A erosão marinha é um dos diferentes tipos de erosão existentes, e uma das mais simples de compreender.
Neste artigo, além de entender melhor o que é a erosão marítima, você vai conhecer exemplos, como ela ocorre e também suas consequências. Acompanhe!
O que é a erosão marinha?
Vale adiantar que, em termos práticos, a erosão marinha, também chamada de costeira, é a ligada ao desgaste provocado pela ação dos mares e oceanos no solo.
A água acaba atuando sobre os materiais do litoral e os modificando por meio da sua ação mecânica e química.
Mas, para entender mais a fundo esse conceito, é importante compreender dois pontos anteriores: a erosão e a erosão hídrica. Vamos lá!
O processo erosivo
A erosão em si é o processo pelo qual as camadas superficiais da crosta terrestre são desgastadas por algum agente externo, que transporta esses materiais (solo e rochas) para um outro ponto.
São diferentes agentes possíveis, como a água, o ar, o gelo, as intervenções humanas, etc. o que leva a diferentes tipos de erosão.
A erosão hídrica
Quando esse desgaste do solo é provocado pela água, dá-se o nome de erosão hídrica, que também apresenta suas subdivisões.
Afinal, a água se apresenta com variações, seja ela nos rios (fluvial), através das chuvas (pluvial) ou dos mares (marinha), e leva a processos diferentes de remoção de materiais.
Retomando ao conceito principal, a erosão marinha é um tipo de erosão classificada dentro da hídrica, já que é provocada pelas águas do mar.
Há, assim, um desgaste contínuo da costa litorânea e também a própria eliminação de sedimentos, que é causada pelo efeito das ondas e correntes marítimas, bem como pela movimentação das marés.
Saiba mais: Erosão hídrica: o que é, tipos, causas e consequências
Como ocorre a erosão marinha?
Um ponto importante a considerar é que, assim como a erosão causada pelos rios, por exemplo, esse é um processo natural.
Como adiantado, são as movimentações do mar que levam ao seu poder erosivo, mas as modificações não ocorrem do dia para a noite. Há casos e mais casos, mas alterações significativas levam, geralmente, milhares de anos.
Veja também: Erosão fluvial: o que é, tipos, consequências e exemplos
Ondas
Formada principalmente pela ação dos ventos, as ondas têm um papel crucial dentro da erosão costeira.
Elas ocorrem continuamente, mas sua força consegue triplicar durante as tempestades, tornando seu impacto na costa ainda mais intenso.
O desgaste do solo ocorre durante os dois movimentos, de avanço e retorno das águas.
No primeiro movimento, a água bate na costa e gera uma corrosão, já no segundo movimento, quando regride, acaba levando junto os sedimentos.
Correntes marítimas
As correntes marítimas também entram nesse processo, inclusive, associadas ao movimento das ondas. O seu efeito principal, no caso, é quanto ao arraste de sedimentos.
Características gerais
A ação do mar sobre a costa ocorre em diferentes níveis, seja no desgaste, transporte ou na deposição de materiais.
E a corrosão do solo vai depender diretamente de outros fatores condicionais, como as reações químicas que acontecem entre a água e os materiais que o compõem; a ação mecânica dos movimentos do mar; e a também a natureza das rochas, já que pontos como a dureza e a sua construção química são fundamentais.
Esse processo leva a criação de materiais soltos, dos mais variados tamanhos e composições, que são transportados pelas correntes marítimas, até serem depositados em outros locais, seja longe ou perto do lugar original.
Não é apenas ela – os rios, o vento, etc. tem papel crucial -, mas a erosão marítima é um dos eventos que contribui para a formação das praias, por exemplo.
Exemplos de erosão marinha
A erosão costeira, assim como os demais tipos, é importantíssima para a formação geológica e dos relevos costeiros. Por isso, não é difícil encontrar exemplos de sua atuação.
Falésias
As falésias são geoformas marinhas bem conhecidas, caracterizadas como encostas rochosas íngremes.
Esses paredões dispostos ao longo do litoral de praticamente todas as regiões do planeta foram criados pela erosão da água do mar nos últimos 180 milhões de anos.
Arcos marinhos
Os arcos marinhos são outro exemplo de formação natural criada pela ação dos processos erosivos do mar.
São, de forma resumida, falésias/penhascos perfurados, que criam arcos de rocha belíssimos, esculpidos ao longo dos anos, com o desgaste de partes mais fracas das rochas.
Cavernas marinhas
Da mesma forma, as ondas e a movimentação do mar podem desgastar a costa e criar cavernas marinhas.
Elas surgem de forma similar aos arcos, com a erosão das áreas de menor dureza dos penhascos gerando essas formações características, sejam pequenas fendas ou grandes câmaras.
Quais são as consequências da erosão marinha?
Os exemplos mencionados acima, sua contribuição para a formação das praias, etc. mostram muito bem uma parte das consequências da erosão marinha.
Nesse caso, esse é o lado natural e positivo, por assim dizer, já que ela foi, é e será indispensável para a construção dos relevos costeiros.
Quando colocamos o homem dentro desse cenário, no entanto, as consequências são observadas por um lado negativo.
Já que a erosão, da mesma forma que desgasta as formações naturais, rochas, falésias, dentre outros, também degrada as construções antrópicas.
Casas, barreiras e outras formas de ocupação da orla e zona costeira são diretamente impactadas e trazem, inclusive, riscos.
Aliás, as mudanças climáticas provocadas pela humanidade trazem outro ponto a essa questão, que é o aumento do nível do mar.
Nas últimas décadas, o volume de água dos mares e oceanos aumentou, interferindo na velocidade erosiva das costas.
Confira agora: Qual a diferença entre mar e oceano?
