A dificuldade de dormir parece atingir cada vez mais pessoas, quase como se fosse uma epidemia. Algo visível conforme percebemos que drogas indutoras de sono, como o Rivotril, são dos remédios mais procurados nas farmácias. Mas visto esse fenômeno surge a pergunta: afinal, o que é a insônia?
Há a resposta mais fácil, simples e imediata que é a é falta de sono. Isso não está errado, inclusive é o que indica o significado direto da palavra. Mas sobre os fatores que envolvem essa falta de sono, aí são outros quinhentos.
Com este texto iremos apresentar os detalhes sobre o que é a insônia. Aqui se vai desvendar as características e problemas para o bem-estar que esse sintoma apresenta para as pessoas.
Muito além da falta de sono
O que define cientificamente o que é a insônia é que se trata de um distúrbio do sono. É algo que impede que uma pessoa durma de forma regular e sustentável. Existem vários motivos que podem influenciar nesse sentido. Mas aqui iremos olhar nos fatores mais comuns para responder essa pergunta.
Tipos
Existem duas formas de insônia que se manifestam no indivíduo: a aguda e a crônica. A insônia aguda também é conhecida como de curta duração. É assim a condição mais comum. Pode durar de um dia até, no máximo, três semanas sem dormir. Geralmente não precisa de tratamento.
Já a insônia crônica é quando a condição passa do casual para algo mais sério. Sua duração é apontada de três noites seguidas sem dormir para mais de quatro semanas. Aqui a situação compulsória pode ser acompanhada pela exceção de uma noite efetiva de sono. Exige assim um diagnóstico preciso do paciente para descobrir sua razão.
Causas
Um diagnóstico de insônia é algo que deve ser feito por um médico especialista. Neurologistas, psiquiatras, otorrinos, pneumologistas e mesmo dentistas são aptos então a dar esse diagnóstico. Em geral, a consulta desse tipo é recomendada para quem apresenta sinais de ausência de sono crônica.
Assim, as causas possíveis para a insônia crônica incluem desde motivos psicológicos até outras doenças fisiológicas. Razões de mudança ambiental e estresse constante, que também causam insônia aguda, se somam as causas aparentes. O uso de certos medicamentos, ou interrupção deles, também podem motivar a falta de sono.
Os sintomas
Se afirma que insônia é simplesmente falta de sono, mas como entender isso direito? Afinal, a insônia tem nuances e gradações quanto a forma com que pode acometer um indivíduo. Então, são várias as condições com que uma pessoa pode assim manifestar a perda regular do sono.
Um sinal inicial da insônia é o de ficar acordado por um longo período. Lembrando então que o normal é um sono regular de oito horas ao dia. Algo que é seguido de períodos muito curtos ou insuficientes de sono. Outra manifestação é a sensação de acordar cedo demais sem o desejo ou necessidade de reposição.
Os problemas da insônia
O sono é uma das três necessidades básicas de um ser vivo, junto com a alimentação e as relações sexuais. Assim, não é para menos que a insônia seja algo bem problemático para um indivíduo em seu cotidiano. Portanto, para entender o que é a insônia, é preciso perceber onde ela afeta a qualidade de vida.
O que pode levar
Primeiramente, problemas neurológicos costumam ser os mais afetados diretamente pela insônia. É comum que pessoas que sofrem desse mal possam ser acometidas com perda de memória. Alterações de humor e estresse são comuns entre quem é insone. O mesmo se pode dizer quanto à perda da concentração.
Mas sintomas de cunho fisiológico também podem surgir por consequência da insônia. Quando não, podem também ser agravados por ela. Assim, a insônia crônica pode levar a quadros de hipertensão e doença coronariana. A diabetes é outra condição que pode aparecer.
Insônia e Alzheimer
Uma consideração especial merecer ser feita entre a relação da insônia com o diagnóstico de Mal de Alzheimer. Isso conforme a falta de sono afeta negativamente os neurônios, em especial. Assim, há certamente uma ligação necessária entre essas duas condições. O intrigante é saber qual o grau dela.
O estudo mais atual aponta uma relação que os neurônios afetados pela insônia são os mesmos dos atingidos pelo Alzheimer. Outros estudos recentes apontam que a falta de sono em indivíduos de meia idade agrava a possibilidade de demência. Assim, se confirma cada vez mais como ficar insone pode contribuir para a degeneração de neurônios.
Fatores de risco
Enfim, conforme se tem alguma ideia do que a insônia pode acometer, importante ter em conta seus fatores de risco. Assim, motivos variam para apontar quem é insone e precisa de algum tratamento. Questões como meio ambiente e situação emocional surgem como causas mais obvias e comuns.
Mas há outros fatores mais intrigantes que a ciência tem levantado. Um deles é o peso genético que tem sido atribuído à insônia. Cada vez mais se tem detectado o histórico de insônia em certas linhas familiares. O fator idade também surge como outro que aumenta a possibilidade de insônia crônica.
Conclusão
A insônia é a condição que causa a falta de sono em um indivíduo. Pode ir desde uma ausência casual da sonolência até uma situação prolongada de noites sem dormir. Casos de falta de sono crônica podem resultar em sérios problemas de saúde bem-estar. Desde estresse até mal de Alzheimer.
Saber isso convêm para identificar um mal discreto dos tempos atuais. Cada vez mais pessoas manifestam alguma incapacidade de dormir devidamente. Os motivos vão desde as ansiedades do cotidiano até razões de cunho genético. Algo que reflete no uso cada vez mais exagerado de soníferos pelas pessoas.
Fontes: NHLBI – El Pais
Imagens: Jacob Stewart – Flickr