Para que serve o apêndice?

Localização do apêndice

Para que serve o apêndice? Qual a sua função no organismo? Que riscos causam os danos à sua constituição? Por que esse órgão entra em colapso?

Antes de mais nada, é interessante lembrar como o apêndice, durante boa parte da trajetória humana, foi relegado à condição de um órgão inútil. No entanto, tudo mudou a partir do momento em que se descobriu que ele é um importante abrigo de “bactérias boas” no intestino.

Em síntese, o apêndice define-se como um órgão auxiliar do aparelho excretor. Ele é uma espécie de bolsa tubular, com cerca de 10 cm, localizado na parte inicial do intestino grosso, no lado direito do nosso abdômen.

Além disso, ele é composto por uma multidão de glóbulos brancos. Por isso mesmo descobriu-se, também, que o apêndice é um auxiliar do nosso sistema imunológico. A sua função é abrigar bactérias boas (que auxiliam a digestão) e também combater micro-organismos causadores de doenças.

Para que serve o apêndice e quais as suas características?

Como vimos, o apêndice é uma espécie de “patinho feio” entre os órgãos do corpo humano; ninguém repara nele; porém não repara até que ele dê o ar de sua graça na forma de uma terrível apendicite – a inflamação do apêndice.

Tecnicamente, o órgão é também conhecido como “apêndice vermicular” ou “apêndice cecal”.

Durante muito tempo acreditou-se que ele houvesse perdido a sua função por conta do processo de evolução da nossa espécie. Porém, a coisa não funciona bem assim. Na verdade essa teoria da sua inutilidade vem caindo por terra dia após dias graças às mais recentes descobertas científicas acerca do corpo humano.

Em suma, descobriu-se que o apêndice foi um dos grandes responsáveis por sobrevivermos, adequadamente, em épocas anteriores aos atuais avanços da medicina.

De fato, viver sem o apêndice antes da descoberta dos antibióticos, por exemplo, seria quase improvável. E as razões para isso estão no fato de que ele cumpria, perfeitamente bem, a sua função de nos proteger contra ataques de micro-organismos patológicos.

Ademais, muitos cientistas acreditam que, nos primórdios, o apêndice foi um exuberante reservatório de leucócitos (glóbulos brancos). Sem contar o fato de que as bactérias possivelmente encontravam nele uma morada ideal. Ou seja, permaneciam ali, protegidas, o que permitia, com isso, que o estoque de bactérias boas se renovasse constantemente no intestino.

Logo, ao que parece, essa história de órgão inútil, funções desnecessárias e sistemas sem função é algo que a natureza verdadeiramente desconhece! Sem dúvida, estamos falando de uma dimensão simplesmente magnífica! E que pode se dar ao luxo, inclusive, de produzir órgãos fundamentais, mas que, surpreendentemente, podem ser retirados sem quaisquer danos à nossa constituição.

Apendicite: a perigosa inflamação do apêndice!

Bem, como sabemos, nem tudo são flores nesse maravilho e enigmático universo do corpo humano. No caso da existência do apêndice, por exemplo, sabe-se que ele também traz de brinde as terríveis possibilidades da apendicite, que é quando o órgão por algum motivo inflama.

De fato, saber para que serve o apêndice tornou-se uma questão de honra entre os curiosos de plantão. No entanto, o porquê de ele ceder a inflamações ainda continua sendo um grande mistério. Só o que se sabe é que, ao que tudo indica, o acúmulo de fezes parece ser mesmo o principal responsável pelo desencadeamento desse quadro.

Como resultado, uma série de sintomas surgem, como náuseas, vômitos e dor no centro do abdômen (que se irradia para o canto direito). Além disso, outros sintomas ocorrem na forma de diarreia, perda de apetite, febre, calafrios, entre outras reações não menos perigosas.

A inflamação do apêndice pode provocar o rompimento do órgão. E, quando isso ocorre, o resultado é a passagem de pus e fezes para a cavidade abdominal. Dessa forma, temos a instalação de um quadro de “peritonite difusa”, ou “apendicite aguda supurada”, que pode ser fatal se não tratada a tempo.

Ao final, o tratamento da apendicite acaba resumindo-se à remoção do órgão. Isso é necessário porque, aos primeiros sintomas, muito pouca coisa pode ser feita com o intuito de reverter o quadro.

Mas essa cirurgia até que é considerada bastante simples. A administração de antibióticos, seguida por uma anestesia local, em minutos irá livrá-lo de uma das inflamações mais dolorosas (e perigosas) de que se tem conhecimento em medicina.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

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