Tal qual o oceano, o espaço e o sistema solar são lugares que ainda têm muito a ser explorados, nem mesmo os milhares de anos com estudos científicos são capazes de projetar o quanto os conhecemos. Entretanto, uma realidade cada vez mais comum é que, com o decorrer das décadas, com o avanço dos descuidos da humanidade e as oscilações climáticas, o espaço torna-se um lugar cada vez mais perigoso.
Quando falamos do Sol, já o conhecemos como a maior estrela do sistema solar. Dito isso, também é de conhecimento unânime que o calor na superfície do Sol é extremamente prejudicial e exterminador, chegando a casa de 5.500 graus Célsius, ou seja, com essa temperatura, qualquer outro objeto que aproxima-se dele acaba sendo destruído numa fração de tempo minúscula, visto o quão corrosivo todo esse calor se torna.
Muito embora a distância entre o Sol e nosso planeta Terra seja um número extremamente alto, com o decorrer do tempo, notou-se que os estragos causados por raios solares tornam-se cada vez mais frequentes e mais intensos. Não somente pela energia solar que eleva a temperatura terrestre nos últimos anos, mas também pelas inúmeras alterações, catástrofes e oscilações climáticas, a Terra corre contra o tempo.
Campos magnéticos e tempestades solares
Ao redor de toda a superfície solar, existem diversos campos magnéticos, que são gerados desde as zonas conectivas até as zonas radioativas, acarretando em mudanças de padrão na velocidade do plasma. Através de tais campos magnéticos é que surgem as tempestades solares que vão automaticamente se propagando pelo espaço.
Todas essas tempestades solares tornam-se eventos espaciais das quais assumem as formas de explosões, erupções e ejeções de massa coronal, atingindo diretamente o sistema solar como um todo, dispersando partículas energéticas solares que, por menores que sejam, são capazes de ultrapassar até mesmo a atmosfera do planeta Terra, causando danos que ao longo do tempo, vão se tornando irreversíveis.
Quando a Terra é atingida por descargas de partículas energéticas, a barreira da nossa atmosfera é quebrada, trazendo danos que são instantâneos e diretamente interligados ao nosso cotidiano. A radiação solar, em alguns casos, além das diversas alterações prejudiciais em nós, seres humanos, ainda é capaz de danificar aparelhos e até mesmo sensores eletrônicos na Terra.
A radiação e os danos causados por tempestades enérgicas
É por esse motivo que muitos estudos interligados à viagens espaciais são de número limitado, pois essas partículas energéticas podem danificar qualquer aparelho eletrônico que esteja em direto contato com o espaço, tornando a viagem perigosa e totalmente nociva ao que diz respeito à integridade e vitalidade de uma tripulação de astronautas.
Além de todas as adversidades já conhecidas por pesquisadores e especialistas, que estudam atividade vital fora do Planeta Terra, espaçonaves e objetos de estudo que são lançados fora de nossa atmosfera correm riscos diretos constantemente em decorrência de tais atividades energéticas, tornando a missão perigosa e muitas vezes com risco de vida.
Uma vez que poucos estudos podem prever alterações climáticas no espaço, as tempestades solares são praticamente impossíveis de monitoração, a quantidade de elétrons e prótons lançadas no espaço pode ser tão grande que é capaz de viajar até na velocidade da luz, atingindo a Terra e demais planetas em questão de minutos após saírem da atmosfera do Sol, ou seja, não há como impedir.
A Nasa e os investimentos no CLEAR (Centro de Excelência em Clima Espacial)
Mesmo em decorrência de tudo o que já é conhecido através dos centros de pesquisas, ainda não existem modelos embasados que monitorem atividades solares antes que estas tornem-se prejudiciais com a dissipação de radiação solar ao atingir os demais planetas e objetos espaciais de pesquisas, tais como satélites, sejam naturais ou construídos mecanicamente.
Dado o fato dos perigos proeminentes à viagens espaciais, a NASA tem investido anos de valorização e estudos para pesquisadores da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos. Dessa forma, o investimento torna-se parte essencial para uma série de estudos que serão responsáveis em fornecer dados meteorológicos no espaço, alterando sobre tempestades solares e previsões da meteorologia espacial.
Com embasamento de astrónomos e físicos, junto das abordagens e métodos já conhecidos por esses especialistas, a projeção é que tais estudos sejam capazes de combinar dois fatores importantes para ter melhores previsões meteorológicas: unir modelos teóricos da superfície solar junto de tempestades solares que já ocorreram, para que os eventos futuros sejam investigados e assertivos antes que toda essa radiação atinja a Terra.
Por fim, podemos definir o espaço como um lugar grandioso, mas que também apresenta perigos à Terra, incluindo nós. A força solar é uma das maiores potências ainda pouco exploradas pela falta de recurso, o que será que os próximos estudos irão nos mostrar? Para entender o que nos espera e/ou o que já está acontecendo, é necessário estudar, aprimorar e conhecer mais do Universo. A NASA, junto com seus profissionais especialistas, já estão planejando revelar se é possível impedir que essa ameaça continue a crescer.
Já imaginou viver em um mundo onde os aparelhos eletrônicos, por exemplo, não funcionam mais? A força das descargas de partículas energéticas, que rompem a barreira da nossa atmosfera, afetam o cotidiano de todos os seres humanos. Pouco a pouco, o homem vem conseguindo encontrar alternativas para entender a grandeza do Universo e todos os seus mistérios, mas será que há tempo?
Enquanto isso, só nos resta acompanhar as notícias para saber o que o futuro nos reserva. As evidências apontam que muitas surpresas podem mudar a maneira pela qual vivemos. A fotosfera – atmosfera do Sol – não expele incêndios, porém, fervilha e se agita, exibindo os efeitos da convecção subjacente, o que dá o pontapé em toda essa ameaça crescente. A fotosfera pode ser vista sob luz comum, e revela duas características dominantes: uma estrutura fina semelhante a um grão de arroz, com nome de ‘granulação’, e um escurecimento em direção às regiões mais externas, denominado ‘escurecimento dos membros’.