Quer saber o que é La Nina? Então chegou ao lugar certo!
Os fenômenos climáticos possuem um impacto significativo nas condições meteorológicas em todo o planeta, influenciando a vida das pessoas e a economia global.
Um dos mais conhecidos e estudados é justamente o El Niño. No entanto, a sua contraparte menos falada, o La Niña, também conta com um papel vital dentro das flutuações climáticas.
Neste artigo, exploraremos o que é La Niña, suas causas, consequências e como ele difere do El Niño. Acompanhe!
Confira agora: Qual a diferença entre mar e oceano?
O que é La Nina?
Assim como o El Niño, o La Niña é um dos eventos que compõem o fenômeno climático conhecido como ENSO (El Niño-Southern Oscillation).
Nesse caso, ele é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial.
Ele ocorre justamente nessa região tropical do Pacífico, mas afeta significativamente os padrões climáticos em escala global.
Ao contrário do que se possa imaginar, essa não é uma anomalia anual, e costuma ocorrer em intervalos que variam entre 2 a 7 anos.
E, sempre que surge, dura uma média de 9 a 12 meses, embora também possam permanecer o dobro desse tempo.
Um ponto interessante é que a escolha do nome La Niña deve-se justamente por tratar-se de um fenômeno oposto ao El Niño. Veremos essas diferenças mais abaixo.
Quais são as causas do La Niña?
Para entender mais profundamente o que é La Nina é preciso compreender também as causas que o provocam.
O fenômeno, nesse caso, está diretamente ligado aos processos oceânicos e atmosféricos, e dessa relação estabelecida entre ambos.
No centro da causa do La Niña estão os ventos alísios, que são ventos úmidos e constantes que sopram da região leste para a oeste ao longo do equador no Pacífico.
Assim, tudo se deve a um aumento na intensidade dessa movimentação, que empurra as águas superficiais mais quentes para o oeste.
Como consequência, acaba permitindo que as águas frias, que estão nas profundezas do oceano, subam até a superfície na região leste do Pacífico Equatorial.
Quais são as consequências do La Niña?
As consequências também fazem parte do pacote de compreensão de o que é La Nina. E, como mencionado, o fenômeno acarreta em impactos em todo o mundo.
Alterações nas temperaturas globais
O La Niña tende a resfriar a temperatura em algumas regiões da superfície da Terra, criando invernos mais frios, enquanto provoca o aumento da temperatura em outras áreas.
Alterações nos padrões de precipitação
O fenômeno também acarreta em padrões de precipitação irregulares.
Assim, ele costuma provocar chuvas intensas em algumas áreas, como o caso do sudeste e sul do continente asiático e nos países localizados no nordeste do oceano Índico.
Em contrapartida, secas mais severas são observadas em regiões como o Pacífico Central e também na parte ocidental da América do Sul.
Impacto na agricultura e economia
Com as alterações climáticas, de temperatura e mudanças nos padrões de chuva, há também um impacto direto na agricultura, na grande maioria dos casos, prejudicando as plantações. Consequentemente, a economia também é afetada.
Benefícios para a atividade pesqueira
Quem se beneficia bastante com o La Niña, no entanto, é a atividade pesqueira.
Isso acontece justamente por que as águas de subsuperfície que sobem acabam trazendo uma grande quantidade de nutrientes, favorecendo a proliferação de fitoplâncton, e atraindo os peixes para a área.
O La Niña no Brasil
No Brasil, o La Niña interfere diretamente no clima, principalmente nas áreas mais extremas (Norte e Sul).
Nesse caso, a região Norte, bem como o Nordeste brasileiro, acabam tendo um alto índice pluviométrico, devido a chuvas mais intensas.
Por outro lado, os estados do Sul, que tradicionalmente são mais chuvosos, passam por períodos mais prolongados de seca. Outra consequência é o aumento considerável nas temperaturas diárias nessa região do país.
Quanto ao Centro-Oeste e ao Sudeste, as alterações são menos previsíveis, podendo tanto haver um aumento quanto uma escassez das chuvas, variando de estado para estado.
Quais são as diferenças entre La Niña e El Niño?
As diferenças entre La Niña e El Niño são fundamentais para compreender a complexidade do sistema ENSO (El Niño-Southern Oscillation), apesar de ambos serem eventos interligados nesse sistema.
Esses fenômenos atmosféricos representam os extremos opostos do ciclo ENSO, cada um com características únicas que desempenham um papel crucial na influência climática global.
Em primeiro lugar, La Niña se caracteriza pelo fortalecimento dos ventos alísios no Oceano Pacífico Equatorial, resultando em um resfriamento das águas superficiais do leste.
Essa diminuição na temperatura do mar tem um efeito dominó nas condições climáticas em todo o mundo.
Por outro lado, El Niño surge quando os ventos alísios enfraquecem ou mudam de direção, levando a um aquecimento dessas mesmas águas do leste do Pacífico.
As consequências desses fenômenos são igualmente contrastantes. Durante La Niña, o Brasil experimenta chuvas intensas no Norte e Nordeste, enquanto o Sul enfrenta secas.
Em contraste, o El Niño resulta em secas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto o Sudeste e o Sul enfrentam chuvas torrenciais.
Essas diferenças são cruciais para a gestão de recursos hídricos, agricultura e planejamento de desastres em todo o mundo.
Portanto, compreender as variações entre La Niña e El Niño é essencial para antecipar e reduzir os impactos desses eventos climáticos extremos.
Já sabe o que é La Nina?
Como foi possível observar, assim como o El Niño, o La Niña também é um fenômeno climático de grandes proporções.
Nesse caso, é capaz de afetar diretamente os padrões climáticos em todo o globo terrestre.
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Fontes: Ecologia Verde – National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA)