10 curiosidades sobre as múmias egípcias

fatos sobre as múmias egípcias

As curiosidades sobre as múmias egípcias encantam nossa imaginação e curiosidade, levando-nos para um período onde o pós vida muita vezes era mais importante que a vida em si. Os egípcios foram responsáveis por feitos impressionantes, como as pirâmides, assim como o desenvolvimento de toda uma civilização e império no meio do deserto, em torno de um rio.

As múmias também fizeram parte de sua cultura, e carregavam características que representam bem o tipo de pensamento que marcava a religiosidade da época. Elas iam muito além de um mero enterro, representando a espiritualidade daquele povo.

Conheça abaixo algumas curiosidades sobre as múmias egípcias.

Curiosidades sobre as múmias egípcias

1. O preço da mumificação

De acordo com os escritos de um viajante grego de 60-57 AEC, custava um talento de prata, cerca de 30 kg, para a mumificação mais cara. Isso foi durante o período ptolomaico da história egípcia, quando ocorreu conflitos na dinastia, o que pode ter resultado numa inflação.

Os custos dos insumos da mumificação hoje, incluindo linho, resina, incenso e carbonato de sódio deca-hidratado (natrão) totalizam R$ 18.198. Todavia, o custo para a mumificação hoje é de quase 360 mil, e vários negócios também realizam mumificações de animais de estimação.

Leia também: História da Civilização Egípcia

2. Múmias medicinais

As múmias foram usadas de forma medicinal de 400 EC até o século XIX. O conceito foi baseado no uso de betume natural, com o qual os europeus acreditavam que os egípcios eram mumificados. Isso era totalmente inútil como medicamento, já que os antigos egípcios usavam resina, que imita o betume, mas não traz benefícios à saúde.

Na verdade, a resina era provavelmente melhor para consumir do que o betume, que recentemente foi considerado cancerígeno. os anos 1800. Quando as múmias eram muito difíceis de adquirir, corpos desidratados de criminosos eram usados em seu lugar.

3. Múmias animais

fatos sobre as múmias egípcias
Imagem: Mario Sanchez

Curiosidades sobre as múmias egípcias também envolvem animais. Os egípcios mumificavam seus animais de estimação, e também criavam animais especificamente com o objetivo da mumificação. Essas múmias tipicamente eram oferendas religiosas, uma vez que os deuses egípcios eram ligados a animais, e os animais por vezes eram considerados encarnações os deuses.

Por exemplo, a deusa Bastet era ligada aos gatos. Os animais eram enterrados em caixões e tumbas especificamente para o deus ou deusa que simbolizavam.

Confira: História da Mesopotâmia

4. Passagem para o pós vida

A mumificação era um aspecto importantíssimo da prática religiosa do Egito antigo, sendo essa uma das principais curiosidades sobre as múmias egípcias. Os egípcios acreditavam que a mumificação era necessária para ganhar acesso ao pós vida. Eles acreditavam que após a morte e mumificação, a pessoa usaria o corpo físico na jornada, sendo esse o motivo por trás da preservação dos corpos dos defuntos.

Parte dessa jornada era o julgamento de Osíris e 42 juízes. Anúbis, deus da mumificação, guiava os mortos em sua jornada, e Thoth, deus da sabedoria, pesava a alma do morto.

5. Cosmetologia das múmias

fatos sobre as múmias egípcias
Imagem: Klafubra

As múmias recebiam tudo o que era necessário para que tivessem um aspecto vivo na preservação. Durante o processo de mumificação, os corpos eram pintados. Os homens eram pintados de vermelho, e as mulheres de amarelo.

As múmias tinham olhos falsos feitos de vidro ou pedra no Terceiro Período Intermediário, e elas frequentemente tinham perucas ou fios tecidos em seus cabelos. As múmias do Egípcio tardio eram decoradas com folhas de ouro aplicadas diretamente na pele.

6. Múmias naturais

Os egípcios antigos só começaram o processo elaborado de mumificação após o desenvolvimento inicial da sua civilização. Inicialmente as múmias eram criadas naturalmente pelo ambiente desértico do Egito. Os mortos eram enterrados na areia, e o ambiente seco os preservava.

Os antropólogos acreditam que corpos acidentalmente descobertos que tinham sido naturalmente mumificados na areia, e portanto reconhecíveis anos após a morte, encorajaram a prática da mumificação ao demonstrar que, com uma decomposição minimizada, as múmias tinham vida eterna.

7. Posicionamento dos braços

O posicionamento dos braços era importante. Por exemplo, braços cruzados sobre o peito, a imagem que costumamos associar às múmias, eram posicionados dessa forma especificamente para os membros da realiza.

Múmias pré-dinásticas tinham as mãos cobrindo o rosto com os braços dobrados nos cotovelos. As do Império Antigo e Império Médio eram enterradas com as mãos ao lado, ou cruzadas sobre a pélvis.

No período de Ramsés II, as múmias eram preservadas com os braços cruzados sobre a parte inferior do corpo. Múmias com as mãos nos ombros são indício de um período mais tardio da história egípcia.

8. Opções mais baratas

No Egito antigo, as classes mais baixas pagavam por uma mumificação incompleta. Isso não incluía, portanto, o caixão ou sarcófago, e tipicamente envolvia apenas a desidratação do corpo, com alguns ou todos os órgãos permanecendo intactos.

Os cérebros eram considerados a parte menos importante, e por isso eram a última prioridade de remoção. A mumificação inicial e incompleta frequentemente deixava o cérebro intacto, o que é indicado quando há um nariz intacto na múmia.

9. Vasos canópicos

fatos sobre as múmias egípcias
Imagem: Wikimedia Commons

Os egípcios antigos consideravam os pulmões, o fígado, o estômago e o intestino as partes mais importantes da mumificação. Eles eram extraídos do corpo e mantidos em vasos canópicos, que se baseavam em quatro deuses egípcios nos quais eles acreditavam como responsáveis por guardar os órgãos dos mortos. Eram os quatro filhos de Hórus.

Cada vaso tinha uma cabeça diferente pintada: a de um babuíno, a de um chacal, a de um humano e a de um falcão.

É provável que os órgãos eram removidos porque sua presença fazia com que a decomposição ocorresse mais rapidamente. Ao longo do tempo, a prática religiosa incorporou a crença de que os órgãos eram necessários ao defunto em sua jornada no pós vida.

Leia também: História da Grécia Antiga

10. A maldição da múmia

A maldição da múmia na verdade não está dentre as curiosidades sobre as múmias egípcias. Quem a inventou não foram eles, e sim a literatura. A única base para essas maldições são ameaças escritas em tumbas acerca de retribuição divina por desrespeitar os mortos, com o objetivo específico de desencorajar ladrões de tumbas.

Fonte: Listverse

Compartilhar