagascar, na África, e que sofre com a ameaça de extinção, devido a sua restrição territorial.
Pertencente a família Mantellidae, a espécie é realmente minúscula, e não passa dos 30 milímetros.
Assim como a Rã-dourada-venenosa, apresenta-se com cores variadas na natureza, passando pelo amarelo, laranja e vermelho.
Por ser pequena, seu aposematismo é seu grande trunfo, alertando os possíveis predadores de que não vale a pena comê-la.
Sua toxicidade, da mesma forma que as rãs venenosas das américas, é obtida através de sua alimentação, em especial de formigas.
Considerações finais sobre as rãs venenosas
Como foi possível observar, as rãs venenosas são espécies animais realmente únicas na natureza, e que conseguiram desenvolver uma técnica de sobrevivência eficaz, muito eficiente contra os predadores.
E o mais interessante de tudo é que o veneno sintetizado se espalha por toda a sua pele, sem a necessidade de ser injetado de algum ponto em específico.
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