8 curiosidades sobre o ornitorrinco

Curiosidades sobre o ornitorrinco
Curiosidades sobre o ornitorrinco - Reprodução Adobe Stock Grátis

Algumas curiosidades sobre o ornitorrinco são tão bizarras que parece que estamos falando de um ser alienígena. Afinal, só para começar, esse animal peculiar tem traços de pato, é mamífero, mas põe ovos!

Assim sendo, hoje trouxemos uma lista com 8 dos fatos mais curiosos sobre os ornitorrincos para te mostrar. Leia até o final e não perca nenhum detalhe.

1. Uma das principais curiosidades sobre o ornitorrinco é que ele é um dos únicos mamíferos que põe ovos

Como um dos poucos mamíferos que põem ovos, o ornitorrinco pertence a um grupo pequeno e distinto chamado monotremados. Ao contrário dos mamíferos placentários ou marsupiais, os monotremados se reproduzem de uma maneira que parece ser uma mistura de traços reptilianos e mamíferos.

Assim, os ovos do ornitorrinco são levemente diferentes dos de répteis e aves, com uma casca mais parecida com uma película de couro do que com uma casca dura.

Após cerca de dez dias de incubação, os filhotes nascem extremamente vulneráveis e dependentes da mãe para sobrevivência. Eles se alimentam do leite materno, que é secretado através de poros na pele da mãe, pois os ornitorrincos não possuem mamilos.

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2. Um bico de pato com superpoderes

O bico do ornitorrinco tem um papel crucial na sua sobrevivência. Coberto por uma pele macia e sensível, ele é repleto de receptores eletrossensíveis que permitem ao ornitorrinco detectar movimentos de suas presas nas águas turvas onde caça. Aliás, esses receptores são tão precisos que o ornitorrinco pode caçar com os olhos, ouvidos e narinas fechados, confiando apenas na eletrorrecepção.

Além disso, o bico é usado para cavar no leito dos rios e encontrar pequenos animais como insetos, larvas e crustáceos. Sua capacidade de sentir campos elétricos é semelhante a de algumas espécies de tubarões e arraias, mas o ornitorrinco é o único mamífero conhecido com essa habilidade superdesenvolvida.

3. Outra das curiosidades sobre o ornitorrinco: eles brilham no escuro?

Ornitorrinco brilha no escuro
Ornitorrinco brilha no escuro – Reprodução Adobe Stock Grátis

Os ornitorrincos possuem uma característica surpreendente: eles são biofluorescentes. Isso significa que, sob a luz ultravioleta, seu pelo emite um brilho esverdeado. Inclusive, essa descoberta foi feita por acidente durante uma pesquisa noturna e confirmada depois, com espécimes de museu.

A saber, a biofluorescência é um fenômeno onde uma substância absorve luz em um comprimento de onda e a emite em outro, resultando em um brilho visível. No caso do ornitorrinco, seu pelo absorve comprimentos de onda UV entre 200 e 400 nanômetros e emite luz visível entre 500 e 600 nanômetros.

Embora a função exata dessa biofluorescência ainda não seja clara, há indícios de que possa estar relacionada à camuflagem ou comunicação entre indivíduos da mesma espécie.

4. Veneno: outra das curiosidades sobre o ornitorrinco

O ornitorrinco é um dos raros mamíferos conhecidos por possuir um mecanismo de defesa venenoso. Isso porque, nos machos, um esporão nas patas traseiras libera um veneno capaz de causar dor intensa em humanos e pode ser letal para animais menores.

Durante a época de acasalamento, a produção de veneno aumenta, sugerindo um papel na competição entre machos. Assim, o veneno contém uma mistura de proteínas, algumas das quais são únicas ao ornitorrinco, e pode causar inchaço, atrofia muscular e hiperalgesia prolongada.

5. Nadadores exímios com pés de pato

Mais curiosidades sobre o ornitorrinco
Mais curiosidades sobre o ornitorrinco – Reprodução Canva/Goddard_Protography

Os ornitorrincos são nadadores excepcionais, graças aos seus pés palmados que funcionam como remos eficientes. Então, quando submersos, eles fecham seus olhos e ouvidos, e utilizam seu bico sensível para navegar e caçar, confiando na eletrorecepção para detectar presas.

Eles podem permanecer debaixo d’água por até dois minutos antes de precisar respirar. Ao nadar, os ornitorrincos usam um estilo alternado de braçadas com as patas dianteiras, enquanto as patas traseiras e a cauda ajudam na direção. Essa habilidade de natação é vital para sua sobrevivência, pois permite explorar e caçar em seu habitat aquático.

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6. A complexa vida amorosa é outra das curiosidades sobre o ornitorrinco

A vida amorosa dos ornitorrincos é tão peculiar quanto sua aparência. Afinal, durante a época de acasalamento, os machos competem por fêmeas, que podem colocar de um a três ovos por ninhada. Após o acasalamento, as fêmeas preparam um ninho e incubam os ovos por cerca de dez dias antes de eclodirem.

Os filhotes são alimentados com leite materno, que é secretado através de poros na pele da mãe, já que os ornitorrincos não possuem mamilos, como já vimos.

Assim sendo, a reprodução do ornitorrinco reflete sua ancestralidade, combinando características de répteis, aves e mamíferos.

7. O ornitorrinco e a evolução dos mamíferos

O ornitorrinco é um exemplo fascinante da evolução dos mamíferos. Este animal é considerado um “fóssil vivo”, pois possui características que eram comuns em espécies ancestrais, mas raras entre os mamíferos modernos.

Acredita-se que o ornitorrinco evoluiu de ancestrais semelhantes a répteis primitivos há cerca de 166 milhões de anos. Com o tempo, então, desenvolveu adaptações únicas para seu ambiente aquático, como a capacidade de botar ovos e a presença de glândulas venenosas.

O genoma do ornitorrinco traz uma mistura intrigante de traços de mamíferos, aves e répteis, oferecendo pistas sobre a evolução dos mamíferos e até mesmo dos seres humanos.

Dessa forma, seu código genético contém sequências semelhantes às encontradas em diferentes classes de animais, o que reflete sua posição única na árvore evolutiva.

8. Conservação: o futuro incerto do ornitorrinco

Estudos recentes indicam que o ornitorrinco está sob ameaça devido à caça histórica, perda de habitat, mudanças climáticas e impactos de barragens.

A perda de habitat, em particular, é alarmante, com relatórios mostrando uma redução de 22% em 30 anos, o que é comparável à área de um estado inteiro. Além disso, as mudanças climáticas pioram as secas, o que afeta negativamente os habitats aquáticos dos quais os ornitorrincos dependem.

A poluição da água, o desmatamento e a predação por espécies invasoras como cães selvagens e raposas também contribuem para o declínio das populações de ornitorrincos.

A situação é ainda mais grave em áreas urbanas, onde a redução pode chegar a 65%. Embora a espécie seja classificada internacionalmente como “quase ameaçada”, há uma preocupação crescente de que, sem ações de conservação eficazes, os ornitorrincos possam desaparecer de alguns rios.

Não precisamos nem mencionar o quanto a extinção dessa espécie seria ruim. Afinal, além de ser um animal muito interessante e fascinante, é muito importante para a compreensão da evolução das espécies.

Gostou de saber essas 8 curiosidades sobre o ornitorrinco? Nos conte nos comentários qual delas mais te surpreendeu!

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