O que é espasmo muscular? Porque ele ocorre? Será que há tratamento? Quais as suas principais consequências?
Certamente, essas são algumas das principais dúvidas de todo aquele que convive (ou mesmo dos que não convivem) com o distúrbio periodicamente.
Em síntese, podemos definir esses espasmos como contrações involuntárias dos músculos ou uma (também involuntária) tensão das suas fibras.
Eles geralmente surgem espontaneamente, sem razão aparente, não podem ser previstos e desaparecem, da mesma forma, quase que magicamente.
Do mesmo modo, os espasmos também apresentam-se como espécies de cãibras musculares. No entanto, a sua ocorrência é mais dolorosa; você simplesmente não terá como movimentar os pés, pernas, mãos, braços, abdômen ou outras partes do seu corpo.
As contrações são realmente dolorosas! Esses espasmos podem atingir vários grupos musculares ou somente um apenas. Por isso mesmo, na maioria das vezes, só mesmo a administração de relaxantes musculares intravenosos consegue reverter esse quadro. Em contrapartida, em ocorrências mais simples, sessões de alongamento, relaxantes orais e massagens localizadas podem muito bem dar conta do transtorno.
O que é espasmo muscular e quais as suas características?
O espasmo muscular, como dissemos, caracteriza-se pela contração das fibras musculares.
Resumidamente, essas contrações variam de pessoa para pessoa, e de situação para situação. Isso significa que essas tensões podem apresentar-se como ocorrências leves, que não passam de um desconforto. No entanto, em alguns casos, as tensões tornam-se vigorosas e bastante dolorosas.
Ademais, essas contrações podem não durar mais do que 4 ou 5 segundos. Porém, em outros casos, duram até mais de 10 ou 15 minutos!
São momentos nos quais você irá sentir a região extremamente endurecida e contorcida; o que acaba impedindo, definitivamente, qualquer movimento, seja dos braços, pernas, pés, panturrilhas ou de diversas outras regiões do corpo.
De acordo com os especialistas, saber o que é espasmo muscular é tão importante quanto conhecer as suas singularidades.
Como tratamento imediato, por exemplo, o que se tem a fazer, na maioria das vezes, é movimentar imediatamente a região afetada. Além disso, uma boa caminhada, sessões de alongamentos e massagens locais costumam reverter adequadamente bem o distúrbio; sem contar outros expedientes, como os banhos quentes, compressas quentes ou geladas, e até mesmo recursos como o das bolsas térmicas, que também funcionam muito bem.
Em quem esse transtorno pode ocorrer?
Os espasmos musculares são eventos bastante democráticos. Ou seja, nem adianta pensar que o fato de ser jovem, ativo e cheio de vida será garantia de que estará definitivamente livre deles. E nem pense, também, que apenas aqueles pobres sedentários é que serão as vítimas preferenciais desse tipo de evento. Não mesmo!
Em resumo, velhos, jovens, adultos, crianças, ativos, sedentários… todos poderão sofrer, em algum momento das suas vidas, com um ou outro evento como esse. Com efeito, uma simples caminhada, corrida despretensiosa, os movimentos de sentar e levantar, ou até mesmo um sono profundo, são razões suficientes para dispará-los.
Agora, quando isso ocorre com uma frequência considerada anormal, algumas razões podem estar por trás disso. Entre elas: falta de exercícios físicos, hábito de permanecer por muito tempo sentado e uso excessivo dos músculos. Ademais, outras razões podem estar relacionadas com atividades físicas em temperaturas excessivas e desidratação corporal constante.
Além disso, deficiência de eletrólitos no organismo (potássio, cálcio, magnésio, etc.), estresse, ansiedade e exercícios de alta intensidade também não podem ser descartados. E ainda existem outras razões, que muitas vezes podem exigir uma visita a um especialista em ortopedia, fisioterapia e reumatologia, basicamente.
Além de sabermos o que é espasmo muscular, é importante saber como tratá-lo de forma adequada.
Apesar de ser um evento, como dissemos, totalmente imprevisto, alguns tratamentos geralmente são bastante eficazes contra os espasmos. E entre eles, podemos destacar:
- O alongamento da região afetada;
- Massagem localizada com as mãos ou com instrumentos profissionais;
- Realizar algumas caminhadas moderadas, a fim de “soltar” a musculatura;
- Aplicar uma bolsa com gelo ou água quente no local;
- Tomar um banho quente;
- Utilizar relaxantes musculares via oral (de 6 em 6 horas);
- Paracetamol e Ibuprofeno também apresentam bons resultados;
- A ingestão de um complexo de vitamina B12, diariamente, em muitos casos surte bastante efeito;
- Caso esses espasmos prolonguem-se por mais de 10 ou 15 minutos, e de forma insuportavelmente dolorosa, deve-se procurar de imediato um pronto-socorro;
- Por fim, atenção redobrada aos espasmos que surgem após uma picada de insetos ou contato com uma planta desconhecida. Certamente, esses eventos exigirão a busca por cuidados médicos de forma também imediata.
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Fontes: Cleveland Clinic – Pro Labore
Imagem: WISANU_NUU/SHUTTERSTOCK
