O que causa o sonambulismo? Quem pode sofrer com esse tipo de transtorno? Será que ele tem cura? Que riscos um sonâmbulo pode correr?
Sem dúvida, o sonambulismo é um dos transtornos mais originais de que se tem conhecimento no âmbito da medicina. Em síntese, ele é um distúrbio que consiste no fenômeno de caminhar durante o sono, além de realizar outras ações consideradas quase improváveis.
Só para resumir, o sonambulismo é um distúrbio de comportamento, com maior ocorrência em crianças. Além disso, geralmente acontece durante a fase conhecida como a do “sono REM”. E também é mais comum em indivíduos com histórico familiar ou com outros distúrbios do sono.
O que causa o sonambulismo e quais as suas principais características?
Como foi dito acima, o sonambulismo é um distúrbio do comportamento. Ele geralmente ocorre em razão de um despertar das funções motoras antes mesmo de um indivíduo acordar. No entanto, ele é considerado um “distúrbio benigno do sono”, e por isso mesmo costuma desaparecer com a idade.
Ademais, entre as principais características do sonambulismo, podemos destacar o fato de ele ser bem mais comum em crianças. Com efeito, calcula-se que 1/3 delas sofram com o distúrbio entre as idades de 3 a 11 anos. E as razões para isso estão no fato de que é nessa idade que os seus sistemas nervosos passam por um intenso processo de desenvolvimento.
Tecnicamente, o sonambulismo recebe o nome de “parassonia”, e consiste em um “comportamento antinatural do sono”; de fato, esses comportamentos ficam numa espécie de fronteira entre o sono e a vigília, e por isso mesmo podem causar alguns transtornos consideravelmente importantes.
Os principais deles, sem dúvida, são os riscos de algumas lesões e acidentes, além de uma péssima noite de sono, com consequente sonolência ao longo do dia. Paralelamente a isso, saber o que causa o sonambulismo (e quais as suas consequências) é importante pois outros eventos também são bastante comuns.
Um sonâmbulo, por exemplo, poderá realizar as suas necessidades fisiológicas em lugares inapropriados, ou, a depender da sua personalidade, ter um acesso de fúria repentina. Em paralelo, ele poderá realizar ações e gestos da mesma forma inapropriados; sem contar o fato de que, por ser um distúrbio do sono, o sonambulismo acabará resultando nas mesmas consequências físicas, mentais e sociais da maioria desses transtornos.
Como ocorre e quais os perigos do sonambulismo?
O sonambulismo é, verdadeiramente, um evento dos mais particulares dentre os distúrbios que podem afetar um indivíduo. Só para ilustrar, uma pessoa sob esse estado pode, não apenas caminhar dormindo como também correr e realizar funções das mais diversas.
Eles podem arrastar móveis, tirar objetos de lugar, urinar em lugares inadequados, etc. Da mesma forma, podem apresentar-se com os olhos arregalados e mirando o horizonte. Além disso, há casos em que o indivíduo exibe um comportamento sexual inadequado, podem querer sair de casa e até mesmo sair com o carro!
Também há casos em que ele pode apresentar um comportamento um tanto quanto violento – nos casos mais raros. Ademais, alguns podem emitir sons incompreensíveis, fala desarticulada, gestos da mesma forma estranhos, entre outras ações que em nada revelam um comportamento natural.
O que causa o sonambulismo e quais os tratamentos?
O sonambulismo, como dissemos, é um evento de caráter neurológico, mais associado à infância e a um desenvolvimento normal do sistema nervoso. Além disso, ele consiste em uma espécie de despertar antecipado das funções motoras do corpo humano.
Portanto, o tratamento faz-se geralmente com a ajuda de profissionais experientes em neurologia, psicologia ou terapia cognitiva. Esses profissionais deverão fazer uma profunda investigação acerca da idade do paciente, frequência dos episódios e grau do risco oferecido ao indivíduo e à família.
Sabemos que o sonambulismo desaparece naturalmente com o passar dos anos. No entanto, caso isso não ocorra, o profissional poderá recomendar o tratamento de um distúrbio que porventura esteja por trás dele, além da técnica de acordar o indivíduo pouco antes do horário em que o distúrbio tende a ocorrer (o “despertar antecipado”).
Além disso, recomendará, também, avaliar a higiene do seu sono, terapia cognitiva, benzodiazepínicos, antidepressivos, entre outras prescrições.
Lembrando que acordar alguém que sofre com sonambulismo de forma abrupta não é a ação mais recomendada. Isso porque o resultado poderá ser um susto, seguido de sensações de pânico, raiva ou medo.
O ideal, portanto, é que o paciente seja levado de forma branda e serena até à sua cama. Ou se preferir despertá-lo, faça isso de maneira calma e suave, apenas com sussurros, e de preferência dirigindo-o para o seu leito.
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Fonte: SleepFoundation – MedicineNet
Imagens: Pixabay