A erosão eólica é um dos tipos de erosão existentes na natureza, e tem ajudado a moldar as paisagens, modificando o relevo da crosta terrestre ao longo de milhões de anos.
Neste artigo, além de entender melhor o conceito por trás da erosão eólica, você conhecerá também seus principais tipos, como ocorre e exemplos. Acompanhe!
O que é a erosão eólica?
A erosão, vale lembrar, trata-se de um processo natural de desgaste da superfície da crosta terrestre, onde o solo e as rochas são corroídas e seus sedimentos transportados para um outro ponto.
Nesse caso, tudo depende diretamente de um agente externo a isso, que podem ser diferentes elementos.
Aqui, cabe colocar, por exemplo, a água – seja ela da chuva, dos rios, dos mares, etc.
Assim como ela, o vento também é um desses agentes de desgaste. E é a erosão provocada pelo vento que dá-se o nome de erosão eólica.
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Características da erosão eólica
Um ponto interessante é que a erosão provocada pelo vento é bem menos agressiva que a gerada pela água (hídrica).
Assim, ela acaba se tornando mais lenta e requerendo a presença de solos favoráveis, que sejam livres de vegetação, já que ela tem o poder de diminuir sua ação.
Geralmente, esse tipo de erosão costuma ocorrer em lugares onde as variações de temperatura são grandes, o que leva a danos nas rochas.
Zonas desérticas, por exemplo, acabam sendo bem mais afetadas, assim como os referidos territórios sem sua proteção natural.
Os principais tipos de erosão eólica
Ao todo, existem dois tipos principais de erosão eólica, que são classificados de acordo com a forma do processo erosivo. São eles:
Por abrasão
O primeiro é a erosão eólica por abrasão. Ela ocorre porque o vento é capaz de transportar elementos, como a areia, tornando-o abrasivo.
Seu contato – atrito/fricção – direto com as rochas, pouco a pouco, consegue corroer, polir, cortar esses materiais.
Por deflação
Há também o tipo de erosão eólica por deflação, onde o vento retira superficialmente os fragmentos mais finos.
Ele, através de sua ação, sopra/varre a superfície, levantando as partículas mais leves dispostas no solo.
Nesse caso, a deflação é mais facilmente observada nas regiões com campos de dunas, onde a areia é retirada pelo vento, sobrando apenas as camadas mais pesadas, seja de pedra, seixos, etc.
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Como a erosão eólica ocorre?
A erosão provocada pelo vento é dividida, geralmente, em três etapas principais: processo erosivo, transporte e sedimentação. Acompanhe mais sobre cada um deles!
Processo erosivo
É essa primeira etapa que demarca a existência dos dois referidos tipos de erosão eólica.
Isso porque o processo erosivo se dá por abrasão ou por deflação, ambos podendo ser complementados.
Para que haja abrasão, o vento precisa estar carregando outros elementos, e a areia deflacionada se inclui nesse quesito.
Transporte
A segunda etapa é justamente o transporte, uma vez que após erodida as rochas, o vento consegue levar esses materiais separados da estrutura principal para um outro ponto.
O transporte eólico de partículas, vale lembrar, pode ocorrer de três formas diferentes: por suspensão, saltação e arrasto.
As partículas pequenas são suspendidas e levadas facilmente no ar; as que possuem tamanho entre a areia fina e a grossa seguem por saltação – saltando no ar; enquanto as maiores são arrastadas, inclusive, com a intervenção dos outros dois tipos de transporte, que prestam a força necessária.
Sedimentação
Por fim, temos ainda a terceira etapa da erosão eólica. Afinal, todo esse material transportado vai parar em algum outro lugar.
As partículas carregadas pelo vento, geralmente, são depositadas em forma de dunas de areia.
Essa sedimentação se dá pela perda de energia do vento, barreiras naturais, etc. que impedem que os materiais sigam adiante.
Exemplos
The Wave (Arizona, EUA)
The Wave é uma formação rochosa de arenito que fica localizado na região do Monumento Nacional Vermilion Cliffs, no Arizona.
O local conta com uma beleza singular, devido a sua coloração e formato de ondas, criados através da ação da erosão eólica.
Dunas do Jalapão (Tocantins, BRA)
As dunas de areia vermelha são um dos pontos turísticos de maior destaque do Parque Estadual do Jalapão, no estado do Tocantins.
Nesse caso, embora estejam longe do litoral brasileiro, as dunas acabaram se formando pela erosão da Serra do Espírito Santo, que fica bem próxima.
A areia erodida pelo vento foi pouco a pouco se depositando em um mesmo ponto, criando uma duna gigantesca, hoje utilizada como mirante para o pôr do Sol e para as paisagens da região, cada vez mais buscada por turistas.
Aliás, ainda no Jalapão, a Pedra Furada (com seus arcos de tamanho variado, em meio ao monumento de arenito) também foi erodida ao longo dos anos pelo vento e pela água.
Deserto Branco (Farafra, EG)
A nível internacional, vale a referência também ao Sahara el Beyda, no Deserto Branco, Farafra, Egito.
O local conta com formações de calcário branco que foram esculpidas ao longo de milhões de anos, dando origem a esculturas naturais similares a cogumelos, árvores, animais, etc.
Dunas de Jericoacoara (Ceará, BRA)
Por fim, outro exemplo ligado à erosão eólica são as próprias dunas de Jericoacoara, importantes atrativos da região litorânea cearense.
Atualmente, o vento ainda continua exercendo seu papel nessa região, dando mobilidade às dunas, que pouco a pouco vão alterando suas posições, tamanhos e formas.
A ação antrópica, é claro, tem interferido bastante nesse processo, como observado na própria Duna do Pôr do Sol, que já chegou a ter mais de 60 metros, mas hoje tem um tamanho bastante reduzido.
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