Se você quer saber o que é salina, como ela se forma, seus tipos e a importância que elas possuem, chegou ao lugar certo! Vem comigo!
O que é salina?
Uma salina pode ser entendida como sendo uma área de produção de sal marinho, através do processo de evaporação da água do mar ou dos lagos de água salgada.
Ou seja, trata-se de uma instalação industrial ou uma área natural onde o sal é devidamente extraído da água salgada.
O processo é utilizado a séculos, em muito por sua simplicidade e eficiência, uma vez que é a própria ação do sol e dos ventos que força a água evaporar, deixando para trás apenas os cristais de sal.
Um ponto importante, e que vale a pena mencionar, é que, embora hoje tudo seja mais industrial, a origem desse sistema foi concebido pela própria natureza.
Basta observar os exemplos do Brasil, como nas salinas da lagoa de Araruama, estado do Rio de Janeiro.
A exploração desses locais começou ainda no século XVI, onde tudo ocorria naturalmente.
Como possui um nível de salinidade altíssimo e cavidades bem características, o sal era captado e produzido sem a necessidade da intervenção humana, com a água sendo represada e evaporada de forma natural.
Veja agora: Por que a água do mar é salgada?
Como uma salina é formada?
Para entender melhor o que é uma salina, é importante compreender como ela é formada.
Aqui, veremos uma mescla entre as salinas naturais e industriais, uma vez que o sistema é praticamente o mesmo.
Fonte de água salgada
Obviamente, uma salina necessita de uma fonte direta de água salgada, que é a base de todo o processo.
Nesse caso, o mais comum é que a própria água do mar seja utilizada, o que leva as instalações possuírem uma localização costeira, o que facilita o direcionamento desse fluxo.
Canalização e evaporação
Como os mares são gigantescos, uma salina precisa captar e reservar uma parte dessa água para utilizar em seu processo.
Tudo varia de acordo com o tipo e nível dessa industrialização, mas, nas formas mais básicas, a água fica em reservatórios, de onde se inicia sua decantação e evaporação, até que alcance sua salinidade ideal, passando por algumas etapas.
Concentração
A evaporação, pouco a pouco, vai elevando o nível de concentração de sal. Nesses estágios finais, toda a água restante já está nos famosos cristalizadores, que são tanques retangulares e bem rasos, que intensificam o processo.
Cristalização
É quando essa concentração consegue atingir o seu ponto crítico que o sal começa a se cristalizar, formando realmente uma rocha sedimentar química.
Coleta
Por fim, depois de cristalizado, o sal pode finalmente ser coletado, seja por máquinas ou manualmente.
Mas, até chegar nas cozinhas, ele ainda precisa passar por outros processos de limpeza, onde as impurezas são retiradas, e/ou refino.
Tipos de salinas
Como variam em origem, forma de obtenção, localização geográfica, etc. existem diferentes formas de classificar as salinas, o que leva também a variados tipos. Veja alguns exemplos!
Salinas marinhas
Estas podem ou não ser naturais, sendo encontrados nas áreas mais costeiras, onde a água do mar chega às lagoas rasas, onde conseguem evaporar naturalmente; ou para os reservatórios industriais, que são capazes de acelerar essa evaporação.
Salinas de praia
Em algumas praias, principalmente as que ficam localizadas em regiões de clima árido, a água do mar pode acabar se acumulando em algum poço, deixando o sal para trás, ao evaporar.
Salinas de rios
Há também variações de salinas de rios (nas áreas onde eles desembocam nos mares). Nesse caso, sua água é desviada para canais próprios, onde é iniciado o processo de retirada do sal.
Salinas tradicionais
Essas utilizam métodos mais ancestrais para possibilitar a evaporação e coleta do sal.
Salinas modernas
Por outro lado, há também as mais modernas, que empregam maquinário e tecnologias avançadas para acelerar esse processo.
Saiba mais: 11 curiosidades sobre o mar
Qual a importância das salinas?
Por fim, depois de entender o que é salina, como elas se formam e seus tipos, veremos agora qual sua importância.
Nesse caso, é impossível tratar sobre esse tema e não considerar a relevância do sal em si, que é o que torna esses locais tão indispensáveis.
Produção de sal para consumo humano
Obviamente, na base dessa relevância – e o motivo principal para a existência das salinas – é a produção do sal para o nosso consumo.
Afinal, esse é um condimento indispensável dentro da culinária mundial, além de ser essencial para a dieta dos seres humanos.
Esses locais, além de eficientes, oferecem um sistema bastante sustentável de produção.
Indústria alimentícia, química, têxtil, farmacêutica e de couro
Também ligado ao tópico anterior, o sal produzido nas salinas está amplamente presente dentro da indústria de alimentos, seja na preparação, tempero ou conservação.
Além disso, trata-se de uma substância chave em diversos produtos químicos, como é o caso da soda cáustica, cloro, etc.
A indústria têxtil também se utiliza do componente, como nos processos de acabamento, tingimento, dentre outros.
Quando a indústria farmacêutica, o sal se faz presente em variados medicamentos e produtos. Os shampoos, por exemplo, o utilizam para dar a sua consistência característica e facilitar a produção de espuma.
Já para a indústria do couro, o sal é amplamente empregado nas etapas de conservação das peles, evitando que elas se decomponham durante o curtimento.
Geração de energia
Em algumas usinas térmicas, o sal é utilizado como base do fluido de transferência de calor em seus sistemas de armazenamento de energia.
Turismo
Por fim, mas não menos importante, as salinas em si, principalmente as naturais, têm relevância quanto ao seu fator turístico.
Tudo vai depender de suas características de paisagem, geográficas, etc. Mas, há sempre quem queira observar de perto esses lugares.
Já sabe o que é salina?
Como foi possível observar, não é difícil compreender o que é uma salina, muito menos sua relevância.
Aliás, falando em mares e oceanos, porque não aproveita a visita ao nosso site para conferir também: Qual a diferença entre mar e oceano?
Fontes: Ecologia Verde – iagua
