Saturno é conhecido por sua beleza natural e embora a descoberta de novos planetas esteja sempre em evidência por parte de astrônomos e pesquisadores, tudo o que já sabemos sobre o sistema solar ainda é pouco. Existe uma gama de informações das quais a maioria das pessoas desconhece, muito provavelmente porque não há a disponibilidade de conteúdo ou materiais suficientes de fácil acesso para a população mundial.
Grande parte das informações que temos estão relacionadas ao nosso Planeta Terra, por motivações óbvias. As curiosidades sobre a Terra ainda estão para serem desvendadas, pois nossa existência sempre gera mais dúvidas, por consequência de não conhecermos tudo de maneira tão expansiva, como o oceano, por exemplo.
Contudo, em nosso espaço, há muito ainda para ser descoberto, não somente sobre planetas, mas sobre vida além da Terra, impactos ambientais futuros na humanidade, dentre outros fatos que estão sendo estudados para futuramente serem comprovados – ou não. E com Saturno, essas curiosidades também estão presentes, embora não existam muitos estudos relacionados ao planeta pela dificuldade encontrada no espaço.
Um planeta de difícil acesso. Por quê?
Inicialmente, quando foi visto pela primeira vez, por Galileu, em meados de 1610, o astrônomo – através de um telescópio rudimentar – acreditou que esse planeta era rodeado por duas enormes luas e não por anéis, como conhecemos hoje. Essa informação permeou por anos, até 1655, quando o astrônomo Christian Huygens se utilizou de um telescópio com maior qualidade e definição. Assim, constatou-se que eram anéis que não se tocavam e circulavam o planeta de maneira inclinada. Foi Huygens também que descobriu a maior lua encontrada em Saturno, nomeada de Titã.
Por ser um planeta não habitável, sendo o menos denso do sistema solar, Saturno é um dos planetas mais difíceis de ser visitado. Foram apenas 4 visitas por espaçonaves até sua órbita, sendo que em três dessas ocasiões, ocorreram apenas pequenos sobrevoos em torno do dele. Somente em 2004 que as primeiras imagens com maior definição dos anéis e das luas de Saturno foram capturadas, através da espaçonave Cassini. Sem planos futuros, o planeta segue com poucas informações novas além das já fornecidas e conhecidas.
Por falar em anéis e luas, este é o segundo planeta com mais luas em sua órbita, perdendo com uma pequena diferença apenas para Júpiter. Saturno, atualmente, contém 62 luas, enquanto Júpiter contabiliza 67. Muito embora a quantidade seja grande, a maioria delas são satélites naturais pequenos, nem sequer foram nomeadas, exceto por Titã, que é a segunda maior lua do nosso sistema solar.
Com a ajuda de um telescópio de boa qualidade e numa noite estrelada, qualquer pessoa consegue ver Saturno. Existem apenas 5 planetas que podem ser vistos a olho nu, e ele está dentro dessa lista, junto com Mercúrio, Júpiter, Vênus e Marte. Com essa vista, um ser humano é capaz de enxergar Saturno por completo e ainda avistar os anéis que englobam o planeta.
Os anéis de Saturno somem e aparecem?
Não há como saber, exatamente, o tempo em que os anéis de Saturno estão presentes ao redor do planeta. Isto é, alguns deles podem existir há cerca de 4,5 milhões de anos, outrora, podem ter uma formação recente, visto que uma lua gelada foi destruída a 300 km de distância da gravidade de Saturno. Dessa forma, um anel novo pode ter se formado, dando indícios de ser recente sua ciência.
Existe uma peculiaridade que deixa a entender que os anéis desaparecem. Entretanto, eles não somem, de fato, mas como o eixo do planeta Saturno também é inclinado, dessa forma, ao completar sua rotação de cerca de 30 anos ao redor do Sol, fica a impressão de que os anéis, ao ficarem mais próximos uns aos outros, somem, quando na verdade, somente estão sendo vistos de um ângulo diferente daquilo que conhecemos e observamos.
Quanto tempo dura um dia em Saturno?
Uma das coisas mais difíceis para os astrônomos, por muitos anos, foi determinar quanto tempo durava um dia completo em Saturno. A conta não era exata porque o planeta não apresenta uma superfície sólida e era quase impossível calcular o número exato através dessa indefinição.
A partir disso, os astrônomos precisaram investir um pouco mais a fundo para determinar tais informações: a solução foi encontrar cálculos por meio do campo magnético do planeta. Através disso, os dados usados foram referentes à rotação do campo magnético que gira em torno de Saturno, para que assim, um número pudesse ser determinado.
A espaçonave Cassini atuou como a principal responsável no auxílio desse estudo. Foi através dela que, ao aproximar-se de Saturno, ficou registrado que a rotação do campo magnético levou cerca de 10 horas e 45 minutos. Dessa forma, como medição (sem uma total exatidão), ficou constatado entre cientistas e astrônomos que um dia completo, em Saturno, leva cerca de 10 horas, 32 minutos e 35 segundos.
Ausência de novos estudos compromete conhecimento mais aprofundado
Embora o que já se tem conhecimento a respeito de Saturno sejam informações importantes e novidades para a maioria das pessoas, a ausência de maiores pesquisas em relação ao planeta interfere num maior domínio dessas descobertas, ainda mais se compararmos com tudo o que ainda poderia ser descoberto sobre nosso universo.
Dentro dos limites estabelecidos, astrônomos e cientistas seguem fazendo investigações do que pode ser feito para possíveis viagens ao espaço. Todavia, alcançar Saturno é uma tarefa um pouco mais difícil do que o esperado, pelas questões já citadas, principalmente pelo seu campo magnético, sem uma órbita própria para o planeta.
Ainda assim, Saturno segue sendo, sem dúvidas, um dos planetas mais intrigantes do nosso sistema solar. Sua beleza natural e ainda essencialmente encorpada pelos anéis que o englobam como um todo são parte da estrutura principal de Saturno, deixando mistérios que, quem sabe, podem ser revelados num futuro ainda incerto, mas que sem dúvidas, podem trazer ainda mais evidências consideráveis sobre o planeta.