Saber o que é erosão do solo é o primeiro passo para compreender mais a fundo quais são as causas e consequências desse processo.
Cada vez mais frequente e resultando em áreas produtivas degradadas mais extensas, a erosão do solo é um problema para ser pensado, debatido e solucionado o quanto antes. Saiba mais sobre neste artigo!
O que é erosão do solo?
A erosão do solo pode ser entendida como o deslocamento de terra de um ponto a outro, originado de um processo erosivo causado por agentes externos, como a água das chuvas.
Embora natural, esse processo é capaz de levar a perdas significativas na produtividade da terra, já que retira suas camadas superficiais (que são as mais nutritivas), impossibilitando uma recomposição florestal rápida ou trabalhos adequados de plantio, pastagens, etc.
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Diferença entre erosão e erosão do solo
Um ponto importantíssimo ao buscar entender o que é erosão do solo é saber que ela é uma subdivisão da erosão em si, que é mais geral.
Os processos erosivos (como a erosão fluvial, eólica, pluvial, marítima, dentre outras) desgastam o solo, as rochas e outros materiais, moldando as paisagens ao longo de milhões de anos.
Dentro dessa categoria específica, no entanto, ela fica mais restrita ao solo (suas camadas superficiais) e os efeitos que sua degradação consequente provocam.
Quais são as causas da erosão do solo?
Algo que ajuda a entender melhor o que é erosão do solo e sua diferença para a erosão geral é justamente compreender suas causas, já que muitas delas estão ligadas aos diferentes tipos de processos erosivos.
Vale a separação, no entanto, quanto aos fatores naturais e artificiais/antrópicos (ligado às ações humanas).
Causas naturais
Como a erosão é um processo natural, há muitas causas que independem do homem, embora ele possa intensificá-las.
Erosão hídrica
Provocada diretamente pelo movimento das águas, a erosão hídrica é a mais intensa e uma das causas da erosão do solo, seja pela ação das chuvas, correntes de rio, etc.
Erosão eólica
O vento também entra nessa lista, desgastando e transportando/arrastando sedimentos através de sua força.
Erosão química
O intemperismo químico – a decomposição e alterações estruturais da rocha, por conta de reações ligadas a fatores como temperatura, água, vento – é outra causa natural.
Causas antrópicas
Mesmo os efeitos desses fatores naturais são imensamente ampliados pelas causas antrópicas da erosão do solo.
O ser humano e suas atividades, sem dúvidas, têm um papel realmente de destaque dentro desse contexto.
Desmatamento
Tudo começa com o desmatamento, que retira a camada de proteção natural do solo: sua vegetação nativa.
As árvores, além de servirem como barreira contra os efeitos erosivos do vento e da água, por exemplo, ajudam a manter/repor as camadas superficiais (orgânicas/nutritivas) da terra.
Agricultura intensiva
Em muitos casos, somado ao desmatamento, há ainda a prática da agricultura intensiva, que por si só já causa a erosão do solo.
A utilização frequente da terra, sem o devido preparo/descanso leva ao seu esgotamento, com consequências bem mais graves que os efeitos erosivos.
Pastejo intensivo
Da mesma forma que a agricultura, o pastejo intensivo é outra causa antrópica inegável, já que o desmatamento e uso inapropriado da terra para a produção de pastos leva aos mesmos efeitos danosos.
Irrigação artificial
Com o solo desprotegido, a irrigação artificial, principalmente quando feita de forma inadequada, também pode causar a erosão do solo (devido a ação da erosão hídrica).
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Quais são as consequências da erosão do solo?
Ao refletir sobre o que é erosão do solo, não é difícil perceber algumas das principais consequências que esse processo é capaz de gerar.
Dentro do conceito geral de erosão, há todos os benefícios ligados a criação dos relevos, a moldagem da Terra, mas isso não vale muito para essa categoria. Restam, na verdade, muitos pontos negativos para destacar.
Degradação do solo
Esse processo erosivo leva a degradação do solo, onde ele perde sua camada superficial, seus nutrientes e sua capacidade de manter as espécies que antes floresciam ali.
A natureza tem uma incrível capacidade de se recuperar, mas com um solo arrasado, essa tarefa se torna bem mais lenta e complicada.
Desertificação
No auge da degradação, com a erosão constante do solo, uso intensivo na agricultura ou pastejo, e um clima árido ou semiárido marcando presença, a terra pode transformar-se em um verdadeiro deserto, totalmente improdutiva.
Esse é o ápice do processo degradativo, onde o solo já não consegue mais reverter a situação sozinho.
Ecossistema desequilibrado
Quando a natureza encontra uma brecha para se recuperar, tudo pode ocorrer de uma forma bastante desequilibrada.
Como muitas espécies endêmicas que estavam abrigadas no espaço têm geralmente um crescimento mais lento, elas dão oportunidade para espécies oportunistas.
As áreas erodidas onde antes eram utilizados defensivos agrícolas, tendem ainda a espelhar esses compostos danosos através do arraste dos sedimentos, que chegam a corpos d’água, por exemplo.
É mais um ingrediente para o desequilíbrio do ecossistema.
Destruir outras áreas férteis
Como a erosão do solo está ligada ao transporte dos sedimentos, não é apenas a área degradada que sofre as consequências.
Áreas férteis podem receber esses materiais áridos e colher frutos negativos desse processo.
O mesmo vale para os córregos e rios, que podem receber esses sedimentos inapropriados, como mencionado.
Prejuízos na lavoura
A retirada da camada nutritiva do solo através da sua erosão, obviamente, levam a prejuízos significativos na lavoura.
Afinal, naturalmente, ele produzirá muito menos, e o investimento na reposição dos nutrientes perdidos é um gasto considerável.
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Fontes: Ecologia Verde – WRI
