A saliva é um líquido sem cor, sem gosto e sem cheiro. Ela é resultante da combinação de secreções produzidas pelas chamadas “glândulas salivares” e por outras glândulas da boca.
Suas principais funções são: auxiliar a engolir os alimentos (ao reduzi-los a um material pastoso) e ajudar na digestão. Além disso, mantém a cavidade oral sempre umedecida e ajuda a combater os micro-organismos causadores de diversas doenças bucais.
Concomitantemente a isso, a saliva ajuda a “regular” a hidratação do organismo, já que uma boca seca geralmente indica a necessidade de ingestão de água. Ela também contribui para a prevenção de inúmeras doenças da boca, como a cárie, por exemplo. E ela faz isso graças à ação de uma série de enzimas capazes de efetuar a limpeza e evitar a proliferação de fungos e bactérias causadores de doenças.
Outra coisa importante é que um indivíduo saudável não pode produzir saliva em excesso e nem em pouca quantidade. Ou seja, em condições normais de saúde você deverá produzir na ordem de 1 a 2 litros diários. Isso é o ideal para que ela possa exercer as suas funções de maneira satisfatória e adequada.
Qual a função das glândulas salivares?
As glândulas salivares, produtoras de saliva, são as “parótidas” . Elas ficam localizadas na parte inferior das orelhas e superior da garganta.
Além disso, são também glândulas salivares algumas que ficam embaixo da língua e atrás das submandibulares. Mas também as “glândulas bucais menores”, existentes na maior parte da cavidade oral.
Mas, tão importante quanto saber qual a função das glândulas salivares, é conhecer a composição da saliva produzida por elas. E o que se sabe é que ela é constituída basicamente por água (cerca de 96%) e substâncias inorgânicas (bicarbonato, sódio, fluoreto, cloreto, cálcio, etc.).
Além disso, ela também possui componentes orgânicos, como ureia, proteínas, enzimas, etc. E é rica em materiais como pele morta, micro-organismos, restos de alimentos, muco, entre outros.
Em síntese, trata-se de uma mistura líquida produzida por essas glândulas, geralmente resultante de fenômenos físicos, químicos e biológicos. Sua produção costuma ser bastante reduzida à noite e durante a manhã, tendo o seu ápice de produção no período da tarde.
Por fim, sabemos que o nível de produção de saliva também depende de fatores como: idade, sexo, condições de saúde e carga genética do indivíduo – estes fatores podem influenciar, e muito, a sua produção. Mas esse nível também depende da composição básica do seu conteúdo, que deverá ser rico em enzimas e outras substâncias orgânicas próprias da sua constituição.
Quais as funções da saliva?
1. Estimular o paladar
Agora que sabemos bem o que é saliva, não custa estudarmos um pouco mais as suas funções.
Sabemos, por exemplo, que ela estimula o paladar graças à sua capacidade de criar as condições ideais para isso. Mas ela também permite que os alimentos estimulem as papilas gustativas a reconhecer as suas características de consistência e sabor.
A saliva dissolve os alimentos o suficiente para que eles possam espalhar-se pela boca. Isso garante o prazer da alimentação, além da imediata percepção de que há algo de errado com a sua composição.
2. Auxiliar a digestão
Como dissemos, um indivíduo saudável não pode produzir saliva excessiva e nem com deficiência. Essa produção deve ocorrer de forma adequada, a fim de que ela contribua para que se reconheça o sabor dos alimentos. Mas deve ocorrer, também, de forma a auxiliar na formação do bolo alimentar; sem contar a sua função de amenizar os impactos causados pelos ácidos produzidos no estômago e ajudar a combater os efeitos dessa acidez.
Ademais, enzimas como a amilase e a ptialina – presentes na saliva – são capazes de transformar o amido em substâncias como glicose, maltose, entre outras. Elas “quebram” as suas moléculas e as transformam em substâncias mais facilmente digeríveis.
Igualmente a isso, a alfa-amilase e a lisozima, por meio de uma mudança na rapidez com que ocorrem algumas reações químicas na boca, conseguem transformar determinadas substâncias em outras mais simples. E elas também facilitam a sua digestão pelo organismo.
3. Limpeza oral
A limpeza oral produzida pela saliva se dá, principalmente, pela ação de enzimas sobre as moléculas de amido, típicas dos alimentos ricos em carboidratos.
Resumido, essas enzimas removem os restos de amido aderidos na superfície dos dentes e nas suas frestas. Com isso, elas também auxiliam, de forma bastante eficaz, na limpeza da cavidade oral como um todo.
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