8 teorias sobre o universo

teorias sobre o universo
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Há diversas teorias sobre o universo, que tentam explicar sua origem e seu funcionamento, sendo a do Big Bang a mais aceita pela comunidade científica. Ao longo dos tempos, os cientistas e estudiosos exploraram muitas ideias em busca de explicar o cosmos e seu futuro.

Listamos aqui algumas das mais interessantes teorias sobre o universo, inclusive as que incluem outros mundos ou dimensões. Confira abaixo.

Teorias sobre o universo

Mundo das branas

Uma das teorias sobre o universo e seu funcionamento considera as suas dimensões. Nós sabemos de três dimensões perpendiculares para onde podemos nos mover. Algumas teorias, contudo, consideram outra dimensão espacial – a qual não podemos perceber diretamente – em outra direção perpendicular.

Essa dimensão superior é referida como “o volume”, enquanto o nosso universo é uma membrana tridimensional – ou brana” – flutuando nesse volume.

Por mais complicada que pareça, esse cenário solucionaria alguns problemas da física. Por exemplo, as físicas Lisa Randall, da Universidade de Harvard, e Raman Sundrum, da Universidade de Maryland, propuseram uma versão do mundo das branas que explica a assimetria em forças subatômicas ao sugerir a existência de outras branas paralelas à nossa.

O grande respingo

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No futuro distante, as galáxias irão se afastar tanto que a luz oriunda de uma nunca alcançará outra. Na verdde, a medida que as estrelas envelhecem e morrem, chegará um dia em que não haverá nenhuma luz – ou calor – restante. O universo se tornará um lugar escuro, frio e vazio.

Isso pareceria como o fim do universo, mas há uma teoria que aponta tal fato como o início do próximo universo, num ciclo que se repete infinitamente. Os cosmologistas Neil Turok e Paul Steinhardt acreditam que uma colisão de “branas” geraria energia o suficiente para criar um novo universo.

Universo preenchido por plasma

O Big Bang continua como a teoria preferida de muitos cientistas, sustentada por duas observações chave – a expansão do universo e a radiação cósmica de fundo em microondas. Imediatamente após o Big Bang, o universo era muito menor e mais quente do que hoje, preenchido por um plasma brilhante. Ainda vemos o fim dessa fase na forma de um mar de radiação a preencher o espaço.

A expansão do universo através de bilhões de anos resfriou a radiação para menos 270 graus Celsius, mas ela ainda é dectável por telescópios de rádio.

Essa radiação é a mesma em todas as direções, o que não poderia ser explicado se o universo sempre tivesse se expandido no mesmo ritmo em que se expande hoje. Muitos cientistas acreditam que o universo passou por um período de rápida “inflação”, numa fração de segundo após o Big Bang, de repente passando de uma escala subatômica para uma de vários anos-luz.

Universo holográfico

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Imagem: MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY via Getty Images)(opens in new tab)

Imagine um sistema de seguraça holográfico: é basicamente um objeto bidimensional codificando uma imagem tridimensional. De acordo com uma das teorias do universo mais populares, toda a estrutura tridimensional do universo poderia estar “codificada” num limite bidimensional.

Não seria exatamente como viver numa simulação, mas a teoria tem a vantagem de ser cientificamente testável – uma pesquisa de 2017 da Universidade de Southampton, Reino Unido, mostrou que ela seria consistente com o padrão observado com as flutuações da radiação cósmica de fundo em microondas.

Universo estacionário

Dentre as teorias sobre o universo, o Big Bang continua como a nossa melhor suposição acerca do seu início, segundo a NASA. Ele era mais denso no passado, e se tornará menos denso no futuro.

Nem todos os cientistas ficaram satisfeitos com isso, então surgiram com uma teoria que poderia explicar como a densidade poderia se manter constante, mesmo num universo em expansão. Essa resolução envolve a criação contínua de matéria na escala de cerca de três átomos de hidrogênio por metro cúbio por milhão de anos. Esse modelo saiu de consideração com a descoberta da radiação de fundo, a qual ele não pode explocar facilmente.

O multiverso

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Imagem: VICTOR DE SCHWANBERG/SCIENCE PHOTO LIBRARY via Getty Images)(opens in new tab)I

Na visão convencional do Big Bang, em busca de explicar a uniformidade da radiação cósmica de fundo em microondas, é necessário postular um período inicial de expansão superveloz conhecido como inflação. Alguns cientistas acreditam que quando o nosso universo saiu da fase inflacionária, ele era apenas uma pequena bolha num vasto mar de espaço inflável.

Nessa teoria, chamada “inflação eterna” e proposta por Paul Steinhardt, outros universos bolha estão constantemente surgindo em outras partes do mar inflável, com todo o conjunto formando um multiverso.

A teoria se torna ainda mais interessante quando se considera que outros universos não teriam, necessariamente, as mesmas leis da física que o nosso – alguns podem ter uma gravidade mais forte, ou uma velocidade da luz diferente. Ainda que não possamos observar outros universos diretamente, um deles poderia colidir com o nosso.

Alguns cientistas até mesmo já sugeriram que o “ponto frio” na radiação cósmica é consequência de uma colisão desse tipo.

Teoria da simulação

Uma das teorias sobre o universo mais interessantes é a da simulação. Até aqui, as outras teorias vieram de cientistas; essa veio de filósofos. Se toda a informação sobre o universo vem dos nossos cérebros através de nossos sentidos e instrumentos científicos, como garantir que tudo não é uma ilusão muito bem arquitetada? Todo o universo poderia ser uma simulação de computador ultra sofisticada.

Essa ideia se popularizou com os filmes da franquia “Matrix”. Contudo, ela falha o teste de uma verdadeira teoria científica, pois não há como provar se ela é verdadeira ou falsa.

A teoria egocêntrica

As leis da física envolvem um conjunto de constantes fundamentais que determinam a força da gravidade, eletromagnetismo e forças subatômicas. Até onde sabemos, esses números poderiam ter qualquer valor – mas se variassem mesmo que um pouco, todo o universo seria diferente.

Mais importante ainda é que, para nós, a vida como a conhecemos não existiria. Algumas pessoas veem isso como evidência de que o universo foi conscientemente feito para permitir o desenvolvimento da vida humana – a chamada teoria antrópica egocêntrica, proposta por Nick Bostrom em seu livro, “Anthropic Bias“.

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Fonte: Live Science

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